Efeito rebote: o que é, sintomas, causas (e o que fazer)

Atualizado em janeiro 2024

Efeito rebote é o surgimento ou o reaparecimento de sintomas de uma doença que está sendo tratada com remédios, porém surgem de forma aumentada, podendo também reaparecer quando a dose do remédio é reduzida pelo médico ou após o término do tratamento.

O efeito rebote pode ser causado por remédios como descongestionantes nasais, broncodilatadores, antidepressivos, analgésicos, ansiolíticos, produtos cosméticos ou medicamentos para a pele ou remédios para emagrecer, por exemplo.

O tratamento do efeito rebote é feito pelo médico responsável pelo tratamento que deve avaliar a dose do remédios, os sintomas apresentados e sua intensidade.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas do efeito rebote

Os principais sintomas do efeito rebote são:

  • Aumento do peso;
  • Congestão nasal;
  • Dor de cabeça;
  • Aumento da oleosidade da pele ou ou piora da acne;
  • Depressão, ansiedade ou crises de pânico;
  • Psicose ou piora do TDAH;
  • Piora da asma;
  • Insônia;
  • Pressão alta, infarto ou AVC.

Os sintomas do efeito rebote variam de acordo com o remédio que está sendo utilizado ou que teve a dose reduzida ou o tratamento interrompido.

É importante consultar o médico responsável pelo tratamento ou ir ao pronto-socorro imediatamente nos casos de sintomas cardiovasculares, como dor no peito que pode irradiar para o braço, formigamento em um lado do corpo ou fala arrastada, por exemplo. Saiba identificar os sintomas de doenças cardiovasculares.

Deve-se procurar o pronto socorro imediatamente também se ocorrer piora da asma ou crise de asma.

Porque acontece?

O efeito rebote é uma resposta fisiológica do organismo para tentar voltar ao estado normal durante o tratamento com remédios.

A causa exata do porque isso acontece não é completamente conhecida, mas acredita-se que ocorre devido a alterações em receptores nas células nos quais o remédio se liga para exercer sua ação.

Possíveis causas

A principal causa do efeito rebote é o uso de remédios, a diminuição da sua dose ou a interrupção do tratamento.

Alguns exemplos de remédios que podem causar efeito rebote são:

  • Analgésicos, como paracetamol;
  • Anti-inflamatórios não esteroides, como ácido acetilsalicílico, meloxicam ou diclofenaco;
  • Remédios para dor de cabeça, como ergotaminas ou triptanos;
  • Descongestionantes nasais, nafazolina;
  • Broncodilatadores, como formoterol ou salmeterol;
  • Antidepressivos, como sertralina, bupropiona ou trazodona;
  • Ansiolíticos, como os benzodiazepínicos ou zolpidem;
  • Estimulantes, como lisdexamfetamina, dextroanfetamina ou metilfenidato.

Além disso, remédios antipsicóticos ou produtos cosméticos e medicamentos para a pele, como ácido azelaico, tretinoína ou hidroquinona, também podem causar efeito rebote.

Outros remédios que podem causar efeito rebote são os remédios para estômago, como antiácidos, inibidores da bomba de prótons ou antagonistas da histamina, como bicarbonato de sódio, omeprazol ou cimetidina, por exemplo.

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Ozempic causa efeito rebote?

O Ozempic (semaglutida) pode causar efeito rebote, principalmente quando o tratamento é interrompido de forma inadequada e sem orientação do endocrinologista, podendo a pessoa engordar os Kg que emagreceu ou até mais.

Além do Ozempic, o efeito rebote também pode acontecer com outros remédios para emagrecer, como liraglutida (Victoza ou Saxenda) ou sibutramina, por exemplo.

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O que fazer

É importante consultar o médico responsável pelo tratamento sempre que ocorrer o efeito rebote, ou seja, quando os sintomas da doença reaparecem, pioram ou são mais intensos, durante o tratamento ou após sua interrupção.

Desta forma, o médico deve reavaliar a dose do remédio, assim como outras opções de tratamento.

Além disso, é recomendado não aumentar a dose do remédios e não interromper o tratamento por conta própria e sem orientação médica, pois assim pode-se evitar o efeito rebote.

Diferença entre efeito rebote e efeito colateral

O efeito rebote é caracterizado pelo reaparecimento ou piora dos sintomas que a pessoa apresentava ao iniciar o uso do remédio ou o ressurgimento dos sintomas após a redução da dose ou interrupção do tratamento.

Já o efeito colateral é o aparecimento de novos sintomas durante o uso do remédio. Por exemplo, se uma pessoa usa um corticoide para tratar doenças autoimunes, o esperado é controlar a doença e reduzir os sintomas, mas pode ter efeito colateral de aumento do peso, acne ou pressão alta, por exemplo. 

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