Vacina do sarampo: quando tomar e possíveis efeitos colaterais

Pediatra e Pneumologista infantil
outubro 2022

A vacina contra o sarampo deve ser administrada aos 12 meses e a segunda dose entre os 15 e os 24 meses e tem como objetivo prevenir o desenvolvimento da doença. Essa vacina pode ser dada através da vacina tríplice viral, que protege também contra a caxumba e a rubéola, ou da vacina tetra viral, que também protege contra a catapora (varicela).

Estas vacinas estimulam o sistema imune, favorecendo a formação de anticorpos contra os vírus que as compõem, prevenindo a infecção e/ ou o desenvolvimento de sintomas mais graves da doença. Todos os anos o Ministério da Saúde lança campanhas nacionais de vacinação para ampliar o acesso às vacinas e proteger o maior número de pessoas possível.

O sarampo é uma doença infecciosa causada por vírus que provoca sintomas como manchas vermelhas na pele que não coçam ou causam desconforto, febre, tosse persistente e cansaço excessivo. Conheça mais sobre o sarampo.

Imagem ilustrativa número 1

Quando tomar

As vacinas tríplice viral e tetra viral são injetáveis e são recomendadas de acordo com o esquema estabelecido no Calendário Nacional de Vacinação:

  • Pessoas de 12 meses até 29 anos de idade: devem receber duas doses da vacina contendo o componente sarampo, sendo a primeira dose aos 12 meses com a tríplice viral e a segunda dose aos 15 meses com a tetra viral. Crianças não vacinadas aos 15 meses de idade poderão receber a vacina tetra viral até 4 anos 11 meses e 29 dias. A partir dos 5 anos, o esquema vacinal deve ser feito com a tríplice viral.
  • Pessoas de 30 a 59 anos de idade: devem receber uma dose de tríplice viral, se ainda não estiverem vacinadas.

Após completar o esquema, o efeito protetor da vacinação é duradouro e na maioria dos casos, se mantém por toda a vida. Confira quais as vacinas fazem parte do calendário de vacinação da criança.

Possíveis efeitos colaterais

De modo geral, as vacinas tríplice viral e tetra viral são bem toleradas e provocam poucas reações. No entanto, algumas pessoas podem ter vermelhidão e dor no local da aplicação da vacina.

Além disso, no caso de hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da vacina, é possível também ser notado o aparecimento de sintomas semelhantes ao do sarampo, como dor muscular, cansaço excessivo e manchas no corpo, porém em menor intensidade. Nesse caso, é fundamental que o pediatra seja consultado para que seja feita uma avaliação. Saiba reconhecer os sintomas de sarampo.

Quando não é indicada

As vacinas tríplice viral e tetra viral são contraindicadas nas seguintes situações:

  • Reação grave à dose anterior da vacina;
  • Crianças menores de 5 anos de idade com imunodepressão grave por pelo menos 6 meses, ou com sintomas graves de imunossupressão;
  • Mulheres grávidas não vacinadas ou com esquema incompleto para o sarampo, sendo recomendada que a vacinação seja agendada para o pós-parto.

Por precaução, a administração da vacinação contra o sarampo viral deve ser adiada nas seguintes situações:

  • Doenças agudas febris moderadas ou graves - recomenda-se adiar a vacinação até resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença;
  • Após uso de imunoglobulina, sangue e derivados à vacinação - deverá ser adiada por 3 a 11 meses, dependendo do hemoderivado e da dose administrada, devido ao possível prejuízo na resposta imunológica;
  • As crianças em uso de drogas imunossupressoras ou de biológicos devem ser avaliadas nos CRIE e quando for o caso, vaciná-las;
  • Crianças em uso de corticosteroides em doses imunossupressoras devem ser vacinadas com intervalo de pelo menos 1 mês após a suspensão da droga;
  • Crianças em uso de quimioterapia antineoplásica só devem ser vacinadas 3 meses após a suspensão do tratamento;
  • Transplantados de medula óssea recomenda-se vacinar com intervalo de 12 a 24 meses após o transplante para a primeira dose.

É importante que antes de realizar a vacinação, o pediatra seja consultado para que a criança seja avaliada e, assim, seja liberada para a vacinação.

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Escrito por Marcelle Pinheiro - Fisioterapeuta. Atualizado por Marcela Lemos - Biomédica, em outubro de 2022. Revisão médica por Dr.ª Sani Santos Ribeiro - Pediatra e Pneumologista infantil, em outubro de 2020.

Bibliografia

  • SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) – SCR. Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacina-triplice-viral-sarampo-caxumba-e-rubeola-scr>. Acesso em 24 out 2022
  • SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Sarampo. Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/doencas/sarampo>. Acesso em 24 out 2022
Revisão médica:
Dr.ª Sani Santos Ribeiro
Pediatra e Pneumologista infantil
Médica formada pela Universidade Federal do Rio Grande com CRM nº 28364 e especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

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