A vacina antitetânica é indicada para prevenir contra o tétano neonatal e acidental em crianças e adultos, evitando sintomas como febre, rigidez do pescoço e espasmos musculares, por exemplo.

O tétano é uma doença causada pela bactéria Clostridium tetani, que pode ser encontrada em vários ambientes e, quando presente no organismo, produz uma toxina que pode atingir o sistema nervoso, gerando os sintomas.

A vacina antitetânica estimula o organismo a produzir anticorpos contra o tétano, sendo disponibilizada gratuitamente pelo SUS nos postos de saúde e faz parte do calendário de vacinação do Plano Nacional de Imunização.

Para que serve a vacina antitetânica

A vacina antitetânica é indicada para prevenir o tétano acidental e neonatal, uma doença que acontece quando se entra em contato com os esporos da bactéria Clostridium tetani.

Uma vez que os esporos da bactéria penetram no corpo, ocorre a produção de toxinas que podem afetar o sistema nervoso, resultando nos sintomas do tétano.

Vacina antitetânica após ferimento

De um modo geral, a vacina antitetânica deve ser administrada se a pessoa estiver com esquema vacinal incompleto ou desatualizado.

A necessidade de aplicar uma dose de reforço da vacina antitetânica após um ferimento, varia conforme o histórico vacinal da pessoa e a gravidade da lesão.

Em adolescentes, adultos e idosos, é indicado um reforço da vacina a cada 10 anos, após o esquema completo de três doses.

Já em casos de ferimentos graves, o reforço da vacina deve ser antecipado para 5 anos após a última dose.

Principais tipos

Os principais tipos de vacina antitetânica são:

1. Vacina penta (DTP+Hib+HB)

A vacina penta é indicada pelo Ministério da saúde no primeiro ano de vida do bebê, em três doses, aos 2, 4 e 6 meses.

Esta vacina previne contra o tétano, a difteria, a coqueluche e infecções causadas por Haemophilus influenzae B e hepatite B.

2. Vacina DTP

A vacina DTP, ou tríplice bacteriana, faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, sendo recomendada como dose de reforço aos 15 meses e 4 anos da criança.

Esta vacina previne o tétano, a difteria e a coqueluche.

3. Vacina dT

A vacina dT, também chamada de dupla adulto, é indicada pelo Ministério da Saúde para proteger contra a difteria e o tétano.

Essa vacina é indicada para completar esquemas em atraso e para doses de reforço para pessoas a partir dos 7 anos, incluindo adolescentes, adultos e idosos.

4. Vacina DTPa

A vacina DTPa, também conhecida como tríplice bacteriana acelular, protege contra o tétano, difteria e coqueluche, sendo indicada pelo Ministério da Saúde, em dose única, para mulheres grávidas a partir da 20ª semana.

Essa vacina também pode substituir a vacina dT e também pode ser recomendada para profissionais de saúde, parteiras tradicionais e estagiários que atuam com recém-nascidos.

5. Vacina DTPw

A vacina DTPw, também conhecida como vacina tríplice bacteriana de células inteiras, também protege contra tétano, difteria e coqueluche.

Existe também a vacina DTPw/HB/Hib, que inclui a tríplice bacteriana de células inteiras junto com a vacina contra a hepatite B e contra infecções causadas por Haemophilus influenzae tipo b (Hib).

Esta vacina pode substituir a vacina dT, em bebês aos 2, 4 e 6 meses, conforme a Sociedade Brasileira de Imunizações.

Quando tomar a vacina antitetânica

A vacina antitetânica é indicada a partir dos 2 meses de acordo com o seguinte esquema:

1ª dose (vacina penta ou DTPa ou DTPw): 2 meses de idade;
2ª dose (vacina penta ou DTPa ou DTPw): 4 meses de idade;
3ª dose (vacina penta ou DTPa ou DTPw): 6 meses de idade;
1º Reforço (vacina DTP ou DTPa ou DTPw): entre 15 e 18 meses;
2º Reforço (vacina dT ou DTPa ou DTPw): entre 4 e 6 anos.

Após a última dose de reforço, é indicado 1 dose de reforço da vacina antitetânica a cada 10 anos, a partir dos 7 anos.

No caso das pessoas com o esquema vacinal incompleto, é recomendado tomar uma dose da vacina DTPa em qualquer momento e completar com a vacina dT.

Já no caso das pessoas não vacinadas ou que não se recordam do esquema vacinal, é indicado 3 doses da vacina de acordo com a orientação do posto de vacinação.

Intervalo entre as doses

O intervalo entre as doses da vacina antitetânica varia de acordo com a idade da pessoa, podendo ser entre 2 meses a 10 anos.

Reações da vacina antitetânica

As reações mais comuns da vacina antitetânica são dor, aumento da sensibilidade, leve inchaço e vermelhidão no local da injeção.

Após a administração da vacina, a pessoa pode sentir o braço pesado ou dolorido, no entanto esses efeitos passam ao longo do dia. Caso não haja alívio do sintoma, é recomendado passar um pouco de gelo no local para que seja possível a melhora.

Em casos mais raros podem surgir outros efeitos, como febre, sonolência, vômito, náuseas, mal-estar e reação no local intensa, que compromete todo o braço.

Outra complicação mais séria e rara que pode surgir é a inflamação dos nervos do braço, que causa dor constante, intensa e profunda na parte superior do braço e cotovelo. Essa condição também pode causar fraqueza e atrofia muscular após dias ou semanas, podendo haver perda da sensibilidade no local.

Quem não deve usar

A vacina antitetânica é contraindicada para pessoas com infecção aguda com febre alta, e pessoas que apresentam alergia a qualquer componente da fórmula da vacina.

A vacina também é contraindicada se a pessoa apresentar alguma reação às doses anteriores, como eventos neurológicos, convulsão, encefalopatia ou choque anafilático após a administração da vacina.

Vacina antitetânica: quando tomar (e reações)