O que pode causar a perda da visão

Atualizado em julho 2019

A perda da visão pode ser, na maioria das vezes, evitada isso porque as situações que levam à perda progressiva da visão são facilmente controladas por meio da mudança dos hábitos alimentares, uso de óculos de sol e exames oftalmológicos de rotina, que podem identificar qualquer problema ocular ainda na fase inicial, podendo ser tratado e a visão preservada.

A retinopatia diabética e a degeneração macular, por exemplo, podem ser evitadas facilmente por meio do controle da glicemia e do uso de óculos de sol, respectivamente. Além disso, é recomendado que sejam feitas consultas periódicas ao oftalmologista, principalmente se houver histórico na família de perda de visão, principalmente quando há histórico de glaucoma e catarata.

Imagem ilustrativa número 1

As principais causas de perda de visão são:

1. Catarata

A catarata é caracterizada pelo envelhecimento do cristalino do olho, resultando em visão embaçada, aumento da sensibilidade à luz e perda progressiva da visão e pode acontecer ao longo da vida ou logo ao nascimento. A catarata pode ser surgir devido a diversas situações, como por exemplo uso de medicamentos corticoides, pancadas no olho ou na cabeça, infecções oculares e envelhecimento.

Apesar de poder levar à perda da visão, a catarata é completamente reversível por meio da cirurgia, em que o cristalino do olho é substituído por uma lente ocular. A realização da cirurgia não depende da idade da pessoa, mas sim do grau de comprometimento da visão. Saiba como é feita a cirurgia para catarata e como é o pós operatório.

Como evitar: A catarata é uma doença difícil de ser evitada, até porque a criança já pode nascer com alterações no cristalino do olho. No entanto, é importante ir ao oftalmologista para que sejam feitos exames que possam identificar qualquer problema de visão, principalmente quando houver sintomas de infecção ocular ou se a pessoa tiver diabetes, miopia, hipotireoidismo ou uso excessivo de medicamentos, por exemplo.

2. Degeneração macular

A degeneração macular, também conhecida como degeneração da retina, é uma doença caracterizada por lesão e desgaste da retina, resultando na perda gradual da capacidade de ver objetos com nitidez e surgimento de uma área escura no centro da visão. Essa doença normalmente está relacionada com a idade, sendo mais comum a partir dos 50 anos, mas também pode acontecer em pessoas que possuem histórico na família, possuem deficiências nutricionais, estão frequentemente expostas à luz ultravioleta ou possuem hipertensão, por exemplo.

Como evitar: Para prevenir a degeneração da retina, é importante ter hábitos alimentares saudáveis, evitar fumar e usar óculos de sol para proteger dos raios ultravioletas, além de ir de forma regular ao oftalmologista caso tenha sintomas ou histórico na família.

Em alguns casos, de acordo com o grau de evolução da doença, o médico pode indicar o tratamento com laser, medicamentos orais ou intraoculares, como Ranibizumabe ou Aflibercept, por exemplo. Saiba mais detalhes do tratamento para a degeneração macular.

3. Glaucoma

O glaucoma é uma doença crônica que pode levar à perda progressiva da visão devido à morte das células do nervo óptico. O glaucoma é uma doença silenciosa, por isso é importante ter atenção ao surgimento de alguns sintomas, principalmente se houver histórico de glaucoma na família, como diminuição do campo de visão, dor no olho, visão turva ou embaçada, dor de cabeça forte, náuseas e vômitos.

Como evitar: Apesar de não ter cura, a perda da visão em função do glaucoma pode ser evitada por meio da medição da pressão ocular em exames oftalmológicos de rotina. Normalmente quando é verificada que a pressão no olho está alta, é necessária a realização de uma série de exames oculares que permitam fazer o diagnóstico da doença e, assim, evitar a progressão. Veja quais são os exames que identificam o glaucoma.

O tratamento para o glaucoma deve ser recomendado pelo oftalmologista de acordo com o grau de comprometimento ocular, podendo ser recomendado o uso de colírios, medicamentos, tratamento à laser ou cirurgia, que é indicada somente quando as outras opções de tratamento não têm o efeito desejado.

Imagem ilustrativa número 2

4. Retinopatia diabética

A retinopatia diabética é uma consequência dos níveis elevados de glicose no sangue, sendo mais comum em pessoas com diabetes do tipo 1 e que não realizam o controle adequado da diabetes. O excesso de açúcar no sangue pode resultar em lesões progressivas na retina e nos vasos sanguíneos que irrigam os olhos, resultando em visão embaçada, presença de manchas escuras na visão e perda progressiva da visão.

A retinopatia diabética pode ser classificada de acordo com a extensão da lesão no olho, sendo a forma mais grave chamada de retinopatia diabética proliferativa, que é caracterizada pelo surgimento e rompimento de vasos mais frágeis nos olhos, havendo hemorragia, descolamento da retina e cegueira.

Como evitar: A retinopatia diabética pode ser evitada a partir do controle da glicemia que deve ser realizada pelos pacientes diabéticos de acordo com a orientação do endocrinologista. Além disso, é importante que as pessoas diabéticas façam exames oftalmológicos anuais para que possa ser identificada qualquer alteração ocular de forma precoce, podendo ser revertida.

No caso da retinopatia diabética proliferativa, o oftalmologista pode recomendar a realização de procedimentos cirúrgicos para eliminar os novos vasos formados no olho ou parar o sangramento, por exemplo. No entanto, é necessário que a pessoa siga as orientações do endocrinologista para controle da diabetes.

5. Descolamento da retina

O descolamento da retina, que é caracterizada quando a retina não se encontra na sua posição correta, é uma situação que precisa ser tratada de forma imediata para que não ocorra a perda completa da visão. Essa situação pode acontecer devido a uma pancada muito forte no olho ou na cabeça, ou devido ao doenças ou processos inflamatórios, fazendo com que parte da retina não tenha suprimento suficiente de sangue e oxigênio, o que pode resultar em morte do tecido ocular e, consequentemente, cegueira.

O descolamento da retina é mais frequente em pessoas com mais de 50 anos ou que sofreram pancadas na cabeça muito forte e pode ser percebido por meio do aparecimento de pequenas manchas escuras no campo de visão, flashes de luz que surgem de forma repentina, desconforto no olho e visão muito embaçada, por exemplo.

Como evitar: Para evitar o descolamento da retina, é recomendado que pessoas acima de 50 anos ou que sofreram algum tipo de acidente ou possuem diabetes, por exemplo, façam exames oftalmológicos de forma regular para que o médico possa verificar se a retina se encontra na posição correta.

Caso seja percebida alteração da posição, é necessária a realização de cirurgia para solucionar esse problema e evitar a cegueira. A cirurgia é a única forma de tratamento para o descolamento da retina e o tipo de cirurgia depende do gravidade da situação, podendo ser realizada a laser, criopexia ou injeção de ar ou gás no olho. Saiba qual a indicação para cada tipo de cirurgia.