A obesidade é caracterizada pelo excesso de peso, geralmente causado pelo sedentarismo e consumo exagerado de alimentos ricos em gordura e em açúcar, mas também pode estar relacionada com alterações hormonais.
A obesidade pode aumentar o risco do desenvolvimento de doenças, como diabetes, pressão alta, colesterol elevado, infarto ou artrose dos ossos, além de sintomas como dificuldades para fazer esforços, indisposição e baixa auto-estima.
Assim, é importante que o endocrinologista ou clínico geral seja consultado para que seja confirmada a obesidade e seja indicado o tratamento mais adequado, que pode ser a partir de mudança dos hábitos alimentares, prática de atividade física, uso de remédios e, nos casos mais graves, cirurgia.

Graus de obesidade
Para identificar que uma pessoa está obesa, na maioria das vezes, utiliza-se o IMC, ou índice de massa corpórea, que é um cálculo que analisa o peso que a pessoa apresenta em relação à sua altura, sendo dividido em diferentes graus:
- Peso normal: IMC entre 18.0 a 24,9 kg/m2
- Sobrepeso: IMC entre 25.0 a 29,9 kg/m2
- Obesidade grau 1: IMC entre 30.0 - 34.9 kg/m2;
- Obesidade grau 2: IMC entre 35.0 - 39.9 kg/m2;
- Obesidade grau 3 ou obesidade mórbida: IMC igual ou superior 40 kg/m2.
Além do IMC, é importante que o médico realize outros exames para confirmar a obesidade, já que o IMC não distingue músculo de gordura.
Como calcular o IMC
Para saber o IMC, insira os seus dados na calculadora:
Tipos de obesidade
Além de ser classificada de acordo com o peso, a obesidade também varia de acordo com a localização e distribuição da gordura pelo corpo:
1. Obesidade abdominal
A gordura se deposita principalmente no abdômen e na cintura, podendo também se distribuir pelo peito e rosto. Este tipo de obesidade também é conhecido como andróide ou obesidade em forma de maçã, devido à semelhança da silhueta da pessoa com esta fruta, e é mais comum em homens, embora algumas mulheres também possam ter.
A obesidade abdominal está muito associada com grande risco para desenvolver outras doenças cardiovasculares como colesterol alto, doenças cardíacas, infarto, além de diabetes, inflamações e trombose.
2. Obesidade periférica
Este tipo de obesidade é mais comum em mulheres, pois a gordura se localiza mais nas coxas, quadris e nádegas, e é conhecido como obesidade em pêra, devido ao formato da silhueta, ou obesidade ginóide.
A obesidade periférica é mais associada a problemas circulatórios, como insuficiência venosa e varizes, e osteoartrite nos joelhos, devido à sobrecarga do peso nestas articulações, apesar de também aumentar o risco de doenças cardíacas e diabetes.
3. Obesidade homogênea
Neste caso, não há uma predominância da gordura em uma área localizada, pois o excesso de peso está distribuído pelo corpo. Isto pode ser perigoso, pois a pessoa pode se descuidar por não haver um grande impacto na aparência física, como nos outros tipos.
Sintomas da obesidade
Os principais sinais e sintomas de obesidade são:
- Falta de ar e dificuldades respiratórias, devido à pressão do peso abdominal sobre os pulmões;
- Dores no corpo, principalmente nas costas, pernas, joelhos e ombros, devido ao excesso de esforço que o corpo faz para suportar o peso;
- Dificuldade para fazer esforços ou caminhadas, devido ao excesso de peso e descondicionamento do corpo;
- Dermatites e infecções fúngicas, devido ao acúmulo de suor e sujeira nas dobras do corpo;
- Manchas escuras na pele, principalmente pescoço, axilas e virilhas, uma reação causada pela resistência insulínica, ou pré-diabetes, chamada de acantose nigricans;
- Impotência e infertilidade, devido a alterações hormonais e dificuldades para o fluxo sanguíneo nos vasos;
- Roncos noturnos e apneia do sono, pelo acúmulo gordura no pescoço e vias respiratórias;
- Maior tendência a varizes e úlceras venosas, devido a alterações nos vasos e circulação sanguínea;
- Ansiedade e depressão, devido a insatisfações com a imagem corporal e compulsão alimentar.
Além disso, a obesidade é uma causa determinante de diversas doenças, como por exemplo doenças cardiovasculares, como pressão alta, infarto, AVC, trombose, e impotência, e doenças metabólicas, como diabetes e colesterol alto.
Principais causas
A obesidade pode ocorrer em qualquer idade e está frequentemente associada com maus hábitos alimentares, havendo consumo excessivo de alimentos calóricos, como pão, massas, doces, fast food e comidas prontas, além do sedentarismo, o que faz com que a quantidade de calorias consumidas seja maior do que a quantidade que a pessoa gasta ao longo do dia.
Além disso, distúrbios hormonais ou problemas emocionais como ansiedade ou nervosismo também podem aumentar o risco de obesidade e, por isso, estas situações devem ser tratadas logo que sejam identificadas. Conheça melhor sobre as causas de obesidade.
Como confirmar a obesidade
A principal forma de identificar inicialmente a obesidade é através do cálculo do IMC, entretanto, além do peso aumentado, também é importante identificar o depósito de gordura em diferentes locais do corpo, diferenciando o peso em gordura do peso em músculos. Assim, como forma de avaliar a massa de gordura o corpo e a sua distribuição, utiliza-se:
- Medição da espessura das pregas cutâneas: mede a gordura localizada nos depósitos debaixo da pele, que está relacionada com a quantidade de gordura interna;
- Bioimpedância: exame que analisa a composição corporal, indicando a quantidade aproximada de músculos, ossos e gorduras do corpo. Entenda melhor quando é indicada e como funciona a bioimpedância;
- Ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética: avaliam a espessura do tecido adiposo nas dobras, e também em tecidos mais profundos nas diferentes regiões corporais, como abdômen, por isso, são bons métodos para avaliar a obesidade abdominal;
Medida da circunferência abdominal: identifica o depósito de gordura no abdômen e o risco do desenvolvimento de obesidade abdominal, sendo classificada como tendo este tipo de obesidade quando a medida da cintura ultrapassa 94 cm no homem e 80 cm na mulher;
- Relação circunferência abdominal/quadril: mede a relação entre a circunferência abdominal e a do quadril, avaliando diferenças nos padrões de acúmulo de gordura e o risco para desenvolver obesidade, estando alto quando acima de 0,90 para homens e 0,85 para mulheres. Saiba como pode fazer a medida da relação cintura-quadril.
Idealmente, estas avaliações e medidas devem ser feitas pelo nutricionista ou médico, para identificar corretamente a quantidade de gordura que a pessoa precisa eliminar e programar um tratamento ideal.
Como é feito o tratamento
O tratamento da obesidade deve ser feito com a prática regular de exercícios físicos, orientados por um preparador físico, e uma dieta de emagrecimento, que deve ser orientada por um nutricionista, já que assim é possível promover a perda de peso saudável e garantir efeitos duradouros.
Confira algumas dicas para ajustar a sua dieta, de forma natural e saudável, para alcançar o objetivo de emagrecer:
Os remédios para emagrecer também podem ser utilizados no tratamento da obesidade, no entanto, seu uso só deve ser feito sob orientação do endocrinologista. Nos casos mais graves, pode-se ainda recorrer a alguns tipos de cirurgia como a cirurgia bariátrica. Veja mais detalhes do tratamento para obesidade.