Esclera azul: o que é, sintomas, causas e o que fazer

Atualizado em novembro 2023

Esclera azul é a coloração azulada da parte branca dos olhos, sendo geralmente causada por doenças congênitas ou hereditárias, como a osteogênese imperfeita ou a síndrome de Ehlers-Danlos, que deixam a esclera mais fina, o que acaba deixando os vasos sanguíneos e a úvea mais visíveis, dando a tonalidade azul à esclera.

No entanto, a esclera azul também pode surgir ao longo da vida devido a anemia ferropriva, hiper-homocisteinemia ou até pelo uso de medicamentos, como amiodarona ou minociclina, por exemplo, provocando um afinamento da esclera.

O tratamento da esclera azul é feito pelo clínico geral, pediatra, hematologista ou ortopedista, e varia de acordo com sua causa e gravidade da doença, podendo ser indicadas mudanças na dieta, uso de medicamentos ou realização de fisioterapia, por exemplo.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas de esclera azul

O principais sintoma da esclera azul é a coloração azul da parte branca do olho, que em alguns casos pode ser azul-acinzentado ou azul-roxeado.

Além disso, dependendo da sua causa, a esclera azul pode afetar um ou os dois olhos.

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Possíveis causas

As principais causas de esclera azul são:

1. Anemia ferropriva

A anemia ferropriva é causada pela deficiência de ferro, que é importante para produzir a hemoglobina e formar as hemácias, que são células que transportam oxigênio para os tecidos do corpo.

Assim, a redução de oxigênio, especialmente no cérebro, pode resultar em fraqueza, dor de cabeça, alterações na menstruação, cansaço excessivo e até pode levar ao aparecimento da esclera azul. Saiba identificar todos os sintomas da anemia ferropriva.

O que fazer: o tratamento da anemia ferropriva deve ser feito de acordo com a orientação do hematologista e, normalmente, inclui o uso de suplementos de ferro, além do consumo de alimentos ricos em ferro como lentilha, salsa, feijão e carnes vermelhas, por exemplo. Veja como fazer uma alimentação rica em ferro.

Assista o video a seguir com dicas de alimentação para anemia ferropriva:

2. Osteogênese imperfeita

A osteogênese imperfeita é uma doença congênita que provoca fragilidade óssea devido a algumas alterações genéticas associadas ao colágeno tipo 1.

Os sintomas desta doença, também conhecida como doença dos ossos de vidro, começam a surgir na infância, sendo um dos sintomas a presença de esclera azul, além de deformidades ósseas no crânio e na coluna, assim como a frouxidão dos ligamentos dos ossos. Conheça todos os sintomas da osteogênese imperfeita.

O que fazer: deve-se consultar o pediatra ou o ortopedista para iniciar o tratamento mais adequado, que pode envolver o uso de medicamentos bifosfonatos, para fortalecer os ossos e fisioterapia.

3. Síndrome de Marfan

A síndrome de Marfan é uma doença hereditária rara causada por uma mutação no gene fibrilina-1, responsável po produzir proteínas importantes para o funcionamento do coração, olhos, músculos e ossos.

Esta síndrome causa sintomas oculares, como a esclera azul, deslocamento de retina, glaucoma ou catarata, por exemplo, além de alterações nos ossos, coluna mais encurvada para um dos lados ou alterações cardíacas, por exemplo.

O que fazer: o diagnóstico desta síndrome pode ser feita ainda na gravidez, no entanto, se houver suspeita após o nascimento, o médico pediatra poderá recomendar a realização de testes genéticos e exames de sangue ou de imagem para verificar quais partes do corpo a síndrome atingiu. Como a síndrome de Marfan não tem cura, o tratamento é baseado em controlar as alterações nos órgãos.

Para as famílias que possuem casos desta síndrome é recomendado realizar o aconselhamento genético, em que serão analisados os genes e uma equipe de profissionais fará orientações quanto ao tratamento. Saiba mais o que é e como é feito o acoselhamento genético.

4. Síndrome de Ehlers-Danlos

A síndrome de Ehlers-Danlos é o conjunto de doenças hereditárias caracterizadas por um defeito na produção de colágeno, levando à elasticidade da pele e das articulações, assim como problemas de sustentação das paredes das artérias e vasos sanguíneos.

Os sintomas dessa síndrome variam podendo ocorrer luxações no corpo, contusão muscular e pele do nariz e dos lábios mais finos do que o normal, fazendo com que ocorra ferimentos com mais facilidade.

O que fazer: o tratamento é feito por médicos de várias especialidades como cardiologista, oftalmologista, dermatologista ou reumatologista, para que seja indicado o melhor tratamento de acordo com o órgão afetado. Veja como é feito o tratamento da síndrome Ehlers-Danlos.

5. Uso de medicamentos

Alguns medicamentos, como a minociclina ou a prednisona, podem também levar ao surgimento de esclera azul.

A mitoxantrona é outro medicamento que pode causar esclera azul, além de causar despigmentação das unhas, deixando-as com coloração acinzentada. Esse remédio é indicado para o tratamento do câncer de mama, leucemia ou linfoma, por exemplo.

O que fazer: estas situações são muito raras, no entanto, se uma pessoa estiver tomando algum destes medicamentos e observar que a parte branca do olho está com coloração azulada é importante comunicar o médico que passou o remédio, para que seja avaliada a suspensão, alteração na dose ou a troca por outro medicamento. Em hipótese nenhuma deve-se interromper o tratamento e o uso do remédio por conta própria.

6. Hiper-homocisteinemia

A hiper-homocisteinemia é o aumento da homocisteína no sangue, um aminoácido que participa do metabolismo das células e da síntese de proteínas, sendo causada por alimentação rica em proteínas, principalmente carne vermelha, baixos níveis hormônios da tireoide, ou baixa ingestão de alimentos com vitamina B6, B12 ou ácido fólico.

Quando tem seus níveis altos no sangue, a homocisteína pode provocar a esclera azul, além de aumentar o risco de embolia pulmonar, AVC ou infarto.

O que fazer: o tratamento da hiper-homocisteinemia é feito pelo clínico geral ou cardiologista, e normalmente envolve alterações na dieta ou suplementos alimentares, sendo importante manter o acompanhamento médico regular para avaliar os níveis de homocisteína no sangue e evitar doenças cardiovasculares. Veja como é feito o exame para medir a homocisteína no sangue.

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