6 causas de candidíase (e o que fazer)

Revisão médica: Drª. Sheila Sedicias
Ginecologista
novembro 2022

A candidíase genital é uma doença infecciosa causada pelo fungo Candida albicans que é encontrado naturalmente no organismo, principalmente na região íntima de homens e mulheres, sem causar qualquer sinal ou sintoma.

No entanto, quando há aumento da quantidade desse fungo, é possível que surjam sinais e sintomas de infecção, como dor e ardor ao urinar, coceira na região íntima e dor ou desconforto durante a relação sexual, por exemplo.

A candidíase pode acontecer devido a diversas situações que podem provocar desequilíbrio da microbiota genital, como estresse, uso de antibióticos e alterações hormonais, por exemplo, sendo importante que o ginecologista ou urologista seja consultado para que possa ser iniciado o tratamento mais adequado. Conheça mais sobre a candidíase.

Imagem ilustrativa número 7

Principais causas

As principais causas de desequilíbrio da microbiota genital e aumento do risco de candidíase são:

1. Uso de roupa íntima sintética ou muito apertada

O uso de roupa íntima de tecido sintético e/ou de calças, bermudas ou shorts muito apertados podem aumentar o risco de candidíase porque impedem a ventilação da região genital, o que faz com que fique mais úmida e que a temperatura nessa região fique mais elevada, favorecendo a proliferação do fungo.

Assim, é importante usar roupas íntimas de algodão e roupas mais leves e menos apertadas para que seja possível haver ventilação correta, evitando o desbalanço da microbiota genital.

2. Uso recente de antibióticos

Os antibióticos de amplo espectro são usados para combater infecções, porém, além de eliminar as bactérias à que se propõem, eles também diminuem o número de “bactérias boas” que são as responsáveis por impedir o crescimento dos fungos. Dessa forma, há um desbalanço da microbiota genital, permitindo o desenvolvimento do fungo Candida albicans, resultando em infecção.

3. Diabetes descompensada

A diabetes descompensada é também uma das causas de candidíase, porque nesse caso há grande quantidade de açúcar circulante no sangue, o que é um fator que pode favorecer o desenvolvimento de fungos na região genital.

Dessa forma, pessoas com diabetes não tratada podem ter candidíase de forma recorrente. Por isso, é importante que o tratamento para diabetes com uso de medicamentos e/ou injeções de insulina, seja feito de acordo com a orientação do endocrinologista.

4. Estresse e ansiedade

O excesso de estresse e a ansiedade são capazes de diminuir a resposta do sistema imunológico para defender o organismo e, por isso, durante períodos de grande pressão é comum haver o desbalanço da microbiota e o desenvolvimento de infecções, incluindo a candidíase.

5. Alterações hormonais

As alterações hormonais comuns durante a gravidez e na menopausa, por exemplo, também facilitam o desenvolvimento de fungos que provocam a candidíase.

6. Doenças autoimunes

Embora seja uma das causas menos frequentes do desenvolvimento de candidíase, a presença de uma doença autoimune, como lúpus, artrite reumatoide ou mesmo a terapia imunossupressora devido ao HIV ou ao câncer, podem causar a candidíase.

Em todo o caso é aconselhado consultar um ginecologista ou urologista para identificar as possíveis causas da candidíase e indicar o tratamento mais adequado.

Veja no vídeo a seguir como a alimentação pode ajudar a curar a candidíase mais rápido:

O que fazer

Para evitar a candidíase genital, é importante manter uma boa higiene íntima, evitar roupas muito apertadas, usar roupa íntima de algodão e deixar a região sempre bem seca.

Além disso, no caso da candidíase estar relacionada com a diabetes descompensada, por exemplo, é importante que o tratamento da diabetes seja seguido de acordo com a orientação médica, pois dessa forma é possível diminuir os níveis de açúcar circulantes e prevenir infecções.

Para aliviar os sintomas de candidíase, o médico pode indicar o uso de pomadas, cremes ou comprimidos antifúngicos para combater o excesso de fungos e aliviar os sintomas. Veja mais detalhes do tratamento para candidíase.

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Escrito por Marcelle Pinheiro - Fisioterapeuta. Atualizado por Karla S. Leal - Nutricionista, em novembro de 2022. Revisão médica por Drª. Sheila Sedicias - Ginecologista, em janeiro de 2020.

Bibliografia

  • ALVARES, Cassiana Aparecida; ESTIVALET SVIDZINSKILL, Teresinha Inez; CONSOLARO, Márcia Edilaine Lopes. . Candidíase vulvovaginal: fatores predisponentes do hospedeiro e virulência das leveduras. J. Bras. Patol. Med. Lab. 43. 5; 319-327, 2007
Revisão médica:
Drª. Sheila Sedicias
Ginecologista
Médica mastologista e ginecologista formada pela Universidade Federal de Pernambuco, em 2008 com registro profissional no CRM PE 17459.

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