Arteriosclerose: o que é, sintomas, causas e tratamento

Arteriosclerose é o enrijecimento das artérias pelo acúmulo de cálcio e, normalmente, não causa sintomas até que o fluxo sanguíneo esteja diminuído, podendo surgir dor no peito, dificuldade para respirar ou fraqueza em um lado do corpo.

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Essa condição é silenciosa e se desenvolve ao longo dos anos, sendo causada por pressão alta não controlada, diabetes ou hábito de fumar, por exemplo.

O tratamento da arteriosclerose é feito pelo cardiologista, angiologista ou neurologista, e varia de acordo com a artéria afetada, podendo ser indicado o uso de remédios ou angioplastia.

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Sintomas de arteriosclerose

Os principais sintomas de arteriosclerose são:

  • Dor no peito, que pode irradiar para o braço, pescoço ou ombro esquerdos;
  • Dificuldade para respirar ou falta de ar;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e/ou vômitos;
  • Fraqueza em um lado do corpo e dificuldade para falar;
  • Tontura, perda de equilíbrio ou falta de coordenação.

Os sintomas de arteriosclerose normalmente estão relacionados ao infarto ou AVC e surgem quando ocorre diminuição ou interrupção do fluxo de sangue para o coração ou cérebro. Saiba identificar todos os sintomas de infarto e AVC.

Além disso, a arteriosclerose também pode afetar os rins, o pâncreas, a vesícula biliar, as adrenais ou os intestinos, 

Como a arteriosclerose é uma condição silenciosa, na presença desses sintomas, deve-se ir imediatamento ao pronto-socorro mais próximo para iniciar o tratamento e evitar complicações que podem colocar a vida em risco.

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Qual é a diferença entre aterosclerose e arteriosclerose?

A aterosclerose é o acúmulo de gordura na parede das artérias, podendo dificultar ou bloquear a passagem de sangue no vaso sanguíneo. Conheça mais sobre a aterosclerose.

Já a arteriosclerose é o enrijecimento das artérias que se tornam menos elásticas e mais grossas, normalmente devido ao acúmulo de cálcio ou material fibrótico ou hialino nas camadas das artérias, diminuindo o fluxo de sangue para os tecidos.

No entanto, a aterosclerose pode ser um fator de risco para a arteriosclerose, já que pode ocorrer acúmulo de cálcio nas placas de gordura presentes na parede das artérias, principalmente as coronárias.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da arteriosclerose é feito pelo cardiologista, angiologista ou neurologista, sendo muitas vezes descoberto em exames de rotina ou devido a emergências médicas.

Normalmente, para diagnosticar a arteriosclerose são solicitados exames como raios X, tomografia computadorizada, ressonância magnética, PET-scan e ultrassom com doppler. Veja como é feito o ultrassom com doppler.

Esses exames permitem avaliar os vasos sanguíneos, podendo também ser solicitados exames que avaliam o coração, como eletrocardiograma (ECG) e/ou ecocardiograma.

Leia também: 10 principais exames do coração (e para que servem) tuasaude.com/exames-para-o-coracao

Possíveis causas

As principais causas de arteriosclerose são:

  • Histórico familiar de arteriosclerose ou doenças cardiovasculares;
  • Idade, sendo mais comum em idosos;
  • Pressão alta não controlada;
  • Hábito de fumar;
  • Aterosclerose;
  • Histórico pessoal de doenças cardiovasculares.

Além disso, alguns fatores podem aumentar o risco de arteriosclerose, como doença renal crônica, diabetes ou níveis elevados de cálcio e fosfato no sangue, por exemplo.

Tipos de arteriosclerose

Os principais tipos de arteriosclerose são:

1. Arteriosclerose hiperplásica

A arteriosclerose hiperplásica acontece devido a proliferação de células na parede do vaso sanguíneo ou acúmulo de material fibrótico, provocando o enrijecimento e estreitamento das artérias. 

