Narcolepsia: o que é, sintomas e tratamento

Atualizado em setembro 2021

A narcolepsia é uma doença crônica neurológica caracterizada por alterações no ciclo do sono, na qual a pessoa apresenta sonolência excessiva e incontrolável durante o dia, sendo capaz de dormir profundamente em qualquer momento, podendo interferir na vida familiar, de trabalho de social.

As causas da narcolepsia ainda não são totalmente esclarecidas, no entanto acredita-se que a ação de duas substâncias no cérebro, a hipocretina e a orexina, podem estar relacionadas o mecanismo do sono-vigília, que corresponde ao estado de alerta, mantendo as pessoas acordadas. Dessa forma, uma alteração no nível dessas substâncias poderia fazer com que a pessoa apresentasse vontade excessiva de dormir durante o dia.

A narcolepsia é uma doença crônica, sendo o seu tratamento focado nos sintomas e, por isso, o médico pode indicar o uso de medicamentos estimulantes como a Modafilina, Metilfenidato ou anfetaminas, além de poder ser recomendado cochilos e boa higiene do sono.

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Sintomas da narcolepsia

O principal sintoma de narcolepsia é o excesso de sono durante o dia. No entanto, como esse sinal é pouco específico, o diagnóstico pode ser atrasado, resultando no aparecimento de outros sintomas, como:

  • Períodos de sono intenso durante o dia, em que a pessoa consegue dormir facilmente em qualquer lugar, independente da atividade que esteja realizando;
  • Fraqueza muscular, também chamada de cataplexia, em que devido ao enfraquecimento muscular, a pessoa pode cair e ficar incapaz de falar ou se mexer, apesar de consciente. A cataplexia é um sintoma específico da narcolepsia, no entanto nem todas as pessoas possuem;
  • Alucinações, que podem ser auditivas ou visuais;
  • Paralisia do corpo ao acordar, em que a pessoa não consegue se mexer por alguns minutos. Na maioria das vezes os episódios de paralisia do sono na narcolepsia duram entre 1 e 10 minutos;
  • Sono fragmentado durante a noite, o que não interfere no tempo total de sono por dia da pessoa.

Por isso, na presença desses sinais e sintomas, é importante consultar um neurologista ou um médico especialista em sono para que possa ser realizada uma avaliação e iniciado o tratamento mais adequado. 

Como é o diagnóstico

O diagnóstico da narcolepsia é feito pelo neurologista e pelo médico do sono de acordo com a avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa. Além disso, são feitos exames como polissonografia e o teste de latências múltiplas que estudam a atividade cerebral e os episódios de sono.

É indicada também a realização da dosagem de hipocretina para que seja verificada qualquer relação com os sintomas e, assim, possa ser confirmado o diagnóstico de narcolepsia.

Possíveis causas

As causas de narcolepsia são estão completamente definidas, no entanto acredita-se que alteração no nível das substâncias hipocretina e  orexina possam estar relacionadas com a narcolepsia. Isso porque essas substâncias desempenham papel importante no controle do sono e, por isso, uma alteração no seu nível poderia fazer com que a pessoa possuísse mais sono durante os períodos que deveria permanecer acordada.

Outras possíveis causas são lesões no sistema nervoso, mais especificamente nas áreas que controlam o ciclo do sono e vigília, tumores cerebrais e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Como é feito o tratamento

O tratamento da narcolepsia deve ser indicado pelo neurologista e pode ser feito com remédios, como o Provigil, Metilfenidato (Ritalina) ou Dexedrine, que têm função de estimular o cérebro dos pacientes para continuarem acordados.

Alguns remédios antidepressivos, como Fluoxetina, Sertalina ou Protriptilina, podem ajudar a reduzir os episódios de cataplexia ou alucinação. O oxibato de sódio também pode ser prescrito para alguns pacientes para uso à noite.

Um tratamento natural da narcolepsia é mudar os hábitos de vida e ter uma alimentação saudável, evitando refeições pesadas, programar um cochilo após as refeições, evitar ingerir bebidas alcoólicas ou outras substâncias que aumentam o sono.