A hiperuricemia caracteriza-se pelo excesso de ácido úrico no sangue, o que é um fator de risco para desenvolver gota, e ainda para o surgimento de outras doenças nos rins.
O ácido úrico é uma substância que resulta da degradação das proteínas, que depois é eliminado pelos rins. Porém, pessoas com problemas renais ou que ingerem doses altas de proteínas podem ter dificuldade em eliminar esta substância, permitindo o seu acúmulo nas articulações, tendões e rins.
O tratamento da hiperuricemia pode ser feito através da redução da ingestão de proteínas ou da administração de medicamentos recomendados pelo médico.

Principais sintomas
A principal forma de identificar a hiperuricemia acontece quando o excesso de ácido úrico no organismo causa gota. Nesses casos, é comum o surgimento de sintomas como:
- Dor nas articulações, especialmente nos dedos dos pés, mãos, tornozelos e joelhos;
- Articulações inchadas e quentes;
- Vermelhidão nas articulações.
Ao longo do tempo, o acúmulo excessivo de ácido úrico pode ainda resultar em deformações das articulações. Veja mais sobre a gota e como é feito o tratamento.
Além disso, algumas pessoas com hiperuricemia também podem apresentar pedra nos rins, que causam dor intensa no fundo das costas e dificuldade para urinar, por exemplo.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da hiperuricemia é feito através da análise de exames de sangue e de urina, que permite determinar os níveis de ácido úrico, de forma a perceber qual a gravidade da situação e se o que está na origem desses valores está relacionado com a ingestão de proteína em excesso ou com a eliminação de ácido úrico pelos rins.

Possíveis causas
O ácido úrico resulta da digestão de proteínas, que se degrada em diversas substâncias, entre elas a purina, que dá origem ao ácido úrico, que é depois eliminado na urina.
Porém, em pessoas com hiperuricemia, esta regulação do ácido úrico não ocorre de forma equilibrada, o que pode resultar de um excesso de ingestão de proteínas, através de alimentos como carnes vermelhas, feijão ou mariscos, por exemplo, e também da ingesta excessiva de bebidas alcoólicas, principalmente a cerveja, além das pessoas que podem ter alterações genéticas hereditárias, que consequentemente levam à produção de elevadas quantidades de ácido úrico ou de problemas renais, que impedem que essa substância seja eliminada de forma eficiente.
Como é feito o tratamento
O tratamento depende da gravidade da hiperuricemia e dos sintomas que a pessoa apresenta.
Em casos moderados e que estejam relacionados com o excesso da ingestão de proteínas, o tratamento pode ser feito apenas com ajustes na dieta, reduzindo alimentos com alto teor proteico, como carnes vermelhas, fígado, mariscos, certos peixes, feijão, aveia e ainda bebidas alcoólicas, principalmente cerveja. Veja o exemplo de um cardápio para baixar o ácido úrico.
Em situações mais graves, em que haja o comprometimento das articulações e desenvolvimento de crise de gota, pode ser necessário tomar remédios como o alopurinol, que reduz o ácido úrico no sangue, probenecida, que ajuda a reduzir o ácido úrico através da urina, e/ou anti-inflamatórios, como o ibuprofeno, naproxeno, etoricoxib ou celecoxib, que ajudam a reduzir a dor e o inchaço causado pelo acúmulo de ácido úrico nas articulações.
Quando se formam pedras nos rins, a dor que surge pode ser muito forte e às vezes a pessoa necessita ir a um pronto-socorro, para que sejam administrados analgésicos. O médico pode ainda receitar medicamentos que facilitam a eliminação das pedras do rim.
Assista ainda o vídeo seguinte e veja mais dicas para controlar os níveis de ácido úrico no organismo: