O calendário de vacinação do bebê inclui as vacinas que a criança deve tomar desde que nasce até aos 4 anos de idade, já que o bebê quando nasce não possui as defesas necessárias para combater infeções.
Desta forma, as vacinas ajudam a estimular a proteção do organismo, diminuindo o risco do bebê ficar doente e ajudando a criança a crescer saudável e a ter um desenvolvimento adequado.
Todas as vacinas do calendário são recomendadas pelo Ministério da Saúde e, por isso, são fornecidas gratuitamente na maternidade ou num posto de saúde, sendo normalmente aplicadas na coxa ou no braço da criança, e registradas na caderneta de vacinação. Veja 6 boas razões para manter a caderneta de vacinação atualizada.

Vacinas que o bebê deve tomar
De acordo com o calendário de vacinação de 2023, as vacinas recomendadas desde o nascimento até os 4 anos de idade são:
Ao nascer
- Vacina BCG: é administrada em dose única e evita as formas graves de tuberculose, sendo aplicada na maternidade de costuma deixar uma cicatriz no braço em que a vacina foi aplicada, devendo-se formar até aos 6 meses;
- Vacina da Hepatite B: a 1ª dose da vacina evita a hepatite B, que é uma doença causada por um vírus, o HBV, que pode afetar o fígado e levar ao desenvolvimento de complicações ao longo da vida, sendo recomendada a sua administração nas primeiras 12 horas após o nascimento.
2 meses
- Vacina pentavalente (DTP + Hib + HB): 1ª dose, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza e hepatite B. As doses de reforço contra difteria, tétano e coqueluche são feitas com a vacina DTP aos 15 meses de idade;
- Vacina VIP (vírus inativado): 1ª dose da vacina que protege contra a poliomielite, também conhecida por paralisia infantil, que é uma doença causada por um vírus. Veja mais sobre a vacina contra a poliomielite;
- Vacina contra o rotavírus: essa vacina protege contra a infecção pelo rotavírus, que é uma das principais causas de gastroenterite nas crianças. A segunda dose pode ser administrada até os 7 meses;
- Vacina Pneumocócica 10V: 1ª dose contra doença invasiva pneumocócica, que protege contra diversos sorotipos de pneumococos responsáveis por doenças como meningite, pneumonia e otite. A segunda dose pode ser administrada até os 6 meses.
3 meses
- Vacina Meningocócica C: 1ª dose, contra Meningite meningocócica do sorogrupo C.
4 meses
- Vacina pentavalente (DTP + Hib + HB): 2ª dose da vacina que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza e hepatite B;
- Vacina VIP (vírus inativado): 2ª dose da vacina que protege contra a poliomielite ou paralisia infantil;
- Vacina contra o rotavírus: 2ª dose que protege contra o rotavírus;
- Vacina Pneumocócica 10V: 2ª dose contra doença invasiva pneumocócica. A segunda dose pode ser administrada até os 6 meses.
5 meses
- Vacina Meningocócica C: 2ª dose, contra Meningite meningocócica do sorogrupo C.
6 meses
- Vacina pentavalente (DTP + Hib + HB): 3ª dose da vacina que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza e hepatite B;
- Vacina VIP (vírus inativado): 3ª dose da vacina que protege contra a poliomielite ou paralisia infantil.
A partir dos 6 meses é recomendado também o início da imunização contra o vírus Influenzae, que é responsável pela gripe, devendo a criança ser vacinada todos os anos durante o período de campanha. Saiba mais sobre a vacina da gripe.
9 meses
- Vacina contra febre amarela (vírus atenuado): dose única da vacina contra a febre amarela.
12 meses
- Vacina Tríplice Viral (SCR): 1ª dose da vacina que protege contra o sarampo, rubéola, e caxumba;
- Vacina Pneumocócica 10V: reforço da vacina contra a meningite, pneumonia e otite;
- Vacina Meningocócica C: reforço da vacina contra a meningite C. Esse reforço pode ser administrado até os 15 meses.
15 meses
- Vacina tríplice bacteriana (DTP): 1º reforço da vacina que protege contra difteria, tétano e coqueluche;
- Vacina VOP (vírus atenuado): 1ª dose de reforço contra poliomielite ou paralisia infantil;
- Vacina Hepatite A: dose única contra o vírus da hepatite A;
- Vacina Tetra Viral (SCR-V): dose única da vacina que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora.
A partir dos 15 meses as doses de reforço contra a poliomielite são feitas com a vacina VOP, que contém o vírus atenuado, ou seja, enfraquecido, que confere imunidade mas não é capaz de provocar a doença, devendo a criança ser vacinada durante o período de campanha até os 4 anos.
4 anos
- Vacina tríplice bacteriana (DTP): 2º reforço da vacina que protege contra difteria, tétano e coqueluche;
- Vacina VOP (vírus atenuado): 2ª dose de reforço contra poliomielite ou paralisia infantil;
- Vacina contra febre amarela (vírus atenuado): dose de reforço;
- Vacina contra catapora: 2ª dose. A primeira dose dessa vacina é realizada aos 15 meses, com a vacina tríplice viral (SCR) + catapora.
Em caso de esquecimento é importante vacinar a criança assim que for possível ir no posto de saúde, além de ser fundamental tomar todas as doses de cada vacina para o bebê ficar totalmente protegida.
Vacinas da COVID-19 em bebês
Para bebês e crianças até 4 anos, existem 2 vacinas contra a COVID-19:
- Vacina Pfizer baby: para bebês de 6 meses a 4 anos de idade, aplicada em 3 doses com intervalos de 4 semanas entre a 1ª e 2ª doses e 8 semanas entre a 2ª e 3ª doses;
- Vacina Coronavac: para crianças de 3 a 4 anos, dividida em 2 doses com 28 dias de intervalo. Após 4 meses da última dose, pode-se fazer uma dose de reforço, preferencialmente com a vacina Pfizer Pediátrica.
Essas vacinas são oferecidas gratuitamente pelo SUS, podendo ser aplicadas nos postos de saúde. Saiba mais sobre a vacina contra COVID-19 em crianças.
Quando ir ao médico após a vacinação
Depois do bebê tomar uma vacina, é recomendado ir ao pronto socorro se o bebê apresentar:
- Alterações na pele como bolinhas vermelhas ou irritação;
- Febre superior a 39ºC;
- Convulsões;
- Dificuldade para respirar, tiver muita tosse ou fizer barulho ao respirar.
Estes sinais geralmente surgem até 2 horas depois da vacinação podem indicar reação à vacina. Por isso, ao surgirem os sintomas, deve ir no médico para evitar o agravamento da situação. Além disso, também é indicado ir ao pediatra caso as reações normais à vacina, como vermelhidão ou dor no local, não desapareçam ao final de uma semana. Veja o que fazer para aliviar os efeitos colaterais da vacina.
É seguro vacinar durante a COVID-19?
A vacinação é importante em todos os momentos da vida e, por isso, também não deve ser interrompida durante momentos de crise da COVID-19.
Para garantir a segurança de todos, estão sendo cumpridas todas as regras sanitárias para proteger quem se desloca aos postos de saúde do SUS para fazer a vacinação.