Esse tipo de arteriosclerose é raro, sendo mais comum de ocorrer em artérias em volta das glândulas adrenais, pâncreas ou artérias intestinais, devido a hipertensão maligna.

2. Arteriosclerose hialina

A arteriosclerose hialina acontece devido ao acúmulo de substâncias hialinas, que são proteínas, na parede das artérias, principalmente nos rins, pâncreas, vesícula biliar, glândulas adrenais ou intestinos.

Esse tipo de arteriosclerose é mais comum em idosos e pessoas com pressão alta não controlada ou diabetes.

Leia também: 15 principais complicações da diabetes (e como evitar) tuasaude.com/complicacoes-da-diabetes

3. Arteriosclerose calcificante

A arteriosclerose calcificante, também conhecida como arteriosclerose de Monckeberg, é causada pelo acúmulo de cálcio na camada média das artérias.

Esse tipo de arteriosclerose é mais comum em pessoas com doença renal crônica ou idosos, afetando principalmente artérias de médio porte nas pernas ou braços, provocando doença arterial periférica. 

Leia também: Doença arterial periférica: sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/doenca-arterial-periferica

Como é feito o tratamento

O tratamento da arteriosclerose deve ser feito com orientação do cardiologista, angiologista ou neurologista e varia de acordo com a artéria afetada e presença dos sintomas.

Os principais tratamentos para arteriosclerose são:

1. Uso de remédios

Alguns remédios, como anti-hipertensivos, anticoagulantes ou trombolíticos, podem ser usados no hospital nos casos de ataque cardíaco ou AVC, por exemplo.

Leia também: Ataque cardíaco: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/ataque-cardiaco

Além disso, quando a pessoa tem alta hospitalar, o médico deve indicar o uso de remédios, como antidiabéticos, anti-hipertensivos, remédios para colesterol alto ou antiagregantes plaquetários, para tratar condições de saúde que tenham causado a arteriosclerose.

2. Angioplastia

A angioplastia é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo abrir a artéria e reestabelecer o fluxo sanguíneo para o coração, cérebro ou rins, por exemplo.

Esse tipo de cirurgia pode ser feita com ou sem a colocação de um stent. Saiba mais sobre a angioplastia com stent

3. Cirurgia de revascularização do miocárdio

A cirurgia de revascularização do miocárdio, também conhecida como ponte de safena, é feita retirando um pedaço da safena e colocando entre a artéria aorta e a coronária obstruída, para restabelecer o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco.

Esse tipo de cirurgia é feita apenas em alguns casos de infarto, principalmente, quando as artérias coronárias estão obstruídas.

Leia também: Como é feito o tratamento após o infarto tuasaude.com/tratamento-do-infarto

4. Endarterectomia

A endarterectomia é uma cirurgia para remover placas de gordura de dentro das artérias, sendo mais comum de ser feita nas artérias carótida, aorta, femoral ou ilíaca.

Como prevenir

Algumas formas de prevenir a arteriosclerose são:

  • Manter o peso ideal;
  • Fazer o tratamento da diabetes, pressão alta ou outras condições de saúde, conforme orientação médica;
  • Praticar atividades físicas regularmente;
  • Parar de fumar;
  • Evitar consumir bebidas alcoólicas;
  • Fazer consultas médicas regulares, pelo menos 1 vez por ano.

Além disso, é recomendado fazer uma alimentação balanceada e nutritiva, como a dieta mediterrânea, por exemplo, pois ajuda a prevenir doenças cardiovasculares. Veja os benefícios e como fazer a dieta mediterrânea

Possíveis complicações

A arteriosclerose pode causar complicações principalmente quando não tratada adequadamente, podendo ocorrer ataque cardíaco, insuficiência cardíaca, AVC ou ataque isquêmico transitório (AIT).

Além disso, a arteriosclerose pode causar doença arterial periférica, aneurisma da aorta ou doença da artéria carótida, por exemplo.

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