Pneumonia bilateral: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em agosto 2022

A pneumonia bilateral é uma infecção que afeta os dois pulmões, sendo considerada mais grave do que a pneumonia comum, pois provoca uma inflamação nos alvéolos pulmonares, que podem se encher de líquido ou pus, diminuindo a capacidade respiratória. Como consequência disso, há diminuição da quantidade de oxigênio circulante no organismo, incluindo no cérebro, o que pode levar a alteração no nível de consciência da pessoa.

Esse tipo de pneumonia pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos, e é mais frequente em pessoas com sistema imune enfraquecido, como bebês, pessoas mais velhas ou que possuem doenças crônicas que possam interferir no funcionamento do sistema imunológico.

O tratamento da pneumonia bilateral normalmente é feito em ambiente hospitalar para que a pessoa seja monitorada e receba oxigênio, sendo então possível diminuir o risco de complicações como infecção generalizada, parada respiratória ou derrame pleural, por exemplo.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas da pneumonia bilateral

Os sintomas da pneumonia bilateral são:

  • Febre superior a 38ºC;
  • Tosse com muito catarro;
  • Grande dificuldade para respirar;
  • Aumento da frequência respiratória;
  • Cansaço fácil e intenso;
  • Coloração azulada ou arroxeada das unhas ou lábios;
  • Dor no peito ao respirar ou tossir;
  • Náusea e vômito;
  • Confusão mental, especialmente em idosos.

Esses sintomas estão relacionados principalmente com a capacidade respiratória da pessoa, que pode ficar bastante comprometida, já que os dois pulmões são afetados. 

Quando a pessoa apresenta outros sintomas relacionados com a falta de oxigênio, como lábios ligeiramente azulados ou alteração dos níveis de consciência, é muito importante informar ao pneumologista para que o tratamento possa ser feito o mais breve possível, principalmente com o uso de máscaras de oxigênio. Saiba reconhecer os sintomas da pneumonia.  

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da pneumonia bilateral é feito pelo clínico geral ou pneumologista, através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e do exame físico ao solicitar a pessoa para inspirar e expirar, enquanto escuta os pulmões com um estetoscópio, para verificar se existem ruídos durante a respiração.

O médico deve fazer também um exame de oximetria, colocando um aparelho em um dos dedos da mão para medir a quantidade de oxigênio no sangue.

Além disso, para confirmar que a pneumonia afetou os dois pulmões, o médico deve pedir um exame de raio X tórax ou tomografia computadorizada.

Outros exames que podem ser solicitados pelo médico são exames de sangue, teste do escarro, broncoscopia e cultura do líquido pleural, para identificar a infecção e qual o microrganismo que está causando a pneumonia bilateral.

Possíveis causas

A pneumonia bilateral é causada por uma inflamação nos dois pulmões devido a infecção por vírus, bactérias ou fungos.

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolvimento da pneumonia nos dois pulmões, como:

  • Idade, sendo mais comum em crianças com menos de 2 anos e idosos;
  • Desnutrição;
  • Hábito de fumar ou fumante passivo;
  • Doenças crônicas, como diabetes, anemia ou doenças cardíacas;
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
  • Fibrose cística;
  • Asma;
  • Condições neurológicas que causam dificuldade de engolir, como AVC;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

Esses fatores podem deixar o sistema imunológico mais enfraquecido, o que dificulta a ação do sistema de defesa do organismo a combater os microorganismos. Veja como se pega pneumonia e como prevenir.

Como é feito o tratamento

O tratamento para pneumonia bilateral deve ser orientado pelo pneumologista, sendo definido por meio de um sistema que classifica os pacientes de acordo com os sintomas descritos e resultado dos exames. Os pacientes classificados como de baixo risco normalmente são tratados em casa com uso de antibióticos, como o Levofloxacino ou a Claritromicina, por exemplo, sendo o tempo de uso definido pelo médico.

Além disso, é importante que a pessoa permaneça em repouso durante o tratamento, beba bastante líquidos, faça nebulização com água potável e evite espaços públicos ou com muita poluição, além de utilizar máscaras de proteção sempre que necessário.

No caso de pacientes classificados como graves, principalmente quando o paciente é idoso ou apresenta comprometimento da função renal, da pressão arterial e muita dificuldade para realizar trocas gasosas, o tratamento é feito em ambiente hospitalar. O tratamento no hospital normalmente dura entre 1 e 2 semanas, podendo variar de acordo com a resposta do paciente à terapia, e normalmente é feito a partir da administração de oxigênio e antibiótico. Após a alta, o tratamento com antibiótico deve ser continuado por pelo menos 1 semana ou de acordo com a recomendação do pneumologista.