Insuficiência venosa crônica: o que é, sintomas e tratamento

Atualizado em março 2023

A insuficiência venosa crônica é o mau funcionamento das válvulas existentes nas veias das pernas, dificultando o retorno do sangue dos membros inferiores para o coração, resultando em sintomas como inchaço nas pernas, sensação de peso, queimação ou formigamento, ou cãibras à noite.

A insuficiência venosa crônica é mais frequente em mulheres e idosos, podendo surgir devido a defeitos congênitos nas válvulas, alterações ou lesões na parede dos vasos sanguíneos das pernas, podendo ainda estar associada à obstrução do fluxo venoso.

O tratamento da insuficiência venosa crônica depende da gravidade da doença, podendo ser indicado pelo clínico geral, angiologista ou cirurgião vascular a administração de remédios, uso de meias de compressão e, em alguns casos, cirurgia.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de insuficiência venosa crônica

Os principais sintomas da insuficiência venosa crônica são:

  • Inchaço na perna, pés ou tornozelos;
  • Sensação de peso nas pernas;
  • Sensação de pernas cansadas;
  • Formigamento;
  • Maior sensibilidade na região;
  • Dor ou sensação de pernas latejando;
  • Dor na perna que piora ao ficar em pé ou sentado por muito tempo;
  • Dor que melhora com o repouso e elevação das pernas;
  • Coceira na perna;
  • Sensação de queimação na perna;
  • Cãibras nas pernas, especialmente à noite.

Além disso, alguns sinais característicos da insuficiência venosa crônica são o aparecimento de vasinhos, varizes, inchaço e manchas escuras na perna.

Nos casos mais graves ainda podem surgir sintomas como veias dilatadas na perna, atrofia ou lesão grave na pele, ou formação de úlceras, especialmente na parte interna do osso do tornozelo.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da insuficiência venosa crônica é feito pelo angiologista ou clínico geral através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e familiar, fatores de risco, duração dos sintomas e exame físico.

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Além disso, o médico pode solicitar o exame de ultrassom com Doppler, que é o principal método de avaliação após o exame clínico, pois permite detectar o mau funcionamento das válvulas venosas ou a obstrução crônica. Veja como é feito o ultrassom com Doppler.

Outros exames que o médico pode solicitar são a pletismografia venosa, que permite avaliar o refluxo de sangue dentro do vaso sanguíneo, ou até ressonância magnética, de forma a descartar outras condições com sintomas semelhantes, como linfedema, dermatite por estase ou veias varicosas, por exemplo.

Quando ainda existe dúvida no diagnóstico, o médico pode ainda solicitar o exame de flebografia, que é uma espécie de raio X que permite a visualização das veias após a injeção de um contraste.

Possíveis causas

A insuficiência venosa é causada pelo mau funcionamento das válvulas que estão presentes ao longo das veias, que são responsáveis pelo retorno do sangue de volta ao coração, podendo ainda estar associada à obstrução do fluxo venoso.

Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento da insuficiência venosa crônica, como:

  • Defeito congênito nas válvulas dos vasos sanguíneos das pernas;
  • Alterações ou lesões na parede dos vasos sanguíneos das pernas;
  • Gênero, sendo mais comum em mulheres;
  • Idade avançada;
  • Histórico de trombose venosa profunda;
  • Gravidez;
  • Uso de anticoncepcionais orais;
  • Obesidade;
  • Hábito de fumar;
  • Permanência por longos períodos de pé;
  • Sedentarismo;
  • Histórico familiar de insuficiência venosa crônica;
  • Histórico prévio de trauma na perna afetada;
  • Histórico de tromboflebite;
  • Síndrome de May-Thurner, que causa obstrução não-trombótica nos vasos.

Em pessoas com insuficiência venosa, as válvulas perdem a capacidade de fechar completamente, permitindo o refluxo do sangue venoso para as extremidades, levando a um aumento de pressão nas pernas, resultando nos sintomas.

Como é feito o tratamento

O tratamento da insuficiência venosa crônica deve ser feito com orientação do angiologista, clínico geral ou cirurgião vascular, e depende da gravidade da doença.

  • Meias de compressão ou elásticas, que previnem ou reduzem o inchaço das pernas e melhoram o retorno venoso. Saiba como funcionam as meias de compressão;
  • Remédios venotônicos, como a diosmina e hesperidina, principalmente para o alívio dos sintomas e diminuição do processo inflamatório das válvulas;
  • Antibióticos, no caso de infecções ou úlceras na pele;
  • Anticoagulantes, para prevenir a formação de coágulos nos vasos sanguíneos;
  • Terapia a laser, para remover as varizes das pernas;
  • Escleroterapia, caso a pessoa tenha vasinhos ou varizes;
  • Cirurgia, caso tenha varizes, de forma a impedir a evolução da doença.

Além disso, pode ser recomendado pelo médico a prática de exercícios físicos com orientação de um educador físico, como caminhada, pois ajuda a melhorar a circulação sanguínea, além de facilitar a perda de peso.

A Insuficiência venosa crônica tem cura?

A insuficiência venosa crônica tem cura, quando realizados os tratamentos recomendados pelo médico, no entanto, depende de cada caso e da sua causa.

Em alguns casos, a insuficiência venosa crônica pode não ter cura, mas os sintomas podem ser aliviados e tratados para evitar complicações da doença.

Cuidados durante o tratamento

Alguns cuidados são importantes durante o tratamento da insuficiência venosa crônica, como:

  • Evitar permanecer muitas horas de pé;
  • Sentar e deitar com as pernas elevadas, para facilitar o fluxo sanguíneo;
  • Evitar ficar muito tempo em locais quentes;
  • Evitar um estilo de vida sedentário. Saiba como sair do sedentarismo;
  • Evitar exposição solar prolongada, banhos muito quentes ou saunas;
  • Evitar o uso de sapatos de salto ou muito rasos;
  • Evitar ou parar de fumar;
  • Reduzir a ingestão de sal na alimentação;
  • Manter o peso saudável.

Esses cuidados ajudam a prevenir ou aliviar os sintomas e a impedir o agravamento da doença.

Possíveis complicações

A insuficiência venosa crônica quando não tratada adequadamente pode causar algumas complicações, como tromboflebite, embolia pulmonar, dor crônica ou trombose venosa profunda.

Além disso, outra complicação é o desenvolvimento de úlceras na pele, especialmente no maléolo medial, que é a parte interna do osso do tornozelo.