Fasciíte necrosante: o que é, sintomas, transmissão e tratamento

Atualizado em novembro 2022

A fasciíte necrosante é uma infecção bacteriana grave e rara caracterizada por inflamação e morte do tecido que encontra-se em baixo da pele e envolve os músculos, nervos e vasos sanguíneos, chamado de fáscia. Essa infecção acontece principalmente por bactérias do tipo Streptococcus do grupo A, sendo mais frequente devido à Streptococcus pyogenes.

A bactéria consegue se espalhar rapidamente, causando sintomas que possuem evolução bastante rápida, como febre, aparecimento de região vermelha e inchada na pele e que evolui para úlceras e escurecimento do região.

Por isso, na presença de qualquer sinal indicativo de fasciíte necrosante, também chamada de fasciíte necrotizante, é importante ir ao hospital para que seja iniciado o tratamento com antibióticos e, assim, sejam evitadas complicações, como sepse e falência de órgãos.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de fasciíte necrosante

Os principais sintomas de fasciíte necrosante são:

  • Aparecimento de região vermelha ou inchada na pele e que aumenta ao longo do tempo;
  • Dor intensa na região vermelha e inchada, podendo também ser notada em outras partes do corpo;
  • Febre;
  • Surgimento de úlceras e bolhas;
  • Escurecimento da região;
  • Diarreia;
  • Náuseas;
  • Presença de pus na ferida.

A evolução dos sinais e sintomas indicam que a bactéria está se multiplicando e provocando a morte do tecido, chamada de necrose. Por isso, caso seja percebido qualquer sinal que possa indicar a fasciíte necrosante, é importante ir ao hospital para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento.

Como acontece a transmissão

A bactéria pode entrar no corpo por meio de aberturas na pele, seja devido a injeções, uso de drogas aplicadas na veia, queimaduras ou cortes. A partir do momento em que a bactéria consegue entrar no corpo e se espalhar, causa inflamação local e libera toxinas responsáveis pelo dano à pele e tecidos, o que resulta no aparecimento dos sintomas.

Apesar do Streptococcus do grupo A poder ser encontrado naturalmente no organismo, a fasciíte necrosante não acontece em todas as pessoas, já que o corpo consegue combater o excesso dessa bactéria e as toxinas produzidas. Assim, esse tipo de infecção é mais comum de acontecer em pessoas que possuem diabetes, com idade superior a 60 anos, obesidade, que possuem alterações malignas, portadoras de doenças vasculares ou que fazem uso de drogas imunossupressoras.

Possíveis complicações

As complicações da fasciíte necrosante acontecem quando a infecção não é identificada e tratada com antibióticos. Assim, pode haver sepse e falência de órgãos, já que a bactéria pode chegar a outros órgãos e se desenvolver ali.

Além disso, devido à morte do tecido, pode também haver a necessidade de remoção do membro afetado, com o objetivo de prevenir o espalhamento da bactéria e a ocorrência de outras infecções.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da fasciíte necrosante é feito através da observação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, além do resultado dos exames laboratoriais. Normalmente são solicitados exames de sangue e de imagem para observação da região afetada, além da biópsia do tecido, que é importante para identificar a presença da bactéria no local.

Apesar de ser orientado que o tratamento com antibióticos só deva ser iniciado após o resultado de exames complementares, no caso da fasciíte necrosante o tratamento deve ser feito o mais cedo possível devido à grave e rápida evolução da doença.

Como tratar

O tratamento da fasciíte necrosante deve ser feito no hospital, sendo recomendado que a pessoa permaneça em isolamento por algumas semanas para que não haja risco de transmissão da bactéria para outras pessoas.

O tratamento é feito com o uso de antibióticos por via endovenosa (na veia) para combater a infecção. No entanto, quando a infecção já está mais avançada e há sinais de necrose, pode ser indicada a realização de cirurgia para remover o tecido e, assim, combater a infecção.