O calendário de vacinação do bebê 2025 inclui as vacinas que a criança deve tomar desde o nascimento até aos 4 anos de idade, já que o bebê quando nasce não possui as defesas necessárias para combater infeções.
As vacinas ajudam a estimular a proteção do organismo, diminuindo o risco do bebê ficar doente e ajudando a criança a crescer saudável e a ter um desenvolvimento adequado.
Leia também: Vacinas: para que servem, tipos e calendário de vacinação tuasaude.com/tudo-sobre-vacinasAs vacinas do calendário são recomendadas pelo Ministério da Saúde, sendo fornecidas gratuitamente na maternidade ou num posto de saúde e registradas na caderneta de vacinação. Veja boas razões para manter a caderneta de vacinação atualizada.
Vacinas que o bebê deve tomar
De acordo com o calendário de vacinação de 2025, as vacinas indicadas do nascimento até os 4 anos são:
Nascimento
- Vacina BCG: é administrada em dose única e evita as formas graves de tuberculose, sendo aplicada na maternidade em bebês com peso maior ou igual a 2 Kg. Essa vacina costuma deixar uma cicatriz no braço em que foi aplicado, devendo-se formar até aos 6 meses;
- Vacina da Hepatite B: a 1ª dose da vacina evita a hepatite B, que é uma doença causada por um vírus, o HBV, que pode afetar o fígado e levar ao desenvolvimento de complicações ao longo da vida, sendo recomendada a sua administração nas primeiras 12 horas após o nascimento.
2 meses
- Vacina tríplice bacteriana (DTPa ou DTPw): 1ª dose, de preferência com a DTPa, pois os efeitos colaterais da DTPw são mais intensos. Essa vacina protege contra difteria, tétano e coqueluche;
- Vacina VIP (vírus inativado): 1ª dose da vacina que protege contra a poliomielite, também conhecida por paralisia infantil, que é uma doença causada por um vírus. Veja mais sobre a vacina contra a poliomielite;
- Vacina contra Haemophilus influenza B: 1ª dose, que protege contra meningite causada pela bactéria Haemophilus influenzae do tipo B;
- Vacina contra o rotavírus: 1ª dose da vacina monovalente ou pentavalente que protege contra a infecção pelo rotavírus, que é uma das principais causas de gastroenterite nas crianças. A segunda dose pode ser administrada até os 7 meses;
- Vacina da pneumonia (VPC10, VPC13, VPC15 ou VPC20): 1ª dose de preferência com a VPC15 ou VPC20 que protege contra diversos sorotipos de pneumococos responsáveis por doenças como meningite, pneumonia e otite. Na ausência da VPC15 ou VPC20, utilizar a VPC13 e, na ausência da VCP13 usar a VPC10.
Além disso, pode-se tomar a vacina pentavalente, ao invés de doses separadas da triplice bacteriana, Haemophilus influenza e hepatite B, pois protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenza tipo B, sendo recomendada a primeira dose aos 2 meses.
As doses de reforço contra difteria, tétano e coqueluche são feitas com a vacina DTP aos 15 meses de idade.
Leia também: Vacina pentavalente: para que serve, doses e efeitos colaterais tuasaude.com/vacina-pentavalente3 meses
- Vacina meningocócica conjugada (menC): 1ª dose, que protege contra meningite e meningococcemia causada pela bactéria Neisseria meningitidis do tipo C;
- Vacina meningocócica B: 1ª dose, que protege contra meningite e infecções generalizadas causadas pela bactéria Neisseria meningitidis (meningococo) do tipo B.
A vacina menC está disponível gratuitamente em postos de saúde para crianças até os 5 anos. No entanto, a vacina meningocócica B está disponível apenas em clínicas particulares.
4 meses
- Vacina tríplice bacteriana (DTPa ou DTPw): 2ª dose, que protege contra difteria, tétano e coqueluche;
- Vacina VIP (vírus inativado): 2ª dose da vacina que protege contra a poliomielite ou paralisia infantil;
- Vacina contra Haemophilus influenza B: 2ª dose, que protege contra meningite causada pela bactéria Haemophilus influenzae do tipo B;
- Vacina contra o rotavírus: 2ª dose da vacina monovalente ou pentavalente que protege contra o rotavírus. A vacina monovalente é dada em apenas duas doses, sendo a 2ª dose aos 4 meses. Já a vacina pentavalente é dada em 3 doses, sendo a 2ª aos 4 meses e a 3ª dose aos 6 meses;
- Vacina pneumocócica conjugada (VPC10, VPC13, VPC15 ou VPC20): 2ª dose contra doença invasiva pneumocócica.
Caso o bebê tenha tomado a vacina pentavalente (DTP + Hib + HB), a 2ª dose da vacina que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza e hepatite B, é feita aos 4 meses.
5 meses
- Vacina Meningocócica C: 2ª dose, contra meningite meningocócica do sorogrupo C;
- Vacina meningocócica B: 2ª dose, que protege contra infecções pela bactéria Neisseria meningitidis do tipo B.
6 meses
- Vacina tríplice bacteriana (DTPa ou DTPw): 3ª dose, que protege contra difteria, tétano e coqueluche;
- Vacina VIP (vírus inativado): 3ª dose da vacina que protege contra a poliomielite ou paralisia infantil;
- Vacina contra Haemophilus influenza B: 3ª dose, que protege contra meningite causada pela bactéria Haemophilus influenzae do tipo B;
- Vacina contra o rotavírus: 3ª dose da vacina pentavalente que protege contra o rotavírus;
- Vacina pneumocócica conjugada (VPC13, VPC15 ou VPC20): 3ª dose contra doença invasiva pneumocócica;
- Vacina da gripe (influenza 3V ou 4V): a partir dos 6 meses é recomendado também o início da imunização contra o vírus Influenzae, que é responsável pela gripe. Para menores de 9 anos, é recomendado 2 doses com intervalo de 30 dias entre elas. Saiba mais sobre a vacina da gripe.
