Retinose pigmentar é um grupo de doenças hereditárias que afetam a retina, causando sintomas como dificuldade de enxergar em ambientes com pouca luz, visão em túnel ou perda parcial ou total da visão.
Essa condição afeta a função das células fotorreceptoras da retina, chamadas cones e bastonetes, responsáveis pela captura das imagens a cores e em ambientes escuros e pela visão periférica, resultando em perda progressiva da visão, geralmente nos dois olhos.
Leia também: 12 principais causas da perda da visão (e como evitar) tuasaude.com/perda-da-visaoO tratamento da retinose pigmentar, também chamada de retinite pigmentosa, é feito pelo oftalmologista aliviar os sintomas e evitar a morte dos cones e dos bastonetes, podendo ser recomendada a realização de suplementação de vitamina A e ômega 3, por exemplo.

Sintomas de retinose pigmentar
Os principais sintomas de retinose pigmentar são:
- Cegueira noturna;
- Dificuldade de enxergar em ambientes escuros ou com mau tempo;
- Má adaptação à escuridão, quando se passa de um ambiente com muita luz para outro mais escuro;
- Perda gradual da visão periférica;
- Dificuldade para ver cores, principalmente o azul.
Além disso, também podem surgir visão turva ou embaçada em ambientes com pouca luz ou perda total ou parcial da visão, chamada amaurose.
Os sintomas da retinose pigmentar geralmente surgem na infância ou por volta dos 20 anos, e pioram de forma gradual e lenta.
Como enxerga uma pessoa com retinose pigmentar?
A pessoa com retinose pigmentar tem dificuldade para enxergar à noite ou em ambientes escuros, chamada cegueira noturna.
Além disso, a pessoa também ter a visão periférica prejudicada, chamada visão em túnel, não enxergando objetos ou movimentos na região lateral do campo de visão, mas enxerga o que está à sua frente.
Leia também: Cegueira noturna: o que é, sintomas, causas e tratamento tuasaude.com/cegueira-noturnaComo é feito o diagnóstico
O diagnóstico da retinose pigmentar é feito pelo oftalmologista a partir da avaliação dos sintomas e exames oftalmológicos.
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Qual exame detecta retinose pigmentar?
Os exames que detectam a retinose pigmentar são o exame de fundo do olho, teste de acuidade visual e testes de cores e campo visual, além do mapeamento da retina. Entenda como é feito o mapeamento da retina.
Além disso, outros exames são a tomografia de coerência óptica, angiografia fluoresceínica, eletrorretinografia ou oftalmoscopia de varredura a laser, por exemplo.
Leia também: Exame oftalmológico: o que é, para que serve, tipos e quando fazer tuasaude.com/exame-oftalmologicoPossíveis causas
A retinose pigmentar é causada por alterações genéticas e hereditárias, em genes como RPE65, USH2A ou ABCA4, por exemplo.
Além disso, esta doença pode ter como consequência uma síndrome, que além de afetar os olhos, pode comprometer outros órgãos e funções do corpo, como a síndrome de Usher.
Como é feito o tratamento
O tratamento da retinose pigmentar deve ser feito com orientação do oftalmologista e tem como objetivo atrasar a evolução da doença e a perda da visão.
Os principais tratamentos para retinose pigmentar são:
1. Suplementos nutricionais
O uso de suplementos para retinose pigmentar, como a vitamina A, pode ser indicado pelo oftalmologista para atrasar a deterioração da retina e a perda da visão.
Leia também: Vitamina A: o que é, para que serve e alimentos ricos tuasaude.com/alimentos-ricos-em-vitamina-aAlém do suplemento de vitamina A, o médico também pode indicar o uso de ômega-3 em cápsulas ou betacaroteno, por exemplo. Veja como usar o ômega-3 em cápsulas.
2. Proteger os olhos
Proteger os olhos também é muito importante para o tratamento da retinose pigmentar.
Desta forma, o médico deve recomendar uma proteção contra a exposição à luz de comprimentos de onda curto, com o uso de óculos escuros com proteção UVA e UVB, para evitar a aceleração da doença.
Leia também: 10 danos provocados pelo sol (e como se proteger) tuasaude.com/sol-faz-mal3. Terapia gênica
A terapia gênica para retinose pigmentar pode ser indicada pelo médico para adultos ou crianças com alterações no gene RPE65 que é um dos genes que causa a doença.
Esse tipo de tratamento é feito com o uso do remédio voretigeno neparvoveque (Luxturna) através de injeções na retina, desde que tenha células viáveis na retina.
A terapia gênica fornece uma cópia normal do gene RPE65 reduzido ou ausente, tendo um potencial para curar e restaurar o campo de visão.
Leia também: Terapia gênica: o que é, como é feita e doenças tratadas tuasaude.com/terapia-genica4. Uso de remédios
O uso de remédios, principalmente a acetazolamida, pode ser indicado pelo médico para diminuir o inchaço na retina.
Desta forma esse tratamento ajuda a melhorar a visão, mas não impede a progressão da doença.
5. Implantes na retina
A colocação de implantes na retina para retinose pigmentar pode ser feita pelo oftalmologista para restaurar a visão, melhorar a acuidade visual e a visualização de cores, por exemplo.
6. Cirurgia
A cirurgia para retinose pigmentar é indicada quando a pessoa tem também catarata, sendo feita com a retirada do cristalino no olho, que é substituído por uma lente intraocular.
Leia também: Cirurgia de catarata: quem faz, como é feita, recuperação e riscos tuasaude.com/cirurgia-para-catarata7. Reabilitação visual
No caso de já haver ocorrido a perda de visão, o oftalmologista pode indicar a reabilitação visual, para ajudar no dia a dia e melhorar a qualidade de vida.
Essa reabilitação visual pode ser feita com o uso de equipamentos, como lupas, telescópios ou aparelhos eletrônicos, por exemplo.
Além disso, pode ser recomendada a iluminação adequada do ambiente.
Retinose pigmentar tem cura?
A retinose pigmentar não tem cura, no entanto, os tratamentos indicados pelo oftalmologista, podem ajudar a controlar e impedir a progressão da doença, e a perda total da visão.
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