9 efeitos colaterais do anticoncepcional (e o que fazer)

Atualizado em março 2023

O anticoncepcional pode causar efeitos colaterais como dor no abdome, náusea, dor de cabeça, espinhas, alterações do humor, libido e/ou fluxo menstrual, especialmente nas primeiras semanas de uso.

A pílula anticoncepcional é o método mais utilizado pelas mulheres para evitar o desenvolvimento de uma gravidez, pois é fácil de usar e possui elevada eficácia contra gestações indesejadas quando usada de acordo com a orientação do médico. Confira o que é e como tomar a pílula anticoncepcional.

Em caso de suspeita de efeitos colaterais do anticoncepcional, especialmente quando demoram a melhorar, é importante consultar o ginecologista para uma avaliação, podendo ser indicada a troca do anticoncepcional e/ ou alteração da dose.

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Principais efeitos colaterais

Os principais efeitos colaterais do anticoncepcional são:

1. Dor abdominal e náuseas

Alguns sintomas pré-menstruais, como dores de cabeça, dor abdominal e náuseas, são comuns nas primeiras semanas de utilização da pílula anticoncepcional devido às grandes alterações hormonais.

O que fazer: é recomendado consultar o ginecologista quando estes sintomas impedem a realização de atividades diárias ou demoram para desaparecer, pois pode ser necessário alterar o tipo de pílula contraceptiva.

2. Alteração do fluxo menstrual

É comum o anticoncepcional causar alterações na quantidade, duração e data esperada do sangramento menstrual. Além disso, também podem surgir pequenos sangramentos entre cada ciclo, que são chamados de sangramentos de escape. Veja o que pode ser o sangramento fora do período menstrual.

O que fazer: as alterações no fluxo menstrual tendem a melhorar com o tempo ao se continuar o uso do anticoncepcional. Além disso, é importante tomar o anticoncepcional sempre nos mesmo horários, de acordo com a indicação do médico, para evitar sangramentos no meio do ciclo.

No entanto, especialmente quando as alterações duram mais de 3 meses, é recomendado consultar o ginecologista, porque pode ser indicado tomar uma pílula com dosagem mais elevada ou trocar o anticoncepcional, por exemplo. 

3. Aumento de peso

O aumento de peso pode surgir em algumas mulheres e se acredita que seja devido a alterações como aumento do apetite, retenção de líquidos no corpo e/ou alteração no metabolismo da gordura.

O que fazer: deve-se manter uma dieta saudável e equilibrada, assim como fazer exercício físico regularmente para evitar o ganho de peso e retenção de líquidos. Conheça opções de chás que se pode usar contra a retenção de líquidos.

4. Surgimento de espinhas

Embora a pílula anticoncepcional algumas vezes pode ser indicada no tratamento para acne na adolescência, algumas mulheres podem apresentar aumento da quantidade de espinhas.

O que fazer: quando a acne surge ou piora após o início da pílula anticoncepcional é aconselhado informar o ginecologista e consultar um dermatologista para adequar o tratamento ou iniciar o uso de cremes anti-espinhas.

5. Alterações do humor

O uso de anticoncepcionais pode causar alterações do humor devido aos efeitos do estrogênio e progesterona no funcionamento do cérebro, em alguns casos contribuindo para o desenvolvimento de depressão, por exemplo.

O que fazer: é recomendado consultar o ginecologista para alterar o tipo de pílula ou iniciar um método de contracepção diferente, como DIU ou Diafragma.

6. Diminuição da libido

A pílula anticoncepcional pode provocar uma diminuição da libido devido à redução da produção de testosterona no organismo. No entanto, este efeito é mais frequente em mulheres que apresentam grandes níveis de ansiedade.

O que fazer: deve-se consultar o ginecologista para ajustar a dose do anticoncepcional ou trocar a pílula por outro método contraceptivo. Veja algumas formas naturais de aumentar a libido.

7. Dor de cabeça

Algumas mulheres podem sentir dor de cabeça devido ao uso do anticoncepcional, especialmente durante as primeiras semanas. No entanto, essa dor tende a diminuir com o uso contínuo do anticoncepcional.

O que fazer: caso a dor de cabeça demore a desaparecer ou seja muito intensa no primeiro mês, é recomendado consultar o ginecologista para que seja feita uma mudança na dose do anticoncepcional ou troca do medicamento.

8. Maior sensibilidade dos seios

A concentração hormonal nas pílulas anticoncepcionais pode causar aumento da sensibilidade nas mamas, podendo surgir dor ao toque ou contato com a roupa. No entanto, esse desconforto é mais comum de acontecer no início do uso da pílula anticoncepcional.

O que fazer: é recomendado o uso de sutiãs esportivos e o uso de roupa mais folgadas para evitar a dor e desconforto. Caso a dor não melhore ou surjam outros sintomas, como vermelhidão, inchaço ou saída de líquido pelos mamilos, é importante consultar o ginecologista, podendo ser indicado a troca do anticoncepcional e, em alguns casos, exames para identificar doenças da mama.

9. Aumento do risco de trombose

A pílula anticoncepcional pode aumentar o risco de trombose venosa profunda, especialmente em caso de doenças como pressão alta, diabetes ou colesterol alto. Entenda porque o risco de trombose é maior em mulheres que usam anticoncepcional.

O que fazer: deve-se manter uma alimentação saudável e fazer exercício físico regular, assim como fazer consultas regulares no clínico geral para avaliar a pressão arterial, nível de açúcar no sangue e colesterol para evitar a formação de coágulos sanguíneos que podem causar a trombose venosa profunda.

Anticoncepcional causa flacidez muscular?

Os anticoncepcionais normalmente não causam flacidez muscular. No entanto, embora alguns estudos indiquem que estes medicamentos não afetam o desempenho físico ou ganho de massa muscular, são necessários outros para identificar e comprovar os efeitos dos anticoncepcionais sobre o músculo.

Quando trocar o método contraceptivo

É recomendado consultar o ginecologista e avaliar a possibilidade de usar outro método para evitar a gravidez indesejada sempre que surjam efeitos colaterais que impeçam a realização de atividades diárias ou quando os sintomas demoram mais de 3 meses para desaparecer.