Pseudo-hermafroditismo: o que é, características e tratamento

Atualizado em março 2023
  1. Características
  2. Causas
  3. Diagnóstico
  4. Tratamento

O pseudo-hermafroditismo é uma alteração do desenvolvimento da genitália em que a pessoa tem ovários ou testículos compatível com o seu sexo genético, mas apresenta uma genitália externa semelhante ao do sexo oposto.

Esta condição é conhecida atualmente como distúrbio da diferenciação sexual e, normalmente, é causada devido a alterações genéticas que afetam os níveis de hormônios sexuais no sangue ou seus efeitos no desenvolvimento do corpo.

Em caso de suspeita de pseudo-hermafroditismo, é indicado consultar o pediatra para uma avaliação. O tratamento normalmente envolve a reposição de hormônios e cirurgia, mas existem questões éticas relacionadas com o desenvolvimento psicológico da criança, que pode não se identificar com gênero sexual escolhido pelos pais, por exemplo.

Imagem ilustrativa número 1

Principais características

As características do pseudo-hermafroditismo variam de acordo com o gênero definido pelas características genéticas e, algumas vezes, podem ser notadas logo após o nascimento.

Pseudo-hermafroditismo feminino

As principais características do pseudo-hermafroditismo feminino são:

  • Órgãos genitais que se assemelham a um pequeno pênis;
  • Excesso de pelos no corpo e/ou rosto;
  • Voz mais grave;
  • Alterações na menstruação;
  • Dificuldade para engravidar.

No entanto, a mulher pseudo-hermafrodita é uma mulher geneticamente normal que possui órgãos reprodutivos internos femininos, apesar da aparência dos órgãos sexuais.

Pseudo-hermafroditismo masculino

No caso do pseudo-hermafroditismo masculino, as principais características incluem:

  • Ausência de pênis ou pênis muito pequeno com uma bolsa escrotal vazia;
  • Crescimento de mamas durante a puberdade;
  • Poucos pelos no corpo e/ou rosto;
  • Infertilidade.

Um homem pseudo-hermafrodita é geneticamente normal e possui testículos, que podem estar localizados dentro do abdômen. No entanto, devido ao desenvolvimento anormal do órgão genital, também pode existir hipospádia, que é uma alteração da abertura da uretra no pênis. Entenda melhor o que é hipospádia.

Algumas vezes, o pseudo-hermafroditismo masculino é identificado apenas na adolescência, quando se acredita que a pessoa afetada é uma mulher, mas é notada a ausência de menstruação.

Causas de pseudo-hermafroditismo

As principais causas de pseudo-hermafroditismo são:

  • Hiperplasia adrenal congênita, em meninas; 
  • Síndrome da insensibilidade androgênica, em meninos;
  • Deficiência de testosterona, no sexo masculino;
  • Uso de anticoncepcionais com progestagênios durante a gravidez, em caso de bebês do sexo feminino;
  • Tumores produtores de hormônios andrógenos, durante a gravidez de meninas.

Exceto em caso do uso de anticoncepcionais, o pseudo-hermafroditismo normalmente resulta de alterações genéticas que acontecem ao acaso e afetam os níveis de hormônios sexuais ou seus efeitos durante o desenvolvimento dos órgãos genitais no bebê.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico de pseudo-hermafroditismo normalmente é feito pelo pediatra levando em consideração as características do corpo e o resultado do cariótipo, um exame que permite identificar alterações nas estruturas que carregam o material genético dentro das células.

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Além disso, o médico também pode indicar outros exames, como a dosagem de hormônios sexuais no sangue e o ultrassom de abdome, para confirmar o diagnóstico.     

Como é feito o tratamento

O tratamento para o pseudo-hermafroditismo depende da sua causa e deve ser orientado pelo pediatra, podendo envolver:

  • Reposição hormonal: podem ser indicados hormônios específicos femininos ou masculinos, por exemplo, para que a criança desenvolva as características relacionadas ao sexo selecionado durante o seu crescimento;
  • Cirurgia plástica: podem ser feitas várias intervenções cirúrgicas ao longo do tempo para corrigir os órgãos sexuais externos para um tipo específico de gênero.

Porém, o tratamento tem sido alvo de várias questões éticas, porque pode prejudicar o desenvolvimento psicológico da criança. Isto acontece porque, se o tratamento for feito muito cedo, a criança não pode escolher seu gênero, mas, se for feito mais tarde, pode causar dificuldade de aceitação do próprio corpo.

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