Eletroneuromiografia: o que é, para que serve e como é feito

Atualizado em julho 2023

A eletroneuromiografia é um exame que avalia a presença de lesões que afetam os nervos e músculos, como pode acontecer em doenças como esclerose lateral amiotrófica, neuropatia diabética, síndrome do túnel do carpo ou doença de Guillain Barré, por exemplo, sendo importante para ajudar o médico a confirmar o diagnóstico e planejar o melhor tratamento.

Este exame é capaz de registrar a condução de um impulso elétrico em um nervo e avaliar a atividade do músculo durante um determinado movimento e, geralmente, são avaliados os membros inferiores ou superiores, como pernas ou braços.

A eletroneuromiografia não é o exame considerado padrão para o diagnóstico de doenças nervosas e musculares, no entanto o seu resultado é interpretado de acordo com a história clínica e resultado de exames neurológicos do paciente.

Imagem ilustrativa número 1

Para que serve

O exame de eletroneuromiografia serve para avaliar o funcionamento dos nervos e músculos, sendo útil para o diagnóstico de doenças que estejam relacionadas com os impulsos nervosos ou com a atividade elétrica muscular.

Quando é indicada

A eletroneuromiografia pode ser indicada em caso de:

  • Síndrome de Guillain Barré;
  • Polineuropatia, provocada por diabetes ou por alguma doença inflamatória;
  • Atrofia muscular progressiva;
  • Hérnia de disco ou outras radiculopatias, que provocam lesões nos nervos da coluna.
  • Síndrome do túnel do carpo;
  • Paralisia facial;
  • Esclerose lateral amiotrófica;
  • Poliomielite;
  • Alteração da força ou sensibilidade provocada por um trauma ou pancada;
  • Doenças musculares, como miopatias ou distrofias musculares.

Com as informações obtidas durante o exame, o médico poderá confirmar o diagnóstico, indicar as melhores formas de tratamento ou, em alguns casos, acompanhar a gravidade e evolução da doença.

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Como se preparar para o exame

Para a realização da eletroneuromiografia, recomenda-se comparecer ao local do exame bem alimentado e levar roupas folgadas ou de fácil remoção, como saias ou shorts. Não se deve usar óleos ou cremes hidratantes nas 24h anteriores ao exame, pois estes cosméticos podem dificultar a aderência dos eletrodos.

É importante informar ao médico se usa medicamentos, pois alguns, como os anticoagulantes, podem interferir ou contraindicar o exame, e se tem um marca-passo se sofre de doenças de sangue, como a hemofilia. Além disso, deve-se lembrar que a eletroneuromiografia costuma ser feita em ambos os lados (ambas as pernas ou braços), pois é importante comparar as alterações encontradas entre o lado afetado e o lado sadio.

Como é feita a eletroneuromiografia

O exame de eletroneuromiografia é realizado em duas etapas:

  • Eletroneurografia ou neurocondução: pequenos sensores são estrategicamente posicionados sobre a pele para avaliar determinados músculos ou trajetos de nervos, e, em seguida, pequenos estímulos elétricos são feitos para produzir atividades nesses nervos e músculos, que são captadas pelo aparelho. Esta etapa pode provocar um desconforto semelhante a pequenas pancadas, mas que são suportáveis;
  • Eletromiografia: um eletrodo em forma de agulha é inserido na pele até alcançar o músculo, para avaliar diretamente a atividade. Para isso, é pedido para que o paciente realize alguns movimentos enquanto o eletrodo detecta os sinais. Nesta etapa, há uma dor de picada durante a inserção da agulha, e pode haver um desconforto durante o exame, que é tolerável.

O exame de eletroneuromiografia é feito pelo médico, e está disponível em hospitais ou clínicas especializadas. Este exame é feito gratuitamente pelo SUS e coberto por alguns planos de saúde, mas também pode ser feito de forma particular.

Quem não deve fazer

A eletroneuromiografia não traz riscos à saúde, no entanto, não deve ser realizado por pessoas que usam marca-passo cardíaco ou que utilizam medicamentos anticoagulantes, como Varfarina, Marevan ou Rivaroxaban, por exemplo. Nestes casos, deve-se informar ao médico, que irá avaliar a contraindicação ou que tipo de tratamento poderá ser feito.

Há algumas contraindicações absolutas para realização do exame, sendo elas: a não cooperação do paciente para a realização do exame, a recusa do paciente para a realização do procedimento e a presença de lesões do local em que seria feita a investigação.

Possíveis riscos

O exame de eletroneuromiografia é seguro na maioria dos casos, no entanto podem haver situações cujo procedimento por apresentar risco, como por exemplo:

  • Pacientes em tratamento com anticoagulantes;
  • Doenças de sangue, como hemofilia e alterações plaquetárias;
  • Doenças que enfraquecem o sistema imunológico, como AIDS, diabetes, e doenças autoimunes;
  • Pessoas que possuem marcapasso;
  • Lesões infecciosas ativas no local em que seria realizado o exame.

Dessa forma, é importante comunicar ao médico caso apresente alguma das condições em que é considerado risco, além do uso de medicamentos para que assim se possa diminuir o risco de complicações.