11 efeitos colaterais do anticoncepcional (e o que fazer)

O anticoncepcional pode causar efeitos colaterais como dor no abdome, náusea, dor de cabeça, espinhas, alterações do humor, libido e/ou fluxo menstrual, especialmente nas primeiras semanas de uso.

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A pílula anticoncepcional é o método mais utilizado pelas mulheres para evitar o desenvolvimento de uma gravidez, pois é fácil de usar e possui elevada eficácia contra gestações indesejadas quando usada de acordo com a orientação do médico. Confira o que é e como tomar a pílula anticoncepcional.

Em caso de suspeita de efeitos colaterais do anticoncepcional, especialmente quando demoram a melhorar, é importante consultar o ginecologista para uma avaliação, podendo ser indicada a troca do anticoncepcional e/ ou alteração da dose.

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Principais efeitos colaterais

Os principais efeitos colaterais do anticoncepcional são:

1. Dor e inchaço abdominal

A dor abdominal é um efeito colateral muito comum do uso de pílulas anticoncepcionais, principalmente durante os primeiros meses de uso devido à adaptação do organismo aos hormônios, mudanças no útero e no endométrio por causa da regulação do ciclo menstrual, e à retenção de líquidos.

O que fazer: é recomendado fazer uma compressa com água morna na região abdominal para aliviar o desconforto e/ ou fazer uso de medicamento analgésico desde que recomendado pelo médico.

No entanto, caso a dor seja muito intensa, persistente ou acompanhada por outros sintomas, é recomendado consultar o ginecologista para avaliar se é necessário mudar o método contraceptivo.

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2. Náuseas e vômitos

As náuseas e vômitos são efeitos secundários comuns ao tomar o anticoncepcional, principalmente durante as primeiras semanas de uso, já que o organismo está se adaptando aos hormônios.

O que fazer: pode-se tentar tomar o anticoncepcional juntamente com os alimentos ou antes de dormir para evitar a irritação do estômago, assim como evitar a ingestão de alimentos gordurosos e pesados que possam piorar as náuseas ou provocar os vômitos.

Caso o vômito aconteça nas primeiras duas horas após a ingestão, é possível que o corpo não tenha absorvido a medicação corretamente e, por isso, é indicado que o preservativo seja usado para evitar uma gravidez.

Leia também: Náuseas: sintomas, causas (e o que fazer) tuasaude.com/nauseas

3. Alteração do fluxo menstrual

É comum o anticoncepcional causar alterações na quantidade, duração e data esperada do sangramento menstrual. Além disso, também podem surgir pequenos sangramentos entre cada ciclo, que são chamados de sangramentos de escape. Veja o que pode ser o sangramento fora do período menstrual.

O que fazer: as alterações no fluxo menstrual tendem a melhorar com o tempo ao se continuar o uso do anticoncepcional. Além disso, é importante tomar o anticoncepcional sempre nos mesmo horários, de acordo com a indicação do médico, para evitar sangramentos no meio do ciclo.

No entanto, especialmente quando as alterações duram mais de 3 meses, é recomendado consultar o ginecologista, porque pode ser indicado tomar uma pílula com dosagem mais elevada ou trocar o anticoncepcional, por exemplo. 

4. Aumento de peso

O aumento de peso pode surgir em algumas mulheres e se acredita que seja devido a alterações como aumento do apetite, retenção de líquidos no corpo e/ou alteração no metabolismo da gordura.

O que fazer: deve-se manter uma dieta saudável e equilibrada, assim como fazer exercício físico regularmente para evitar o ganho de peso e retenção de líquidos. Conheça opções de chás que se pode usar contra a retenção de líquidos.

5. Surgimento de espinhas

Embora a pílula anticoncepcional algumas vezes pode ser indicada no tratamento para acne na adolescência, algumas mulheres podem apresentar aumento da quantidade de espinhas.

O que fazer: quando a acne surge ou piora após o início da pílula anticoncepcional é aconselhado informar o ginecologista e consultar um dermatologista para adequar o tratamento ou iniciar o uso de cremes anti-espinhas.

