Vacina rotavírus: para que serve, como tomar e cuidados

A vacina rotavírus é indicada para prevenir infecções gastrointestinais causadas pelo rotavírus, em bebês e crianças, especialmente a gastroenterite, que provoca diarreia líquida e/ou vômitos intensos, podendo levar à desidratação.

Existem dois tipos de vacina rotavírus, uma que protege contra 1 tipo de rotavírus, a Rotarix, que é fornecida gratuitamente pelo SUS, e outra que protege contra 5 tipos de rotavírus, a RotaTeq, que pode ser feita em clínicas ou hospitais privados.

A vacina rotavírus possui o vírus atenuado, que é capaz de estimular a produção de anticorpos contra os tipos de rotavírus mais comuns, porém não há desenvolvimento da doença, e assim protege o bebê contra infecções futuras, diminuindo a intensidade dos sintomas.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

A vacina contra o rotavírus é indicada prevenir a infecção pelo rotavírus, que é um vírus que causa diarreia grave principalmente em crianças entre 6 meses e 2 anos.

Essa vacina estimula o corpo a produzir anticorpos contra os tipos de rotavírus mais comuns, evitando a infecção grave. Saiba reconhecer os sintomas de infecção pelo rotavírus.

Quando o bebê tomar a vacina rotavírus

A vacina rotavírus deve ser tomada por bebês a partir de 6 semanas de vida e no máximo até 3 meses e 15 dias.

A última dose da vacina deve ser feita até 7 meses e 29 dias.

Leia também: Calendário de vacinação do bebê 2024: do nascimento aos 4 anos tuasaude.com/calendario-de-vacinacao-do-bebe

Doses da vacina rotavírus

A vacina contra o rotavírus é administrada por via oral, em forma de gota, e pode ser classificada como monovalente, quando só contém um tipo de rotavírus atenuado, ou pentavalente, quando é constituída pelos cinco tipos de rotavírus com baixa atividade.

As doses da vacina rotavírus variam de acordo com o tipo de vacina e incluem:

Tipo de vacina

Esquema vacinal

Vacina monovalente - Rotarix (pelo SUS)

Esquema de 2 doses:

1ª dose: aos 2 meses;

2ª dose: aos 4 meses. Porém pode ser feita até o final do 7º mês e 29 dias de vida, dando um intervalo de pelo menos 4 semanas entre a 1ª e a 2ª dose.

Vacina pentavalente - RotaTeq (por clínicas particulares)

Esquema de 3 doses:

1ª dose: aos 2 meses ou até no máximo 3 meses e 15 dias de vida;

2ª dose: aos 4 meses de vida;

3ª dose: aos 6 meses de via ou até no máximo os 7 meses e 29 dias de idade.

É recomendado que as doses da vacina sejam feitas sempre no mesmo posto de saúde ou clínica particular, não se devendo utilizar marcas diferentes da vacina rotavírus a cada aplicação.

Além disso, é importante que a criança sempre tenha o acompanhamento do pediatra, e tome as vacinas de acordo com o calendário de vacinação. Veja como é o calendário de vacinação do bebê.

Cuidados após a vacinação

Após a vacinação com a vacina rotavírus, é importante que a criança não tenha contato com pessoas que tenham o sistema imunológico enfraquecido, por pelo menos 15 dias após tomar a vacina rotavírus, pois existe um risco do rotavírus ser transmitido da criança para essas pessoas.

Cuidados com a fralda após a vacina

A vacina rotavírus é eliminada pelas fezes, por até 10 dias após a vacinação, devendo-se ter um cuidado especial ao trocar a fralda do bebê, sendo recomendado lavar bem as mãos com água e sabonete neutro, antes e após a troca de fraldas.

Possíveis efeitos colaterais

As reações dessa vacina são raras e, quando acontecem, não são graves, como por exemplo aumento da irritabilidade do bebê, febre baixa e caso isolado de vômito ou diarreia, além de perda de apetite, cansaço e excesso de gases.

No entanto, há algumas reações raras e graves, como por exemplo diarreia e vômitos frequentes, presença de sangue nas fezes e febre alta, sendo recomendado nesses casos ir ao pediatra para que possa ser iniciado algum tipo de tratamento.

Leia também: Como aliviar as reações mais comuns das vacinas tuasaude.com/reacoes-adversas-das-vacinas

Contraindicações da vacina

A vacina rotavírus não deve ser usada por crianças nas seguintes situações:

  • Idade fora da faixa etária recomendada;
  • Alergia aos componentes das vacinas;
  • Malformação congênita gastrointestinal não corrigida;
  • Intussuscepção;
  • Sistema imunológico comprometido por doenças como AIDS;
  • Doença febril grave aguda.

Além disso, se a criança tiver sintomas de febre ou de infecção, diarreia, vômito ou problemas no estômago ou intestino, deve-se conversar com o o pediatra antes de iniciar a vacinação.

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