A síndrome de Mallory-Weiss é uma doença caracterizada pelo aumento repentino da pressão no esôfago, que pode acontecer devido a vômitos frequentes, tosse intensa, ansias de vômito ou soluços constantes, resultando em dor abdominal ou no tórax e vômitos com sangue.
O tratamento da síndrome deve ser orientado pelo gastroenterologista ou clínico geral de acordo com os sinais e sintomas apresentados pela pessoa e gravidade dos sangramentos, sendo muitas vezes necessário que a pessoa fique internada no hospital para que receba os cuidados adequados e sejam evitadas complicações.

Causas da síndrome de Mallory-Weiss
A síndrome de Mallory-Weiss pode acontecer como consequência de qualquer condição que aumente a pressão no esôfago, sendo as principais causas:
- Bulimia nervosa;
- Tosse profunda;
- Soluços constantes;
- Alcoolismo crônico;
- Pancada forte no peito ou no abdômen;
- Gastrite;
- Esofagite;
- Grande esforço físico;
- Refluxo gastroesofágico.
Além disso, a síndrome de Mallory-Weiss pode também estar relacionada com a hérnia de hiato, que corresponde a uma pequena estrutura que é formada quando uma porção do estômago passa por um pequeno orifício, o hiato, no entanto mais estudos precisam ser realizados para confirmar que a hérnia de hiato é também uma das causas da síndrome de Mallory-Weiss. Conheça mais sobre a hérnia de hiato.
Principais sintomas
Os principais sintomas da síndrome de Mallory-Weiss são:
- Vômito com sangue;
- Fezes muito escuras e com cheiro fétido;
- Cansaço excessivo;
- Dor abdominal;
- Náuseas e tonturas.
Estes sintomas também podem indicar outros problemas gástricos, como úlcera ou gastrite, por exemplo, e por isso é recomendado ir ao pronto-socorro para fazer uma endoscopia, diagnosticar o problema e iniciar o tratamento adequado.
Como é o tratamento
O tratamento para a síndrome de Mallory-Weiss deve ser orientado por um gastroenterologista ou clínico geral e, normalmente, é iniciado em internamento no hospital para parar a hemorragia e estabilizar o estado geral do paciente. Durante o internamento pode ser necessário receber soro diretamente na veia ou fazer transfusões de sangue para compensar a perda de sangue e evitar que o paciente entre em choque.
Assim, depois de estabilizar o estado geral, o médico pede a realização de uma endoscopia para observar se a lesão do esôfago continua sangrando. Dependendo do resultado da endoscopia, o tratamento é adequado da seguinte forma:
- Lesão sangrando: o médico utiliza um pequeno aparelho que desce pelo tubo de endoscopia para fechar os vasos sanguíneos danificados e parar a hemorragia;
- Lesão que não sangra: o gastroenterologista receita remédios antiácidos, como Omeprazol ou Ranitidina, para proteger o local da lesão e facilitar a cicatrização.
A cirurgia para a síndrome de Mallory-Weiss só é utilizada nos casos mais graves, em que o médico não consegue parar o sangramento durante a endoscopia, sendo necessário fazer cirurgia para costurar a lesão. Após o tratamento, o médico pode ainda marcar várias consultas e outros exames de endoscopia para garantir que a lesão esteja cicatrizando corretamente.