6. Alterações do humor

O uso de anticoncepcionais pode causar alterações do humor devido aos efeitos do estrogênio e progesterona no funcionamento do cérebro, em alguns casos contribuindo para o desenvolvimento de depressão, por exemplo.

O que fazer: é recomendado consultar o ginecologista para alterar o tipo de pílula ou iniciar um método de contracepção diferente, como DIU ou Diafragma.

7. Diminuição da libido

A pílula anticoncepcional pode provocar uma diminuição da libido devido à redução da produção de testosterona no organismo. No entanto, este efeito é mais frequente em mulheres que apresentam grandes níveis de ansiedade.

O que fazer: deve-se consultar o ginecologista para ajustar a dose do anticoncepcional ou trocar a pílula por outro método contraceptivo. Veja algumas formas naturais de aumentar a libido.

8. Dor de cabeça

Algumas mulheres podem sentir dor de cabeça devido ao uso do anticoncepcional, especialmente durante as primeiras semanas. No entanto, essa dor tende a diminuir com o uso contínuo do anticoncepcional.

O que fazer: caso a dor de cabeça demore a desaparecer ou seja muito intensa no primeiro mês, é recomendado consultar o ginecologista para que seja feita uma mudança na dose do anticoncepcional ou troca do medicamento.

9. Maior sensibilidade dos seios

A concentração hormonal nas pílulas anticoncepcionais pode causar aumento da sensibilidade nas mamas, podendo surgir dor ao toque ou contato com a roupa. No entanto, esse desconforto é mais comum de acontecer no início do uso da pílula anticoncepcional.

O que fazer: é recomendado o uso de sutiãs esportivos e o uso de roupa mais folgadas para evitar a dor e desconforto. Caso a dor não melhore ou surjam outros sintomas, como vermelhidão, inchaço ou saída de líquido pelos mamilos, é importante consultar o ginecologista, podendo ser indicado a troca do anticoncepcional e, em alguns casos, exames para identificar doenças da mama.

10. Enxaqueca

A enxaqueca é um efeito colateral relativamente frequente, principalmente em mulheres com antecedente de enxaqueca ou sensibilidade às mudanças hormonais.

Isso acontece porque a pílula anticoncepcional pode influenciar os níveis de estrogênio, o que pode ter como resultado o aparecimento ou intensificação das crises de enxaqueca.

O que fazer: no caso de enxaquecas leves ou moderadas, o médico pode recomendar o uso de analgésicos, como paracetamol ou ibuprofeno, para aliviar a dor.

No entanto, caso a enxaqueca seja intensa, frequente ou não melhoram com o tratamento, o ginecologista pode recomendar mudar o anticoncepcional, podendo ser indicado um que não contenha estrogênio ou a colocação de um DIU.

11. Falta de menstruação

A falta de menstruação, ou amenorreia, pode ser considerada um efeito colateral normal, principalmente se o anticoncepcional for de uso contínuo.

O que fazer: apesar da falta de menstruação ser considerada normal, é recomendado que o ginecologista seja consultado para que seja verificado se a amenorreia não é consequência de um transtorno hormonal ou outros problemas de saúde. Além disso, o médico poderá avaliar o caso e determinar se é necessário mudar o método contraceptivo ou fazer ajustes.

Anticoncepcional causa flacidez muscular?

Os anticoncepcionais normalmente não causam flacidez muscular. No entanto, embora alguns estudos indiquem que estes medicamentos não afetam o desempenho físico ou ganho de massa muscular, são necessários outros para identificar e comprovar os efeitos dos anticoncepcionais sobre o músculo.

Quando trocar o método contraceptivo

É recomendado consultar o ginecologista e avaliar a possibilidade de usar outro método para evitar a gravidez indesejada sempre que surjam efeitos colaterais que impeçam a realização de atividades diárias ou quando os sintomas demoram mais de 3 meses para desaparecer.