Hermafrodita: o que é, tipos e como identificar

Hermafrodita é uma pessoa apresenta características sexuais tanto do sexo masculino, quanto feminino, desde o nascimento, sendo normalmente identificada neste período pelas alterações na genitália externa que dificultam a definição precisa do sexo. 

Esse termo foi substituído por distúrbio da diferenciação sexual (DDS), não sendo mais indicado para se referir a essa condição. Suas causas envolvem alterações genéticas e/ou hormonais que afetam o desenvolvimento adequado das características sexuais.

Em caso de suspeita de hermafroditismo, é recomendado consultar um pediatra. O tratamento varia de acordo com a idade em que foi identificado e sua causa, podendo envolver a reposição hormonal e/ou cirurgia para definição do gênero, por exemplo.

Como identificar o hermafroditismo

O hermafroditismo pode ser inicialmente identificado por características como:

• Testículos não localizados na bolsa escrotal;
• Hipospadia grave, um tipo de malformação da genitália masculina;
• Clitóris de tamanho aumentado;  
• Lábios ou bolsa escrotal de aparência anormal;
• Genitália aparentemente masculina, mas anormalmente pequena;
• Dificuldade para definir se a genitália é masculina ou feminina. 

Embora seja comum o hermafroditismo ser identificado logo após o nascimento, em alguns casos as alterações na genitália não são facilmente notadas.

Por isso, essa condição algumas vezes somente é identificada durante a puberdade, quando é notada a ausência de menstruação, em meninas, ou um atraso ou anormalidade no desenvolvimento das características sexuais.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico de hermafroditismo normalmente é feito pelo pediatra logo após o nascimento quando existem alterações visíveis que dificultem definir se os órgãos genitais são masculinos ou femininos.

No entanto, em alguns casos, o diagnóstico de distúrbios da diferenciação sexual somente é confirmado durante a puberdade, quando se pode notar alterações no desenvolvimento das características sexuais. Entenda melhor as mudanças que acontecem no corpo na puberdade.

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Além disso, o médico normalmente indica exames de sangue, como o cariótipo ou dosagem de hormônios sexuais, e de imagem, com o objetivo de avaliar os órgãos genitais internos, para confirmar o diagnóstico.     

Tipos de hermafroditismo

O hermafroditismo pode ser classificado de acordo com os órgãos sexuais presentes e a genética masculina ou feminina:

• Hermafrodita verdadeiro: é uma condição rara que, independente da genética ser masculina ou feminina, a criança nasce com tecidos que correspondem tanto aos testículos quanto aos ovários;
• Pseudo-hermafrodita masculino: é aquele em que a pessoa apresenta uma genética masculina e uma genitália com características femininas, embora possua os testículos bem formados, que podem se localizar dentro da cavidade pélvica em alguns casos;
• Pseudo-hermafrodita feminino: acontece quando a pessoa tem uma genética feminina e nasce com os ovários, mas a genitália externa aparentemente é masculina, geralmente devido ao desenvolvimento anormal do clítoris, que passa a ter formato semelhante ao pênis.

É importante consultar o médico, caso a pessoa observe alguma característica diferente no desenvolvimento da criança.

Possíveis causas

O hermafroditismo humano é causado por alterações no desenvolvimento dos órgãos genitais internos e/ou externos do bebê durante a gravidez devido a alterações genéticas ou, em alguns casos, alterações na produção ou resposta do corpo aos hormônios sexuais.

O hermafrodita pode ter filhos?

O hermafrodita pode não conseguir ter filhos em alguns casos, especialmente quando a sua condição afeta gravemente o funcionamento e/ou desenvolvimento dos órgãos genitais internos e externos. 

Algumas vezes, órgãos como ovários ou testículos não produzem óvulos ou espermatozoides, por exemplo.

Como é feito o tratamento

O tratamento do hermafroditismo depende da idade em que o diagnóstico foi feito, sua causa e características/função dos órgãos genitais presentes, podendo envolver principalmente a reposição hormonal e a cirurgia para definição do sexo.

A reposição hormonal normalmente é indicada para estimular o desenvolvimento de características do sexo escolhido, podendo ser feito com estrógeno, para o desenvolvimento das características femininas, ou testosterona, para o desenvolvimento das características masculinas.

Além disso, é também importante fazer acompanhamento com um psicólogo para auxiliar no processo de aceitação do corpo e lidar com os sentimentos e emoções que ocorrem durante e após o tratamento.