Vacina do sarampo: quando tomar e possíveis efeitos colaterais

Atualizado em outubro 2023

A vacina contra o sarampo deve ser administrada no bebê aos 12 meses e a segunda dose entre os 15 e os 24 meses e tem como objetivo prevenir o desenvolvimento da doença. Essa vacina pode ser dada através da vacina tríplice viral, que protege também contra a caxumba e a rubéola, ou da vacina tetra viral, que também protege contra a catapora (varicela).

Estas vacinas estimulam o sistema imune, favorecendo a formação de anticorpos contra os vírus que as compõem, prevenindo a infecção e/ ou o desenvolvimento de sintomas mais graves da doença. Todos os anos o Ministério da Saúde lança campanhas nacionais de vacinação para ampliar o acesso às vacinas e proteger o maior número de pessoas possível.

O sarampo é uma doença infecciosa causada por vírus que provoca sintomas como manchas vermelhas na pele que não coçam ou causam desconforto, febre, tosse persistente e cansaço excessivo. Conheça mais sobre o sarampo.

Imagem ilustrativa número 1

Quando tomar

As vacinas tríplice viral e tetra viral são injetáveis e são recomendadas de acordo com o esquema estabelecido no Calendário Nacional de Vacinação:

  • Bebês com mais de 12 meses: 2 doses da vacina contendo o componente sarampo, sendo a 1ª dose aos 12 meses com a vacina tríplice viral (SCR) e a 2ª dose aos 15 meses ou até os 24 meses com vacina tetra viral (SCR-V). Crianças não vacinadas aos 15 meses de idade poderão receber a vacina tetra viral até 4 anos 11 meses e 29 dias;
  • Crianças a partir dos 5 anos e adolescentes até 12 anos não vacinados ou com esquema vacinal incompleto: 2 doses da vacina tríplice viral (SCR), com um intervalo mínimo de 3 meses entre as doses;
  • Adolescentes com mais de 13 anos e adultos até 29 anos de idade não vacinados ou com esquema vacinal incompleto: 2 doses da vacina tríplice viral, com um intervalo mínimo de 1 mês entre as doses;
  • Adultos de 30 a 59 anos de idade: 1 dose de tríplice viral, se ainda não estiverem vacinadas.

A vacinação com a tríplice viral, pode ser recomendada para ser aplicada a partir dos 6 meses, nos casos de surto epidemiológico de sarampo e/ou caxumba.

Após completar o esquema, o efeito protetor da vacinação é duradouro e na maioria dos casos, se mantém por toda a vida. Confira quais as vacinas fazem parte do calendário de vacinação da criança.

Possíveis efeitos colaterais

De modo geral, as vacinas tríplice viral e tetra viral são bem toleradas e provocam poucas reações. No entanto, algumas pessoas podem ter vermelhidão e dor no local da aplicação da vacina.

Além disso, no caso de alergia a qualquer um dos componentes da vacina, é possível também ser notado o aparecimento de sintomas semelhantes ao do sarampo, como dor muscular, cansaço excessivo e manchas no corpo, porém em menor intensidade. Nesse caso, é fundamental que o pediatra seja consultado para que seja feita uma avaliação. Saiba reconhecer os sintomas de sarampo.

Quando não é indicada

As vacinas tríplice viral e tetra viral são contraindicadas nas seguintes situações:

  • Reação grave à dose anterior da vacina;
  • Crianças menores de 5 anos de idade com imunodepressão grave por pelo menos 6 meses, ou com sintomas graves de imunossupressão;
  • Mulheres grávidas não vacinadas ou com esquema incompleto para o sarampo, sendo recomendada que a vacinação seja agendada para o pós-parto.

Por precaução, a administração da vacinação contra o sarampo viral deve ser adiada nas seguintes situações:

  • Doenças agudas febris moderadas ou graves - recomenda-se adiar a vacinação até resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença;
  • Após uso de imunoglobulina, sangue e derivados à vacinação - deverá ser adiada por 3 a 11 meses, dependendo do hemoderivado e da dose administrada, devido ao possível prejuízo na resposta imunológica;
  • As crianças em uso de drogas imunossupressoras ou de biológicos devem ser avaliadas nos CRIE e quando for o caso, vaciná-las;
  • Crianças em uso de corticosteroides em doses imunossupressoras devem ser vacinadas com intervalo de pelo menos 1 mês após a suspensão da droga;
  • Crianças em uso de quimioterapia antineoplásica só devem ser vacinadas 3 meses após a suspensão do tratamento;
  • Transplantados de medula óssea recomenda-se vacinar com intervalo de 12 a 24 meses após o transplante para a primeira dose.

É importante que antes de realizar a vacinação, o pediatra seja consultado para que a criança seja avaliada e, assim, seja liberada para a vacinação.