Infecção no sangue: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em julho 2023

A infecção no sangue corresponde à presença de microrganismos no sangue, principalmente fungos e bactérias, o que leva ao surgimento de alguns sintomas como febre alta, diminuição da pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos e náuseas, por exemplo. Quando a infecção não é diagnosticada e tratada devidamente, o microrganismo pode se espalhar pela corrente sanguínea e atingir outros órgãos, podendo levar à complicações e falência de órgãos.

A gravidade da infecção depende do microrganismo infectante e da resposta do organismo da pessoa infectada, já que pessoas com o sistema imunológico comprometido ou pouco eficaz são mais suscetíveis a esse tipo de infecção e o tratamento normalmente é mais complicado.

O tratamento para a infecção no sangue é feito de acordo com o microrganismo identificado por meio dos exames laboratoriais, podendo ser feito com o uso de antibióticos ou antifúngicos de acordo com a recomendação médica e dos resultados de culturas e perfil de sensibilidade dos microrganismos aos medicamentos.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas de infecção no sangue são:

  • Febre alta;
  • Aumento da frequência respiratória;
  • Diminuição da pressão arterial;
  • Aumento da frequência dos batimentos cardíacos;
  • Perda da memória ou confusão mental;
  • Tontura;
  • Fadiga;
  • Calafrios;
  • Vômito ou náusea;
  • Confusão mental.

Os sintomas aparecem quando há grande quantidade de microrganismos circulantes. E, por isso, é importante que assim que surgirem os primeiros sintomas, o médico seja consultado para que seja feita uma avaliação geral e que sejam solicitados exames para confirmar a infecção no sangue, podendo ser iniciado o tratamento mais adequado logo em seguida para prevenir complicações.

A infecção no sangue é grave?

A infecção no sangue é grave dependendo do microrganismo identificado no sangue e a capacidade de resposta do organismo frente à infecção. Assim, recém-nascidos, idosos e pessoas com deficiências no sistema imune têm mais chance da infecção no sangue ser mais grave.

Alguns microrganismos possuem alta capacidade infecciosa, sendo capaz de se proliferar rapidamente e se espalhar pela corrente sanguínea, atingindo outros órgãos e caracterizando o quadro de choque séptico ou septicemia. Caso essa infecção não seja identificada rapidamente e devidamente tratada, pode haver falência de órgão e resultar no óbito da pessoa. Saiba tudo sobre o choque séptico.

Possíveis causas da infecção no sangue

A infecção no sangue pode ser consequência de outras infecções, como infecção urinária, pneumonia ou meningite, por exemplo, surgir após cirurgias, devido à infecção de feridas cirúrgicas, ou colocação de dispositivos médicos, como cateteres e sondas, sendo considerada uma infecção hospitalar, relacionada à assistência à saúde. Saiba o que é infecção hospitalar e como prevenir.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da infecção no sangue é feito principalmente por meio de exames laboratoriais cujo principal objetivo é identificar o microrganismo presente na corrente sanguínea, sendo indicada a realização da hemocultura, que normalmente é feita durante o internamento hospitalar.

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O sangue coletado é colocado em um recipiente denominado "garrafa de hemocultura" e é enviado ao laboratório para que sejam feitas as análises. A garrafa é colocada em um equipamento que é capaz de fornecer o ambiente adequado para o crescimento de microrganismos. As garrafas permanecem no equipamento por 7 dias a 10 dias, no entanto, culturas positivas são identificadas nos 3 primeiros dias. Conheça mais sobre a hemocultura.

Após ser detectada a positividade da amostra, são realizadas outras técnicas com essa mesma amostra para identificar o agente infeccioso, além de também ser realizado o antibiograma para verificar a quais antimicrobianos esse microrganismo é sensível ou resistente, e, assim, ser possível definir o tratamento mais adequado. Entenda como é feito o antibiograma.

Além do exame microbiológico, o médico pode indicar a realização de outros exames laboratoriais para confirmar a infecção e verificar como está a imunidade da pessoa, podendo ser solicitado o hemograma e a dosagem da proteína C reativa (PCR). Em alguns casos, pode ser solicitado também exame de urina, cultura de secreção de ferida, tomografia computadorizada e ultrassonografia, sendo estes dois últimos solicitados para verificar se houve disseminação do microrganismo para outros órgãos.

No caso da suspeita de infecção no sangue por vírus, são realizados testes sorológicos e moleculares para identificar o vírus, sua concentração no sangue e, assim, determinar o tratamento, já que os vírus não são identificados por meio da hemocultura.

Como tratar

O tratamento é feito com a pessoa internada e é estabelecido de acordo com o microrganismo identificado no sangue. No caso de infecção por bactérias, é recomendado o uso de antibióticos, que é definido de acordo com o perfil de sensibilidade da bactéria. No caso de infecção por fungos, é indicado o uso de antifúngicos segundo o resultado do antifungigrama. De forma geral, os antimicrobianos são administrados diretamente na veia para que a ação contra o microrganismo aconteça de forma mais rápida e eficaz.

Pode ser recomendado também o uso de medicamentos para aumentar a pressão arterial, assim como baixas doses de corticoesteroides e insulina para regular os níveis de açúcar no sangue.