A capsulite adesiva, também conhecida por 'ombro congelado' é uma situação onde a pessoa apresenta uma importante limitação nos movimentos do ombro, sendo difícil colocar o braço acima da altura dos ombros. Essa alteração pode acontecer após períodos prolongados de imobilidade do ombro. Essa condição afeta apenas um ombro e é mais comum em mulheres.
Essa doença pode ser encontrada em estágios diferentes, que podem ser:
- Fase de congelamento: a dor no ombro aumenta gradualmente ao repouso, com presença de dor aguda em limites extremos de movimento. Essa fase dura 2-9 meses;
- Fase adesiva: a dor começa a ceder, e surge apenas com movimento, porém os movimentos todos os movimentos encontram-se limitados, havendo compensação com a escápula. Esta fase dura 4-12 meses.
- Fase de descongelamento: caracterizada por melhora progressiva da amplitude de movimento do ombro, ausência de dor e sinovite, porém com importantes restrições da cápsula. Essa fase dura 12-42 meses.
Além disso, o espaço entre a glenóide e do úmero, e também o espaço entre o bíceps e o úmero estão muito reduzidos, o que impede o movimento completo do ombro. Todas estas alterações podem ser vistas num exame de imagem, como o raio x em diversas posições, a ultrassonografia e a artrografia de ombro, solicitada pelo médico.

Sintomas
Os sintomas incluem dor no ombro e dificuldade em elevar os braços, com a sensação de que o ombro está preso, 'congelado'.
Os exames que podem ajudar a identificar essa doença são: Raio X, ultrassom e artrografia, sendo este o mais importante porque mostra a redução do líquido sinovial dentro da articulação e as reduções nos espaços dentro da própria articulação.
O diagnóstico pode demorar alguns meses para ser alcançado, porque inicialmente a pessoa pode apresentar apenas dor no ombro e alguma limitação nos movimentos, o que pode indicar uma simples inflamação, por exemplo.
Causas
A causa do ombro congelado não é conhecida, o que dificulta o seu diagnóstico e também as opções de tratamento. Acredita-se que a rigidez do ombro se deve a um processo de aderências fibrosas dentro da articulação, que pode acontecer após um trauma no ombro ou imobilização por tempo prolongado.
As pessoas que tem mais dificuldade em lidar com o stress e com as pressões do dia a dia tem menos tolerância à dor e tem maiores chances de desenvolver o ombro congelado, por motivos emocionais.
Outras doenças que podem estar associadas e parecem aumentar as chances de capsulite adesiva são a diabetes, doenças da tireoide, alterações degenerativas da coluna cervical, doenças neurológicas, devido ao uso de medicamentos, como o fenobarbital para controlar as convulsões, tuberculose e isquemia do miocárdio.
Tratamento
O tratamento habitualmente é feito com uso de analgésicos, anti-inflamatórios e corticoides, além de sessões de fisioterapia para aumentar a movimentação do ombro, mas existem casos onde a capsulite adesiva tem cura espontânea, havendo melhora progressiva dos sintomas, mesmo sem realizar nenhum tipo de tratamento específico, e por isso nem sempre existe consenso sobre a melhor abordagem para cada fase.
Também pode ser recomendado bloqueio do nervo supra-escapular com infiltração de anestésico local e a manipulação do ombro sob anestesia geral.
A fisioterapia é sempre indicada e tem bons resultados, sendo recomendado exercícios passivos e ativos, além de compressas quentes que ajudam a liberar os movimentos pouco a pouco. Saiba mais sobre os tratamentos para capsulite adesiva aqui.