O Difosfato de cloroquina é um medicamento indicado para o tratamento da malária causada por Plasmodium vivax, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale, amebíase hepática, artrite reumatoide, lúpus e doenças que provocam sensibilidade dos olhos à luz.
Este medicamento pode ser comprado em farmácias, mediante a apresentação de receita médica.

Como usar
A posologia de cloroquina depende da doença que se pretende tratar. Os comprimidos devem ser ingeridos após as refeições, de forma a evitar náuseas e vômitos.
1. Malária
A dose recomendada é de:
- Crianças de 4 a 8 anos: 1 comprimido por dia, durante 3 dias;
- Crianças de 9 a 11 anos: 2 comprimidos por dia, durante 3 dias;
- Crianças de 12 a 14 anos: 3 comprimidos no primeiro dia, e 2 comprimidos no segundo e terceiro dia;
- Crianças com mais de 15 anos e adultos até aos 79 anos: 4 comprimidos no primeiro dia, e 3 comprimidos no segundo e terceiro dia;
O tratamento da malária causada por P. vivax e P. ovale com cloroquina, deve ser associado com a primaquina, durante 7 dias para crianças entre os 4 e 8 anos e 7 dias para crianças com mais de 9 anos e adultos.
Não há um número de comprimidos de cloroquina adequado para crianças com peso corporal abaixo de 15 kg, pois as recomendações terapêuticas incluem comprimidos fracionados.
2. Lúpus eritematoso e artrite reumatoide
A dose máxima recomendada em adultos é de 4 mg/Kg por dia, durante um a seis meses, dependendo da resposta do tratamento.
3. Amebíase hepática
A dose recomendada em adultos é de 600 mg de cloroquina no primeiro e segundo dias, seguidos de 300 mg por dia, por duas a três semanas.
Em crianças, a dose recomendada é de 10 mg/Kg/dia de cloroquina, durante 10 dias ou a critério médico.
A cloroquina é recomendada para o tratamento da infecção pelo coronavírus?
A cloroquina não é recomendada para o tratamento da infecção pelo novo coronavírus, porque foi demonstrado em vários ensaios clínicos realizados em doentes com COVID-19, que este medicamento aumentava a frequência de efeitos colaterais graves, assim como da mortalidade, não tendo demonstrado efeitos benéficos no seu uso, o que levou à suspensão de ensaios clínicos que estavam a decorrer com o medicamento.
Porém, os resultados destes ensaios estão a ser analisados, de forma a perceber a metodologia e a integridade dos dados.
De acordo com a Anvisa, a compra de cloroquina na farmácia continua a ser permitida, mas apenas para pessoas com receitas médicas sujeitas a controle especial, para as indicações referidas acima ou que já eram indicação do medicamento, antes da pandemia de COVID-19.
Veja os resultados dos estudos feitos com a cloroquina para tratar a COVID-19 e outros remédios que também estão sendo investigados.
Quem não deve usar
Este medicamento não deve ser usado em pessoas que tenham hipersensibilidade a qualquer um dos componentes presentes na fórmula, pessoas com epilepsia, miastenia gravis, psoríase ou outra doença esfoliativa.
Além disso, não deve ser usado para tratar a malária em pessoas com porfiria cutânea tardia e deve ser usado com cautela em pessoas com doença hepática e distúrbios gastrointestinais, neurológicos e sanguíneos.
Possíveis efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer com o uso de cloroquina são dor de cabeça, enjoo, vômitos, diarreia, dor de barriga, coceira, irritação e manchas avermelhadas na pele.
Além disso, pode também ocorrer confusão mental, convulsões, queda da pressão sanguínea, alterações no electrocardiograma e visão dupla ou borrada.