10 principais doenças do sistema urinário (e como tratar)

Atualizado em março 2024

As doenças do sistema urinário, como cistite, pedra nos rins ou na bexiga, insuficiência renal, doença renal crônica ou câncer de bexiga e de rim, por exemplo, podem surgir devido a infecções, má higiene, tabagismo ou até por estresse excessivo.

Essas doenças podem ocorrer em qualquer parte do sistema urinário, como bexiga, rins, ureter ou uretra, e afetar tanto homens quanto mulheres independente da idade, causando sintomas como dor ou ardor ao urinar, inchaço, urina com espuma ou sangue na urina, por exemplo.

É importante consultar o urologista, nefrologista ou ginecologista sempre que surgirem sintomas de doenças do sistema urinário, para realizar exames, identificar a causa e o tipo de doença, e assim iniciar o tratamento mais adequado.

Imagem ilustrativa número 1

10 doenças do sistema urinário

As principais doenças do sistema urinário são:

1. Infecção urinária

A infecção urinária corresponde à proliferação de um microrganismo, bactéria ou fungo, em qualquer parte do sistema urinário, causando sintomas como dor, desconforto e sensação de queimação ao urinar, por exemplo.

Na maioria das vezes, os sintomas de infecção surgem devido ao desbalanço da microbiota da região genital, devido ao estresse ou à falta de higiene, por exemplo.

O que fazer: o tratamento da infecção urinária é feito pelo clínico geral ou urologista e geralmente envolve o uso de antibióticos ou antifúngicos para eliminar bactérias ou fungos que estão causando a infecção, além de remédios para aliviar os sintomas, como analgésicos ou antiespasmódicos. Confira os principais remédios para infecção urinária.

Leia também: Alimentação durante o tratamento da infecção urinária tuasaude.com/alimentacao-para-infeccao-urinaria

2. Cistite

A cistite é o tipo de infecção urinária mais comum e que afeta a bexiga, causando sintomas como urina turva, dor abdominal, sensação de peso no fundo da barriga, febre baixa e persistente e sensação de queimação ao urinar.

A cistite é mais comum em mulheres do que em homens, devido ao tamanho mais curto da uretra, que favorece a migração das bactérias do trato urinário ou do intestino para a bexiga, como a Escherichia coli, por exemplo.

As principais causas da cistite são má higiene íntima, contato íntimo sem o uso de preservativos, uso de espermicidas ou cateter urinário, gravidez ou até pedra nos rins.

O que fazer: deve-se fazer o tratamento orientado pelo clínico geral, urologista ou ginecologista que podem indicar o uso de antibióticos, como fosfomicina, ciprofloxacino ou amoxicilina, por exemplo, para eliminar as bactérias e aliviar os sintomas. Veja como é feito o tratamento da cistite.

3. Uretrite

A uretrite é outro tipo de infecção urinária, mas que afeta a uretra, que é o canal por onde a urina é eliminada, causando sintomas como vontade frequente para urinar, dor ou ardor para urinar e corrimento amarelo.

Esse tipo de doença do sistema urinário normalmente é causado por infecções sexualmente transmissíveis, como clamídia, gonorreia, tricomoníase ou herpes, por exemplo, mas também pode surgir devido a traumas ou irritações na uretra.

O que fazer: o tratamento geralmente envolve o uso de antibióticos receitados pelo urologista ou ginecologista, como amoxicilina, eritromicina, ceftriaxona, azitromicina ou metronidazol, por exemplo, o que varia de acordo com o microrganismo causador da infecção. Entenda como é feito o tratamento da uretrite.

4. Nefrite

A nefrite é um tipo de infecção urinária mais grave e acontece quando o agente infeccioso chega aos rins, causando inflamação dos glomérulos renais.

Esse tipo de e leva ao aparecimento de sintomas como vontade urgente para urinar, mas em pequena quantidade, urina turva e com cheiro turva, presença de sangue na urina, dor abdominal e febre.

O que fazer: o tratamento da nefrite é feito pelo clínico geral ou nefrologista, geralmente, com internamento hospitalar e uso de antibióticos aplicados diretamente na veia. Nos casos mais graves, pode-se desenvolver injúria renal, antigamente conhecida como insuficiência renal, podendo ser indicado a hemodiálise. 

5. Insuficiência renal

A insuficiência renal, também chamada de falência renal, é a perda da capacidade do rim de filtrar o sangue e eliminar toxinas do corpo, ficando acumuladas no sangue.

Essa condição pode resultar em doenças, como aumento da pressão arterial e acidose sanguínea, que leva ao aparecimento de alguns sintomas característicos, como falta de ar, palpitações e desorientação, por exemplo.

Como tratar: quando a insuficiência renal é identificada logo que aparecem os primeiros sintomas, é possível revertê-la através do uso de medicamentos indicados pelo urologista ou nefrologista e por meio de mudança nos hábitos alimentares com o objetivo de evitar a sobrecarga renal.

Além disso, em alguns casos pode ser recomendada a realização de hemodiálise para que o sangue seja filtrado e as substâncias acumuladas sejam removidas

Saiba no vídeo a seguir como deve ser a alimentação no tratamento da insuficiência renal:

youtube image - Dieta para tratar a insuficiência renal

6. Doença renal crônica

A doença renal crônica, também chamada de DRC ou insuficiência renal crônica, é a perda progressiva da função do rim que não leva ao aparecimento de sintomas que indiquem a perda de função, sendo apenas percebida quando o rim já encontra-se quase sem função.