No caso da vacina pentavalente (DTP + Hib + HB), é recomendada a 3ª dose que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza e hepatite B.
9 meses
- Vacina contra febre amarela (vírus atenuado): dose única da vacina contra a febre amarela.
12 meses
- Vacina tríplice viral (SCR): 1ª dose da vacina que protege contra o sarampo, rubéola, e caxumba;
- Vacina contra catapora (varicela): 1ª dose da vacina que protege contra catapora;
- Vacina pneumocócica conjugada (VPC13, VPC15 e VPC20): dose de reforço. Para as vacinas VPC13 e VPC15 a dose de reforço pode ser feita dos 12 aos 15 meses;
- Vacina meningocócica ACWY: reforço da vacina contra a meningite;
- Vacina meningocócica B: dose de reforço que pode ser feita dos 12 aos 15 meses.
Além disso, no primeiro ano de vida, até os 12 meses, o pediatra pode recomendar a vacinação com o anticorpo monoclonal nirsevimabe para proteger contra formas graves de infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR).
Essa vacina deve ser aplicada um mês antes ou durante o primeiro período de maior circulação do VSR, não sendo recomendada para bebês com menos de 12 meses saudáveis quando a mãe tomou a vacina contra VSR na gestação.
Leia também: Vírus sincicial respiratório: o que é, sintomas e tratamento tuasaude.com/virus-sincicial-respiratorio15 meses
- Vacina tríplice bacteriana (DTP): 1º reforço da vacina que protege contra difteria, tétano e coqueluche, que pode ser feita dos 15 aos 18 meses;
- Vacina contra Haemophilus influenza B: dose de reforço dos 15 aos 18 meses;
- Vacina VIP (vírus inativado): dose de reforço contra poliomielite ou paralisia infantil;
- Vacina Hepatite A (inativada): dose única contra o vírus da hepatite A;
- Vacina tetra viral (SCR-V): 2ª dose, dos 15 aos 24 meses, protege contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora.
A dose de reforço da vacina contra poliomielite deve ser feita com a vacina VIP (Vacina Injetável da Poliomielite) que contém o vírus da paralisia infantil inativado.
Isso porque a vacina VOP (Vacina Oral da Poliomielite) que contém o vírus da paralisia infantil vivo atenuado não é mais utilizada, sendo recomendado pelo Ministério da Saúde que todas as doses sejam feitas com a vacina VIP.
4 anos
- Vacina tríplice bacteriana (DTP): 2º reforço da vacina que protege contra difteria, tétano e coqueluche;
- Vacina VIP (vírus inativado): dose de reforço contra poliomielite ou paralisia infantil, caso a criança esteja com esquema vacinal atrasado;
- Vacina contra febre amarela (vírus atenuado): dose de reforço;
- Vacina contra catapora: 2ª dose. A primeira dose dessa vacina é realizada aos 12 meses, com a vacina tríplice viral (SCR) + catapora;
- Vacina da dengue (Qdenga): pode ser dada a 1ª dose para crianças que nunca tiveram dengue ou que já tiveram dengue anteriormente. A dose de reforço é feita 3 meses depois da 1ª dose.
Em caso de esquecimento é importante vacinar a criança assim que for possível ir no posto de saúde, além de ser fundamental tomar todas as doses de cada vacina para o bebê ficar totalmente protegida.
Leia também: Vacinas da dengue: quem pode tomar, doses e efeitos colaterais tuasaude.com/vacina-contra-dengueVacinas da COVID-19 em bebês
Para bebês e crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias, existem 2 vacinas contra a COVID-19:
- Vacina SpikeVax (monovalente XBB): aplicada em 2 doses com intervalos de 4 semanas entre elas;
- Vacina Comirnaty (Pfizer): aplicada em 3 doses com intervalos de 4 semanas entre a 1ª e 2ª doses e 8 semanas entre a 2ª e 3ª doses.
Essas vacinas são oferecidas gratuitamente pelo SUS, podendo ser aplicadas nos postos de saúde. Saiba mais sobre a vacina contra COVID-19 em crianças.
Quando ir ao médico após a vacinação
Depois do bebê tomar uma vacina, é recomendado ir ao pronto socorro se o bebê apresentar:
- Alterações na pele como bolinhas vermelhas ou irritação;
- Febre superior a 39ºC;
- Convulsões;
- Dificuldade para respirar, tiver muita tosse ou fizer barulho ao respirar.
Estes sinais geralmente surgem até 2 horas depois da vacinação podem indicar reação à vacina. Por isso, ao surgirem os sintomas, deve ir no médico para evitar o agravamento da situação.
Além disso, também é indicado ir ao pediatra caso as reações normais à vacina, como vermelhidão ou dor no local, não desapareçam ao final de uma semana. Veja o que fazer para aliviar os efeitos colaterais da vacina.
É seguro vacinar durante a COVID-19?
A vacinação é importante em todos os momentos da vida e, por isso, também não deve ser interrompida durante momentos de crise da COVID-19.
Para garantir a segurança de todos, estão sendo cumpridas todas as regras sanitárias para proteger quem se desloca aos postos de saúde do SUS para fazer a vacinação.