Displasia: o que é, sintomas, tipos, causas e tratamento

Displasia é a presença de células anormais e/ou desorganizadas em um tecido ou órgão, sendo uma resposta normal das células para sobreviverem quando são agredidas repetidamente. 

Normalmente, a displasia surge devido à inflamação crônica, infecções não tratadas e exposição frequente a substâncias tóxicas. No entanto, também pode acontecer devido a alterações genéticas em alguns casos.

Em caso de displasia, é recomendado consultar um clínico geral ou o médico que indicou a o exame em que a displasia foi identificada. O tratamento depende da sua causa, mas nos casos mais graves, pode ser indicada a remoção por cirurgia.

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Sintomas e tipos de displasia

Os sintomas de displasia variam de acordo com o seu tipo, sendo os principais:

1. Displasia mamária

A displasia mamária é uma alteração benigna que pode surgir no tecido da mama. Embora existam diferentes tipos de displasia mamária, a maioria não aumenta o risco de câncer. Entenda melhor o que é a displasia mamária.

Principais sintomas: nódulos ou cistos na mama, inchaço, vermelhidão e/ou desconforto no local, alterações na pele e saída de secreção pelo mamilo, que podem ser confundidos com câncer de mama em alguns casos.

2. Displasia cleidocraniana

A displasia cleidocraniana é um tipo de displasia esquelética causada por alterações genéticas e que se caracteriza por anormalidades na formação de ossos como os do crânio, clavículas e dentes.

Principais sintomas: atraso no fechamento das moleiras no bebê ou crescimento dos dentes, baixa estatura ou queixo e testa salientes. Veja todos os sintomas da displasia cleidocraniana.

3. Displasia do quadril

A displasia do quadril é uma alteração do desenvolvimento do acetábulo, que é um dos ossos que formam o quadril, e, normalmente, é identificada nos primeiros meses após o nascimento.

Principais sintomas: pernas com diferentes comprimentos ou virada para fora, dificuldade para andar, dor no quadril ou dobras de pele na coxa e na nádega com tamanhos muito diferentes, por exemplo.

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4. Displasia esquelética

A displasia esquelética, ou displasia óssea, corresponde a um grupo de doenças genéticas raras que incluem a displasia cleidocraniana, acondroplasia e a osteogênese imperfeita, por exemplo.

Este tipo de displasia é caracterizado por alterações no desenvolvimento dos ossos, ligamentos e cartilagens, afetando especialmente os ossos das pernas, braços, tórax, crânio e/ou coluna.

Principais sintomas: braços ou pernas com tamanhos diferentes, baixa estatura, fraturas ou deformidades ósseas.

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5. Displasia broncopulmonar

A displasia broncopulmonar é a complicação mais comum da prematuridade, afetando, principalmente, bebês nascidos antes das 29 semanas de gravidez e levando ao desenvolvimento anormal dos pulmões. Saiba as principais complicações do parto prematuro.

Principais sintomas: respiração acelerada, chiado no peito, dificuldade para respirar, falta de ar ou dificuldade para mamar.

6. Displasia fibrosa

A displasia fibrosa é um tipo de tumor ósseo benigno que pode afetar um ou mais ossos do corpo e consiste no desenvolvimento de um tecido fibroso anormal no lugar do tecido ósseo saudável. 

Principais sintomas: embora normalmente não cause sintomas, esse tipo de displasia pode causar enfraquecimento do osso afetado, provocando dor, fraturas e/ou deformidades, por exemplo, e podendo ser confundida com câncer nos ossos em alguns casos. 

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7. Displasia do colo do útero

A displasia do colo do útero, ou displasia cervical, é o crescimento anormal de células na superfície do colo uterino.

Normalmente, é causada por alguns tipos de papilomavírus humano (HPV), sendo identificada em exames como o papanicolau. Entenda para que serve o papanicolau e o resultado.

Principais sintomas: a displasia do colo do útero geralmente não causa sintomas, sendo detectada através do exame ginecológico em que podem ser detectadas verrugas ou feridas no colo do útero.

Como identificar a displasia

A displasia normalmente é identificada pela análise do tecido em que se suspeita existirem alterações celulares, o que é feito por meio de exames, como o papanicolau, punção aspirativa por agulha fina (PAAF) ou biópsia, indicados pelo clínico geral ou médico especialista.  

Caso deseje marcar uma consulta, é possível encontrar o médico mais próximo de você utilizando a ferramenta abaixo:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

A displasia é confirmada quando se verifica no microscópio a presença de alterações como desorganização das células do tecido, multiplicação e/ou aparência anormal das células.

Possíveis causas

As principais causas de displasia são:

  • Inflamação crônica de tecidos;
  • Exposição a substâncias tóxicas e/ou cancerígenas, como fumaça, benzeno e altos níveis de oxigênio;
  • Infecções, como pelo HPV;
  • Alterações genéticas, como em caso de doenças genéticas e alguns tumores.

A displasia é causada principalmente por desequilíbrios no ambiente celular, que fazem com que as células sofram alterações na sua aparência e/ou organização como uma forma de adaptação para sobreviver.  

Displasia é câncer?

A displasia não é câncer. No entanto, especialmente quando a sua causa não é eliminada, existe o risco das alterações nas células se agravarem, podendo evoluir para câncer em alguns casos. 

Como é feito o tratamento

O tratamento da displasia depende da sua causa e, especialmente nos casos em que existe um tratamento, a displasia tende a desaparecer na medida em que a causa é eliminada.

No entanto, dependendo da gravidade das alterações verificadas e nos casos em que é permanente, o médico pode indicar a remoção da displasia por meio de cirurgia e/ou medicamentos específicos para aliviar os sintomas.

Especialmente no caso da displasia do quadril, o médico também pode indicar o uso de dispositivos ortopédicos e a colocação de gessos para permitir o desenvolvimento adequado da articulação em alguns casos.