Homocisteína: o que é, para que serve, valores (e homocisteína alta e baixa)

Homocisteína é um aminoácido produzido naturalmente pelo corpo, sendo convertida em cisteína e metionina, pelas vitaminas B12, B6 e B9, e a enzima metileno tetrahidrofolato redutase, o normalmente está presente em pequenas quantidades no sangue. 

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A homocisteína pode estar alta devido a deficiência de vitaminas B12, piridoxina ou ácido fólico, podendo se acumular nos vasos sanguíneos e aumentar o risco de AVC, doença coronariana, trombose ou infarto cardíaco, por exemplo.

Desta forma, o exame de homocisteína normalmente é solicitado pelo cardiologista ou clínico geral para avaliar o risco de doenças cardiovasculares e a necessidade de tratamento.

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Para que serve

O exame homocisteína é indicado para:

  • Investigar o risco de aterosclerose, infarto, trombose, AVC ou doença coronariana;
  • Identificar deficiência de vitaminas B6, B12 ou B9;
  • Monitorar doenças cardíacas, da tireoide ou renais.

Além disso, o exame de homocisteína pode ser indicado para monitorar os níveis desse aminoácido no sangue e o tratamento de crianças diagnosticadas com homocistinúria clássica, identificada no teste do pezinho.

Leia também: Teste do pezinho: quando fazer e que doenças detecta tuasaude.com/doencas-detectadas-pelo-teste-do-pezinho

Como se preparar para o exame

Para se preparar para o exame de homocisteína, é recomendado fazer, pelo menos 4 horas de jejum.

É importante informar no laboratório se está fazendo uso de algum medicamento, pois alguns remédios podem interferir no resultado do exame.

Valores de referência

Os valores de referência do exame de homocisteína no sangue são:

Níveis de homocisteína Valores de referência Avaliação de risco
Normal 5 e 15 µmol/L -
Moderado 16 a 30 µmol/L Risco baixo de doença cardiovascular
Intermediário 31 a 100 µmol/L Risco intermediário de doença cardiovascular
Grave  Mais de 100 µmol/L Risco alto de doença cardiovascular

Os valores de homocisteína podem variar de acordo com o laboratório em que foi feito o exame.

Para avaliar o risco de trombose, o médico normalmente também solicita a dosagem dos fatores de coagulação, níveis de plaquetas, e dímero-d, além de investigação da mutação do metileno, níveis de vitaminas e dos hormônios tireoidianos para investigar a causa do aumento da homocisteína.

Como entender o resultado

O resultado do exame de homocisteína deve ser interpretado pelo cardiologista, clínico geral ou pediatra.

Geralmente, valores acima de 15 µmol/L representam maior risco cardiovascular, uma vez que a homocisteína pode levar a alterações nos vasos sanguíneos e favorecer a agregação plaquetária, levando à formação de trombos.

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De acordo com a concentração de homocisteína no sangue, o médico pode indicar a melhor forma de tratamento.

Valores abaixo do valor de referência também devem ser tratados, já que pode resultar na falha do sistema imunológico e de combate ao estresse oxidativo, podendo levar a morte das células e a efeitos tóxicos no organismo.

Homocisteína baixa

A homocisteína baixa pode ser causada pelo uso de suplementos de vitamina B12, B6 ou ácido fólico, especialmente na gravidez.

Normalmente, valores um pouco abaixo de 5 µmol/L não é preocupante, no entanto, é muito baixo pode resultar em danos para o organismo, já que há diminuição da produção de antioxidantes, fazendo com que as substâncias tóxicas fiquem acumuladas no organismo.

O que fazer: quando a homocisteína baixa é causada pelo uso de suplementos, o médico normalmente recomenda a interrupção ou alteração da dose do suplemento até que a concentração de homocisteína volte ao normal.

Em outras situações, pode ser recomendada alteração na dieta, de modo a consumir menos alimentos ricos em vitamina B6, B12 ou ácido fólico.

Homocisteína alta

As principais causas de homocisteína alta são:

  • Baixa ingestão de alimentos com vitamina B6, B12 ou ácido fólico;
  • Alterações da tireoide, como hipotireoidismo;
  • Doença renal;
  • Uso de alguns remédios;
  • Tabagismo;
  • Infecção pelo SARS-CoV-2, nos casos mais graves.

Além disso, alterações genéticas que podem interferir no metabolismo da homocisteína, como a mutação das enzimas metileno tetrahidrofolato redutase ou cistationina beta-síntase, também pode causar homocisteína alta.

O que fazer: sempre que for verificado aumento dos níveis de homocisteína é importante consultar o médico, pois valores aumentados desse aminoácido está relacionado com maior risco de trombose, o que pode colocar a vida em risco. 

Como baixar a homocisteína

Para baixar a homocisteína, o médico pode recomendar:

1. Alterações na dieta

As alterações na dieta para baixar a homocisteína podem ser indicadas e devem ser feitas com orientação do nutricionista.

Assim, pode ser recomendado aumentar o consumo de alimentos ricos em ácido fólico e vitaminas B6 e B12. Veja a lista de alimentos ricos em vitamina B12, B6 e ácido fólico.

2. Uso de suplementos

Em alguns casos, quando a alimentação não é suficiente para baixar a homocisteína, o médico pode ainda receitar o uso de suplementos alimentares com ácido fólico, vitamina B12, taurina ou betaína para ajudar a diminuir a quantidade de homocisteína no sangue.

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