Hiperbilirrubinemia neonatal: o que é, causas e como tratar

Atualizado em maio 2023

A hiperbilirrubinemia neonatal é uma doença que surge logo nos primeiros dias de vida do bebê, sendo causada pelo acúmulo de bilirrubina no sangue, e deixando a pele amarelada.

Qualquer criança pode desenvolver a hiperbilirrubinemia, sendo que as principais causas são alterações fisiológicas na função do fígado, doenças no sangue, como anemia hemolítica, doenças hepáticas, provocadas por infecções ou doenças genéticas, ou até mesmo por reações no aleitamento materno. Confira também as causas de bilirrubina alta e icterícia no adulto.

Os cuidados para redução da quantidade de bilirrubina no sangue devem ser iniciados rapidamente, e o tratamento com fototerapia é o mais utilizado. Em alguns casos, o uso de remédios ou transfusões de sangue podem ser necessários, e são orientados pelo pediatra.

Imagem ilustrativa número 2

Principais características

A principal característica da hiperbilirrubinemia neonatal é a pele e os olhos amarelados.

A icterícia acontece quando o bebê não consegue eliminar corretamente a bilirrubina, que é produzida pela metabolização do sangue, pois, antes do nascimento, a placenta exercia esta função.

Como confirmar

A hiperbilirrubinemia neonatal pode ser confirmada a partir da realização da dosagem de bilirrubina direta, indireta e total no sangue:

  • Hiperbilirrubinemia não conjugada, quando a bilirrubina indireta está igual ou maior que 2 mg/dL;
  • Hiperbilirrubinemia conjugada, quando a bilirrubina direta está igual ou maior que 1 mg/dL.

Além disso, o pediatra deve avaliar os sintomas e características apresentadas pelo bebê, que normalmente surgem quando os níveis de bilirrubina estão acima de 5 mg/dL. Veja mais sobre o exame de bilirrubina.

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Causas da hiperbilirrubinemia neonatal

As principais causas da hiperbilirrubinemia no recém-nascido são:

1. Icterícia fisiológica

Acontece, geralmente, após 24 a 36 horas do nascimento, sendo o tipo de icterícia mais comum, pois o fígado do bebê está pouco desenvolvido e pode apresentar algumas dificuldades em transformar e eliminar a bilirrubina do sangue através da bile. Esta alteração, normalmente, se resolve em alguns dias, com o tratamento com fototerapia e exposição ao sol.

Como tratar: a fototerapia com luz fluorescente é útil para reduzir a quantidade de bilirrubina no sangue. Em casos leves, a exposição ao sol pode ser suficiente, mas em casos muito graves, pode ser necessária uma transfusão sanguínea ou uso de medicamentos, como o fenobarbital, para se obter melhores resultados. Entenda melhor como é feito o tratamento da icterícia fisiológica do recém-nascido.

2. Icterícia do leite materno

Este tipo de aumento da bilirrubina pode acontecer por volta de 10 dias após o nascimento, em alguns bebês que estão em aleitamento materno exclusivo, pelo aumento de hormônios ou substâncias do sangue que elevam a reabsorção de bilirrubina no intestino e dificultam a sua eliminação, apesar de ainda não se saber a forma exata.

Como tratar: em casos de icterícia mais importante, pode ser feita a fototerapia para controlar seus níveis no sangue, mas o aleitamento materno não deve ser interrompido, a não ser que seja orientado pelo pediatra. Esta icterícia desaparece naturalmente por volta do segundo ou terceiro mês do bebê.

3. Doenças do sangue

Algumas doenças podem causar acúmulo de bilirrubina no bebê, como alterações autoimunes ou genéticas, sendo que podem ser graves e aparecem nas primeiras horas após o nascimento. Algumas doenças são a esferocitose, talassemia ou incompatibilidade com o sangue da mãe, por exemplo, mas a principal é a doença hemolítica do recém nascido, também conhecida como eritroblastose fetal.

Como tratar: além da fototerapia para controlar a quantidade de bilirrubina no sangue, o tratamento é feito, geralmente, com transfusão sanguínea e, em alguns casos, podem ser feitos medicamentos para controlar a imunidade.

4. Doenças do fígado

O bebê pode nascer com alterações na função do fígado, por diversas causas, como deformidades das vias biliares, fibrose cística, rubéola congênita, hipotireoidismo congênito, infecções por vírus ou bactérias, ou por síndromes genéticas, como síndrome de Crigler-Najjar, síndrome de Gilber e doença de Gaucher, por exemplo.

Como tratar: para controlar a hiperbilirrubinemia do sangue, em conjunto com a fototerapia, são feitos tratamentos para melhorar a doença que causou o aumento da bilirrubina, como tratamento da infecção com antibiótico, cirurgia para correção de malformações do fígado ou reposição de hormônios no hipotireoidismo, por exemplo.

O tratamento para reduzir a bilirrubina muito aumentada do organismo, principalmente a fototerapia, deve ser feita rapidamente após detecção da alteração, pois o excesso de bilirrubina no organismo do bebê pode causar complicações graves, como a intoxicação do cérebro conhecida como kernicterus, que causa surdez, convulsões, coma e morte.