Insuficiência renal crônica é quando o funcionamento dos rins é prejudicado de forma irreversível por doenças como diabetes e hipertensão arterial, ou alterações na estrutura dos órgãos, como acontece no caso de doenças císticas e malformações.
Embora geralmente não cause sintomas nos estágios iniciais, a insuficiência renal crônica tende a piorar com o tempo e provocar sintomas como fraqueza e confusão mental. No entanto, a sua evolução pode ser retardada com o tratamento adequado, que pode envolver medicamentos ou hemodiálise, nos casos mais graves.
Leia também: 19 principais doenças crônicas (e como tratar) tuasaude.com/doencas-cronicasEm caso de suspeita de insuficiência renal crônica, é importante consultar um clínico geral ou nefrologista para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento mais apropriado.

Sintomas de insuficiência renal crônica
Os principais sintomas da insuficiência renal crônica são:
- Urina espumosa ou com sangue;
- Dor no lado do abdome ou nas costas;
- Náusea, vômitos ou perda de apetite;
- Diminuição da quantidade de urina;
- Cãibras frequentes;
- Inchaço nos pés e tornozelos;
- Coceira pelo corpo.
Além disso, podem surgir fraqueza, dor no peito, dificuldade para dormir, confusão mental ou sangramentos sem causa aparente.
Embora os sintomas sejam mais frequentes nos estágios mais avançados da doença, em caso de suspeita de insuficiência renal crônica, é importante consultar um clínico geral ou nefrologista para uma avaliação detalhada e iniciar o tratamento apropriado.
Sintomas nos estágios iniciais
Nos estágios iniciais (1, 2 e 3), a insuficiência renal crônica geralmente não causa sintomas, sendo identificada, principalmente, através de exames como a dosagem de creatinina no sangue e o exame de urina.
No entanto, algumas pessoas podem apresentar sintomas como sangue ou espuma excessiva na urina e dor nas costas ou no lado do abdome. Entenda melhor os estágios da insuficiência renal crônica.
Sintomas nos estágios avançados
Sintomas como náusea, fraqueza e inchaço nos tornozelos geralmente ocorrem nos estágios mais avançados (4 e 5) da insuficiência renal crônica.
Além disso, nesses estágios também pode haver anemia, dificuldade para controlar a pressão arterial e algumas pessoas com insuficiência renal crônica grave também podem apresentar sintomas mais graves como confusão mental e sangramentos.
Teste online de sintomas
Para saber qual o seu risco de ter algum problema nos rins, assinale os sintomas que possa estar apresentando:
O teste de sintomas é apenas uma ferramenta de orientação, não servindo como diagnóstico e nem substituindo a consulta com o nefrologista ou clínico geral.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da insuficiência renal crônica geralmente é feito pelo clínico geral ou nefrologista através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exames físico, laboratoriais e de imagem.
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Assim, o médico pode solicitar dosagem de creatinina no sangue ou a dosagem de albumina e creatinina na urina, que servem para avaliar o funcionamento dos rins. Entenda melhor o que é creatinina e quando é indicada a sua dosagem.
Outros exames como o ultrassom e a tomografia computadorizada também podem ser utilizados para identificar a presença de alterações na estrutura dos rins e malformações, que quando encontradas confirmam o diagnóstico.
Além disso, quando existem alterações nos exames que indicam prejuízo do funcionamento dos rins e que persistem por mais de 3 meses, o diagnóstico também é confirmado.
Possíveis causas
A insuficiência renal crônica geralmente é causada por doenças como diabetes, hipertensão arterial, que não estão sendo tratadas adequadamente.
No entanto, também pode surgir devido a alterações na estrutura dos rins, como acontece em doenças císticas e malformações.
Além disso, fumantes, pessoas com obesidade, com colesterol elevado, hipertensão arterial, diabetes ou que estejam apresentando perda de proteínas pela urina têm maior risco de desenvolver insuficiência renal crônica.
Como é feito o tratamento
O tratamento da insuficiência renal crônica deve ser orientado pelo clínico geral ou nefrologista, podendo envolver:
1. Uso de medicamentos
Medicamentos como anti-hipertensivos, estatinas e antidiabéticos podem ser indicados para tratar a insuficiência renal crônica, uma vez que ajudam no tratamento de outras doenças que podem estar prejudicando o funcionamento dos rins.
2. Evitar substâncias prejudiciais aos rins
Alguns medicamentos como os anti-inflamatórios não esteroides e os enemas à base de fosfato devem ser evitados devido ao risco de piorarem o funcionamento renal.
Além disso, remédios à base de ervas que não sejam regulados por autoridades sanitárias também devem ser evitados.
3. Hemodiálise
A hemodiálise normalmente é indicada quando o funcionamento dos rins é muito baixo ou em situações como acúmulo de água no corpo ou caso ocorram sintomas como confusão mental e dor no peito.
Outra opção é a diálise peritoneal, que é uma alternativa à hemodiálise e também pode ser indicada. Entenda melhor para que serve e como é feita a hemodiálise.
4. Transplante renal
Quando o funcionamento dos rins está muito afetado, o transplante renal pode ser indicado.
Esta é uma alternativa que apresenta maiores benefícios que a hemodiálise ou diálise peritoneal, por exemplo. Veja o que é e como é feito o transplante renal.
5. Dieta para insuficiência renal crônica
Algumas mudanças nos hábitos alimentares também são importantes durante o tratamento da insuficiência renal crônica, principalmente a diminuição da ingestão de sal, de fósforo e de proteínas.
Alimentos ricos nestes constituintes podem causar maior perda da função dos rins e complicações como hiperfosfatemia e retenção de líquidos. Veja mais detalhes sobre como deve ser a dieta para quem tem insuficiência renal crônica.
Confira dicas de dieta para quem tem problemas renais:
Dieta para tratar a insuficiência renal
04:11 | 524.751 visualizaçõesComo prevenir
É possível prevenir a insuficiência renal crônica por meio de medidas como:
- Perder peso;
- Praticar atividade física regularmente;
- Parar de fumar;
- Adotar uma alimentação saudável;
- Evitar o uso de anti-inflamatórios sem indicação médica.
Além disso, tratar doenças como hipertensão arterial e diabetes adequadamente também faz parte das medidas, sendo importantes para a prevenção.