Os sintomas de DRC surgem quando a doença já encontra-se em fase mais avançada, podendo causar inchaço nos pés, fraqueza, urina com espuma, coceira no corpo, cãibras e perda do apetite sem causa aparente, por exemplo. Saiba como identificar a doença renal crônica.

Como tratar: o tratamento da DRC é feito, nos casos mais graves, através da hemodiálise para remover as substâncias que encontram-se em excesso no sangue e que não foram devidamente removidas pelos rins. Além disso, pode ser recomendado pelo nefrologista o uso de alguns medicamentos e a mudança na dieta para evitar a sobrecarga renal. Veja como deve ser o tratamento da DRC.

7. Pedra nos rins

As pedras nos rins, também chamadas de cálculos renais, surgem quando são formados cristais de cálcio, estruvita, ácido úrico ou cistina, causando dor intensa nas costas quando se movimentam em direção à bexiga e uretra, ou quando é é muito grande e fica presa nos rins.

Geralmente, a cólica renal causada pelas pedras é acompanhada de outros sintomas, como náuseas, vômitos, dor na virilha ou e presença de sangue na urina. Confira os principais sintomas de pedra nos rins.

A pedra nos rins geralmente são causadas por fatores genéticos, dieta rica em sódio ou oxalatos, beber pouca água ou infecções urinárias recorrentes, por exemplo.

Como tratar: deve-se procurar pronto-socorro imediatamente para fazer analgésicos diretamente na veia para aliviar a dor. Em alguns casos, o médico urologista pode recomendar fazer cirurgia, como litotripsia, ureteroscopia ou nefrolitotomia, para remover ou partir a pedra em pedaços menores para ser eliminada na urina.

Além disso, é importante aumentar o consumo de água e facilitar a eliminação ou a formação das pedras nos rins e ter cuidados com a alimentação, pois dessa forma, além de tratar a pedra já existente, previne o aparecimento de outras. Veja todas as opções de tratamento para a pedra nos rins.

Entenda como deve ser a alimentação para evitar as pedras no rim:

youtube image - Dieta para cada Tipo de Pedra nos Rins

8. Incontinência urinária

A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária da urina e que pode acontecer tanto em homens quanto em mulheres independente da idade.

A incontinência pode acontecer devido ao aumento da pressão na bexiga, que é mais frequente na gravidez, ou devido a alterações nas estruturas musculares que sustentam o assoalho pélvico.

Como tratar: nesses casos, a recomendação é que sejam feitos exercícios para fortalecer a musculatura pélvica e evitar a perda involuntária da urina. Além disso, pode ser indicado o uso de remédios ou cirurgia, nos casos mais graves. Saiba como deve ser feito o tratamento para incontinência urinária.

9. Bexiga neurogênica

A bexiga neurogênica é a incapacidade de controlar a bexiga ou o esfíncter uretral interno, que fica no colo da bexiga, resultando em sintomas como incontinência urinária, sensação de esvaziamento incompleto na urina e, em muitos casos, dor na bexiga.

A bexiga neurogênica pode ser do tipo hipoativa, em que a bexiga não consegue se contrair voluntariamente, e acumula urina, ou hiperativa, em que a bexiga se contrai com facilidade, causando urgência para urinar em horários inapropriados, sendo mais comum nas mulheres.

Como tratar: o tratamento deve ser orientado pelo urologista de acordo com a causa e a gravidade dos sintomas, podendo ser indicada a realização de fisioterapia, uso de remédios como oxibutinina ou tolterodina, passagem de sonda vesical ou, em alguns casos, cirurgia. Veja todas as opções de tratamento para a bexiga neurogênica.

10. Câncer nos rins ou bexiga

Alguns tipos de câncer podem afetar o sistema urinário, como é o que acontece no câncer de bexiga e dos rins, que podem acontecer quando células malignas desenvolvem-se nesses órgãos ou ser foco de metástases.

De forma geral, o câncer de bexiga e de rim causa sintomas como dor e queimação ao urinar, aumento da vontade para urinar, cansaço excessivo, perda de apetite, presença de sangue na urina, aparecimento de massa na região abdominal e perda de peso sem causa aparente.

Como tratar: o tratamento deve ser indicado após identificação do tipo e grau do câncer, podendo ser indicado pelo nefrologista ou oncologista a realização de cirurgia, para remoção do tumor, seguida de quimioterapia ou radioterapia ou imunoterapia.

Em alguns casos pode também ser necessária a realização de transplante renal quando é verificado que o rim está muito prejudicado.

Qual médico consultar?

O diagnóstico das diferentes doenças do sistema urinário pode ser feito por um clínico geral, nefrologista, urologista ou ginecologista, de acordo com os sintomas apresentados.

Normalmente, é indicada a realização de exame de urina e urocultura, para verificar se há qualquer alteração nesses exames e se há infecções.

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Além disso, é recomendada a realização de exames bioquímicos que avaliam a função renal, como a dosagem de ureia e creatinina no sangue.

Pode ser recomendada também a realização da dosagem de alguns marcadores bioquímicos de câncer, como BTA, CEA e NPM22, que normalmente estão alterados no câncer de bexiga, além de exames de imagem que permitem a visualização do sistema urinário.