Levodopa: para que serve, como tomar e efeitos colaterais

Atualizado em fevereiro 2024

A levodopa é um remédio que age aumentando a quantidade de dopamina no corpo, um tipo de neurotransmissor responsável pela comunicação entre os neurônios, e controle dos movimentos do corpo e coordenação motora. Quando os níveis de dopamina estão baixos, pode levar a um desequilíbrio dos movimentos do corpo, tremores ou perda do equilíbrio.

Por isso, a levodopa é indicada para o tratamento da doença de Parkinson, pois aumenta a quantidade de dopamina no cérebro, ajudando a aliviar os sintomas dessa doença. Saiba identificar todos os sintomas da doença de Parkinson

Os remédios que contém levodopa geralmente estão associados a outras substâncias, como cloridrato de benserazida ou carbidopa, que melhoram o efeito da levodopa, e podem ser encontrados em farmácias ou drogarias com os nomes comerciais Prolopa, Ekson ou Parkidopa, e devem ser usado com indicação e orientação médica.

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Para que serve

A levodopa é indicada para o tratamento da doença de Parkinson, pois age aumentando a quantidade de dopamina no cérebro, ajudando a aliviar os sintomas da doença. 

Como tomar 

A levodopa deve ser tomada por via oral, com um copo de água, antes ou após a refeição, nos horários e pelo tempo de tratamento estabelecidos pelo médico.

As formas de usar a levodopa dependem da composição dos comprimidos ou cápsulas e incluem:

1. Levodopa + carbidopa

O comprimido de levodopa e carbidopa (Parkidopa) deve ser tomado, de preferência 30 minutos antes de uma refeição ou 1 hora após, para aumentar a absorção da levodopa pelo corpo e melhorar sua eficácia.

As doses normalmente recomendadas pelo médico são ½ comprimido contendo 250 mg de levodopa e 25 mg de carbidopa, de 1 a 3 vezes por dia. 

Essas doses podem ser aumentadas pelo médico de acordo com a avaliação da eficácia do tratamento, que pode levar até 7 dias para ter o efeito máximo.

2. Levodopa + cloridrato de benserazida

O comprimido, a cápsula ou o comprimido dispersível de levodopa e cloridrato de benserazida (Prolopa ou Ekson) devem ser tomados por via oral, no mínimo 30 minutos antes ou 1 hora após as refeições, para melhorar sua absorção.

As doses da levodopa + cloridrato de benserazida devem ser indicadas pelo médico, sendo recomendado iniciar com a menor dose possível para avaliar a tolerância ao tratamento, que geralmente é de ¼ de comprimido simples de 250 mg de levodopa e benserazida, de 3 a 4 vezes por dia. 

Essas doses podem ser aumentadas pelo médico para 300 a 800 mg de levodopa + 75 a 200 mg de benserazida, dividida em 3 ou mais administrações por dia. 

O efeito ideal do tratamento pode demorar de 4 a 6 semanas para ser alcançado, devendo-se ter acompanhamento médico para ajustar as doses do comprimido.

Possíveis efeitos colaterais 

Alguns dos efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com levodopa são movimentos musculares involuntários, contrações ou espasmos musculares, dor de cabeça, tontura, pressão baixa, dor no peito, perda de peso, falta de ar, problemas de sono ou sonhos estranhos, boca seca, náuseas, vômitos ou prisão de ventre.

Além disso, deve-se comunicar ao médico imediatamente ou o pronto socorro mais próximo se a pessoa apresentar piora dos tremores, palpitações cardíacas, tontura ao se levantar, retenção de urina, vômitos ou diarréia graves, rigidez muscular, febre alta, alterações de humor ou mentais como alucinações, confusão mental, paranóia, psicose, depressão ou pensamentos sobre suicídio.

Quem não deve usar

A levodopa não deve ser usada por mulheres grávidas ou em amamentando, pessoas com menos de 25 anos de idade, ou por pessoas que tenham doenças não controladas nos rins, no fígado ou coração, asma brônquica, glaucoma de ângulo fechado ou com história de doenças psiquiátricas e para pacientes com alergia a algum dos componentes da fórmula. 

Além disso, a levodopa não deve ser usada por pessoas que utilizam medicamentos inibidores da monoamina oxidase (IMAO), como isocarboxazida (Marplan), fenelzina (Nardil) ou tranilcipromina (Parnate), ou que tenham alergia à levodopa ou qualquer outro componente da fórmula.

É importante informar ao médico e ao farmacêutico todos os medicamentos ou produtos naturais que são utilizados para evitar aumento ou diminuição do efeito da levodopa.