Como identificar a clavícula quebrada, principais causas e tratamento

Atualizado em janeiro 2021

A clavícula quebrada normalmente acontece como consequência de acidentes de carro, moto ou quedas, podendo ser identificada através de sinais e sintomas, como dor e inchaço local e dificuldade para movimentar o braço, e resultado de exames de imagem indicados pelo ortopedista.

Para promover alívio dos sintomas e recuperação do osso, é normalmente indicada a imobilização do braço com uma tipoia, para manter a estabilidade da clavícula, além de também poder ser recomendada, em alguns casos, a realização de sessões de fisioterapia, após consolidação óssea, para promover a movimentação normal do ombro.

Imagem ilustrativa número 1

Como identificar

A clavícula quebrada (fraturada) pode ser identificada facilmente por meio de alguns sinais e sintomas, como dor e inchaço local, dificuldade para levantar o braço, devido à dor, aumento da sensibilidade no local e hematoma, em alguns casos. Além disso, é possível perceber uma deformação na região da clavícula.

Para confirmar que houve fratura da clavícula, o ortopedista pode realizar radiografia para visualizar se há fratura, o tipo e indicar o tratamento mais adequado. 

Os tipos de fratura na clavícula podem ser:

  • Cominutiva: onde se parte em vários pedaços, havendo necessidade de cirurgia;
  • Transversa: mais fácil de consolidar, havendo necessidade de apenas usar imobilização; 
  • Oblíqua: dependendo do ângulo, pode haver necessidade de cirurgia.

De acordo com a região onde ocorreu a fratura pode-se classificar a área como sendo: terço medial, médio ou lateral, sendo que o terço médio representa mais de 80% das fraturas claviculares.

Principais causas

A clavícula quebrada pode acontecer principalmente em acidentes de carro ou quedas sobre o ombro, além de também poder ser consequência de pancadas na região ou ser decorrente da prática de algum esporte de contato, por exemplo.

Além disso, a fratura de clavícula é mais frequente em ciclistas, isso por causa do grande risco de queda em alta velocidade, favorecendo a quebra do osso da clavícula.

Imagem ilustrativa número 2

Como é feito o tratamento

O tratamento para a clavícula quebrada, geralmente, é feito com a imobilização do braço com uma tipoia imobilizadora, para permitir que a clavícula se mantenha no local correto, acelerando a cicatrização do osso. A imobilização deve ser mantida por cerca de 4-5 semanas, no caso do adulto, ou até 2 meses no caso das crianças.

Em alguns casos há indicação de realização de cirurgia para fratura de clavícula, como no caso de desvio do osso, encurtamento do osso maior que 2 cm entre fragmentos ósseos, em caso de fratura exposta, assim como o risco de lesionar algum nervo ou artéria.

Embora o tempo de recuperação possa variar de uma pessoa para outra pode ser necessário fazer sessões de fisioterapia para recuperar os movimentos normais do braço afetado e melhorar a dor.

Fisioterapia para clavícula quebrada

A fisioterapia para clavícula quebrada tem como objetivo diminuir a dor, promover o movimento normal do ombro, sem dor e fortalecer a musculatura até que a pessoa seja capaz de realizar suas atividades rotineiras e laborais normalmente. Para isso, o fisioterapeuta deve avaliar se a região está consolidada, se existe dor, qual a limitação do movimento e as dificuldades que a pessoa apresenta, e então indicar o tratamento necessário. 

Normalmente após 12 semanas são recomendados exercícios com mais peso, exercícios diagonais de kabat e o treino proprioceptivo para o ombro até a alta. Veja alguns exercícios de propriocepção para o ombro

A fratura na clavícula deixa sequelas?

A fratura na clavícula pode deixar algumas sequelas, como a lesão de nervos, o surgimento de um calo no osso ou o atraso na cicatrização, que podem ser evitadas quando o osso fica corretamente imobilizado, por isso algumas dicas para ter uma boa recuperação incluem:

  • Evitar atividades que possam movimentar o braço durante 4 a 6 semanas, como andar de bicicleta ou correr;
  • Evitar elevar o braço;
  • Não dirigir durante o período de consolidação óssea;
  • Usar sempre a imobilização de braço recomendada pelo ortopedista, especialmente durante o dia e a noite;
  • Dormir de barriga para cima com a imobilização, se possível, ou dormir com o braço ao longo do corpo e apoiado por travesseiros;
  • Utilizar roupas mais largas e fáceis de vestir, assim como sapatos sem cardaços;
  • Mexer ombro, cotovelo, punho e mão, conforme orientação do ortopedista, para evitar a rigidez da articulação.

Além disso, para diminuir as dores durante a recuperação, o médico pode prescrever analgésicos e anti-inflamatórios que devem ser utilizados para melhora dos sintomas.

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