Estiramento na coxa: o que é, sintomas, tratamento (e como evitar)

O estiramento na coxa é uma lesão que costuma ocorrer quando os músculos da coxa, como quadríceps, isquiotibiais e adutores, são forçados além do que suportam, o que pode causar rupturas nas fibras musculares.

Os sintomas do estiramento na coxa podem ser uma dor súbita, sensação de que o músculo se rompeu, além de inchaço na coxa, geralmente ocorre após um esforço excessivo durante uma atividade física, como na corrida ou no jogo de futebol, por exemplo.

O tratamento do estiramento na coxa é indicado pelo ortopedista e pode incluir repouso, elevação das pernas, aplicação de compressas frias, uso de anti-inflamatórios e fisioterapia.

Principais sintomas

Os principais sintomas do estiramento na coxa podem incluir:

• Sensação de que o músculo se rompeu;
• Dor que surge de forma súbita e pode ser intensa;
• Região da coxa sensível ao toque;
• Inchaço na região;
• Mancha roxa na coxa, que pode se espalhar para a panturrilha ou tornozelo após 1 ou 2 dias.

Além disso, pode haver um estalo audível no momento da lesão, o que geralmente leva à interrupção imediata da atividade devido à dor.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico do estiramento na coxa é feito pelo ortopedista por meio de uma avaliação física, sintomas apresentados e histórico de lesões anteriores.

Durante o exame físico, o médico pode avaliar a flexibilidade e a força muscular, através de testes de amplitude de movimento, de força e de sensibilidade na região da coxa.

Para confirmar o diagnóstico de estiramento na coxa, o médico poderá solicitar exame de imagem como a ressonância magnética, que é usada para avaliar a extensão do dano muscular e ajudar a definir o melhor tratamento.

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Causas do estiramento na coxa

Alguns fatores podem aumentar o risco de estiramento na coxa, geralmente a fadiga muscular, o aquecimento inadequado e a falta de flexibilidade, podem deixar os músculos mais vulneráveis à lesão. 

A execução incorreta ou o esforço excessivo durante atividades como corrida ou futebol, por exemplo, também podem causar estiramento na coxa. Além disso, quem já teve uma lesão anterior tem maior risco de se machucar novamente.

O desequilíbrio muscular também é um fator de risco. Quando os músculos da parte da frente da coxa estão muito mais fortes que os da parte de trás, aumenta a chance de lesão nos músculos posteriores, como os isquiotibiais.

Graus do estiramento na coxa

O estiramento na coxa pode ser classificado de acordo com a gravidade da lesão, que pode ser:

• Grau I, considerado leve, ocorre microlesões nas fibras musculares. Nesse caso, a dor costuma ser leve, há pouco ou nenhum inchaço;
• Grau II,  é uma lesão moderada, com ruptura parcial das fibras. A dor é mais intensa, podendo vir acompanhada de inchaço, hematomas e limitação dos movimentos;
• Grau III, é o mais grave, envolvendo a ruptura completa do músculo ou de grande parte das fibras. A dor é intensa e imediata, acompanhada de grande inchaço, hematomas visíveis e perda significativa de função muscular.

Essa classificação se aplica aos principais músculos da coxa que podem sofrer estiramento, como os isquiotibiais, que ficam na parte de trás da coxa, os quadríceps, na parte da frente da coxa e os adutores, na parte interna da coxa.

Como é o tempo de recuperação do estiramento na coxa?

O tempo de recuperação do estiramento na coxa depende da gravidade da lesão. Nos casos leves e moderados, a recuperação costuma ocorrer entre 10 dias e 3 semanas. Já nas lesões mais graves, esse período pode se estender por até 6 meses. 

No entanto, mesmo quando a melhora é rápida, é fundamental respeitar o tempo de cicatrização para reduzir o risco de novas lesões.

Como é feito o tratamento

O tratamento do estiramento na coxa deve ser indicado pelo ortopedista de acordo com a gravidade da lesão, sintomas apresentados e resultado do exame. 

Nos casos mais leves, o tratamento pode ser feito em casa, sendo recomendado evitar esforço excessivo sobre a região lesionada e aplicação de compressas frias por 15 a 20 minutos, de 3 a 4 vezes ao dia, nas primeiras 48 horas.

Além disso, elevar a perna e massagear a área com cremes contendo cânfora ou mentol também ajudam a aliviar os sintomas.

Em casos com dor persistente, o médico pode prescrever anti-inflamatórios, como diclofenaco ou ibuprofeno. 

O tratamento pode incluir a fisioterapia, através de exercícios específicos, alongamentos, eletroterapia, ultrassom, laser ou TENS, conforme a avaliação do fisioterapeuta.

A cirurgia geralmente é indicada apenas em casos graves, quando há ruptura total do músculo ou tendão, ou se o tratamento com repouso e fisioterapia não melhorar a lesão.

Veja como tratar o estiramento na coxa assistindo o vídeo a seguir:

Como evitar o estiramento na coxa

Algumas formas de evitar o estiramento na coxa são:

• Realizar aquecimento adequado antes das atividades físicas;
• Praticar alongamentos para pernas regularmente;
• Respeitar o descanso entre treinos;
• Corrigir desequilíbrios musculares.

Além disso, é indicado realizar exercícios de fortalecimento para os músculos das coxas. Veja alguns exercícios para fortalecimento das pernas.