Prematuro extremo: o que é, características, cuidados e riscos

Prematuro extremo é o bebê que nasce antes das 28 semanas de gestação, o que aumenta o risco de lesões em diversos órgãos, como cérebro, pulmões, olhos, coração, rins ou trato gastrointestinal, uma vez que não estão completamente desenvolvidos e amadurecidos.

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Alguns fatores podem aumentar o risco de prematuridade extrema, como gravidez antes dos 18 anos e após os 40, infecções na gestação, descolamento prematuro da placenta, malformações fetais ou uso de cigarro ou drogas durante a gestação.

Os cuidados com o prematuro extremo são iniciados logo após o nascimento pelo neonatologista, com admissão na UTI neonatal, e tratamento suporte alimentar, oxigênio suplementar e uso de remédios e, após a alta, com cuidados de higiene e acompanhamento médico regular.

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Características do prematuro extremo

As principais características do bebê prematuro extremo são:

  • Baixo peso e tamanho pequeno;
  • Pele fina, rosada, brilhante e com pouca gordura;
  • Cabeça grande em relação ao corpo;
  • Baixa temperatura corporal;
  • Orelhas macias ou moles;
  • Pouco ou nenhum cabelo.

Além disso, outras características do bebê prematuro extremo são dificuldade respiratória e reflexo de sucção fraco ou ausente, o que dificulta a alimentação.

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Qual a chance de um prematuro extremo sobreviver?

As chances do prematuro extremo sobreviver variam com a idade gestacional, sendo que quanto mais avançada, maior as chances do bebê sobreviver.

Desta forma, bebês que nascem de 26 a 27 semanas, tem uma chance de cerca de 80 a 90% de sobreviver.

Além disso, os avanços nos cuidados neonatais têm melhorado a taxa de sobrevivência do bebê prematuro extremo. 

Possíveis causas

Os principais fatores que podem aumentar o risco de bebê prematuro extremo são:

  • Idade materna menor que 20 anos e maior que 40 anos;
  • Histórico de parto prematuro;
  • Gravidez de gêmeos;
  • Uso de cigarro ou drogas de abuso durante a gestação;
  • Descolamento da placenta ou placenta prévia;
  • Malformações fetais.

Além disso, infecções vaginais ou intrauterinas, anemia, reprodução assistida ou pré-eclâmpsia aumentam o risco de parto prematuro e bebê prematuro extremo. 

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Riscos da prematuridade extrema

Os principais riscos para o bebê prematuro extremo são:

1. Síndrome do desconforto respiratório agudo

A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) pode surgir logo após o nascimento do bebê prematuro extremo, afetando a maioria dos bebês, sendo detectado pelo neonatologista ainda na sala de parto ou nas primeiras 24 horas após o nascimento.

Essa síndrome é causada pela falta de surfactante pulmonar, que é uma substância produzida pelos pulmões do bebê, após as 28 semanas de gestação, permitindo que se encham de ar ao nascer.

Essa deficiência de surfactante pulmonar resulta na síndrome do desconforto respiratório agudo, que causa sintomas como dificuldade para respirar, respiração rápida, chiado para respirar e lábios e dedos azulados. 

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2. Broncodisplasia pulmonar

A broncodisplasia pulmonar é outra complicação que pode acontecer no prematuro extremo, devido a necessidade prolongada de suplementação de oxigênio, o que pode causar lesões nos pulmões.

O bebê prematuro que desenvolve broncodisplasia pulmonar tem um risco aumentado de doença pulmonar a longo prazo e problemas no desenvolvimento neurológico.

3. Persistência do canal arterial

A persistência do canal arterial, também chamada de ducto arterioso patente, é a ausência de fechamento desse ducto que naturalmente no feto para ligar o ventrículo direito do coração à aorta, para que o sangue siga em direção à placenta e receba oxigênio.

Esse canal se fecha no nascimento ou logo após, no entanto, no prematuro extremo não ocorre esse fechamento, provocando dificuldades na oxigenação do sangue.

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4. Retinopatia da prematuridade

A retinopatia da prematuridade é o crescimento anormal de vasos sanguíneos na retina do bebê prematuro extremo, devido ao desenvolvimento incompleto dos vasos sanguíneos da retina e o uso de oxigênio suplementar na UTI.

Essa condição pode causar problemas de visão no bebê a longo prazo ou até cegueira, sendo identificado ainda na UTI neonatal pelo oftalmologista através do exame de fundo de olho.

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5. Infecções

As infecções no bebê prematuro extremo podem surgir devido a imaturidade do sistema imunológico para combater microrganismos.

Em alguns casos, pode ocorrer sepse que é uma infecção grave que pode colocar a vida do prematuro extremo em risco.

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6. Enterocolite necrotizante

A enterocolite necrotizante é uma complicação gastrointestinal que pode surgir no bebê prematuro extremo devido a colonização bacteriana intestinal anormal, imaturidade da barreira intestinal, fluxo sanguíneo intestinal prejudicado e tipo de alimentação.

Essa condição pode causar sequelas a longo prazo, como deficiências do crescimento, problemas no desenvolvimento neurológico ou síndrome do intestino curto, por exemplo.

7. Deficiências no desenvolvimento neurológico

O bebê prematuro extremo ainda não tem o cérebro totalmente desenvolvido, o que pode causar deficiências no desenvolvimento neurológico, problemas de aprendizado ou distúrbios comportamentais a longo prazo.

Além disso, devido a maior fragilidade dos vasos sanguíneos cerebrais do prematuro extremo, podem ocorrer sangramentos ou hemorragias cerebrais, oxigenação deficiente que podem resultar em danos no cérebro e paralisia cerebral.

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Cuidados com o prematuro extremo

Os cuidados com o bebê prematuro extremo iniciam-se no hospital logo após o nascimento, sendo feito na UTI neonatal pelo neonatologista, oftalmologista, enfermeiros e outras especialidades médicas.

Esses cuidados incluem colocar o prematuro extremo em uma incubadora neonatal, já que o bebê ainda não é capaz de controlar sua temperatura.

Além disso, os dados vitais do bebê são monitorados constantemente, além do bebê receber suporte respiratório, sonda para se alimentar e cuidados de higiene.

Também são indicados pelo neonatologista o uso de soro na veia e de remédios para prevenir complicações, ou cirurgia em alguns casos, o que varia de acordo com o estado de saúde do bebê.

Quanto tempo um prematuro extremo fica na UTI?

O tempo de hospitalização na UTI neonatal do prematuro extremo varia de acordo com as condições de saúde do bebê e presença ou não de complicações.

Geralmente, o prematuro extremo fica alguns meses na UTI neonatal, sendo liberado pelo neonatologista quando aprende a respirar e a mamar sozinho, consegue manter a temperatura corporal e tem um peso adequado.

Cuidados em casa

Após o bebê prematuro extremo receber alta hospitalar, alguns cuidados são importantes, como:

  • Amamentar o bebê com leite materno sob livre demanda, para ajudar a fortalecer o sistema imunológico;
  • Limitar as visitas e evitar levar o bebê a locais com muitas pessoas ou com pouca ventilação;
  • Manter o quarto do bebê com temperatura adequada e livre de poeiras;
  • Dar os medicamentos indicados pelo pediatra nos horários e doses corretos;
  • Lavar as mãos com água e sabão frequentemente antes de ter contato com o bebê;
  • Dar as vacinas no bebê, conforme orientação do pediatra.

Além disso, deve-se fazer acompanhamento como pediatra regularmente, além do oftalmologista, neurologista e fisioterapeutas para avaliar o desenvolvimento do bebê e diagnosticar complicações de saúde de forma precoce.

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