Silicone no glúteo: como é feita a cirurgia e possíveis riscos

Colocar silicone no glúteo é uma forma bastante popular de aumentar o tamanho do bumbum e melhorar a forma do contorno corporal.

Foto doutora realizando uma consulta
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Esta cirurgia normalmente é feita com anestesia peridural e, por isso, o tempo de internamento pode variar entre 1 a 2 dias, embora uma boa parte dos resultados possam ser vistos logo após a cirurgia.

A cirurgia para a colocação da prótese de silicone nos glúteos apresenta riscos como em qualquer outra cirurgia, mas quando o procedimento é realizado num local seguro como numa clínica ou num hospital por uma equipe especializada com cirurgiões bem treinados, esses riscos podem ser diminuídos.

Imagem ilustrativa número 1

Como é feita a cirurgia

A cirurgia é feita sob anestesia peridural e sedação, e demora entre 1h30 a 2 horas, sendo feita com uma incisão entre o sacro e o cóccix ou na prega glútea. O cirurgião deverá introduzir a prótese através de uma abertura entre 5 e 7 cm moldando-a conforme a necessidade.

Em geral, a seguir, fecha-se o corte com pontos internos e usa-se uma coloca especial para cirurgia plástica para que não fique nenhuma cicatriz.

O médico deverá colocar a cinta modeladora logo após a cirurgia e esta deve permanecer em uso por aproximadamente 1 mês, devendo ser retirada somente para que o indivíduo faça suas necessidades fisiológicas e para o banho.

Além disso, é recomendado que seja feito o uso de medicamentos analgésicos por cerca de 1 mês, para aliviar as dores, e que seja realizada 1 sessão de drenagem linfática manual por semana para eliminar o inchaço e as toxinas, favorecendo a recuperação e a cicatrização.

Cuidados antes e após a cirurgia

Antes de colocar o silicone no glúteo é necessário realizar exames para verificar a saúde geral da pessoa e certificar-se que este está dentro do seu peso ideal.

Após a cirurgia, deve-se ficar de barriga para baixo aproximadamente 20 dias, e dependendo do trabalho do indivíduo ele poderá voltar às suas atividades habituais em 1 semana, mas evitando esforços. A atividade física pode ser reiniciada após 4 meses da cirurgia, de forma lenta e gradual.

Possíveis riscos da cirurgia

Como em toda cirurgia, a colocação de silicone no glúteo também apresenta alguns riscos, sendo os principais: 

1. Embolia pulmonar

A embolia ocorre quando um coágulo de sangue ou de gordura, por exemplo, se desloca através da corrente sanguínea e chega até aos pulmões, bloqueando a passagem do ar. Saiba mais sobre a embolia pulmonar.

2. Infecção

A infecção local pode surgir se o material não estiver devidamente esterilizado ou se houver descuidos durante a cirurgia. Esse risco é reduzido quando a cirurgia é realizada num ambiente adequado, como na clínica ou hospital.

3. Rejeição da prótese

Há ainda o risco de rejeição da prótese, mas isto ocorre em menos de 7% dos indivíduos, embora neste caso seja preciso remover a prótese para solucionar o problema.

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4. Abertura dos pontos

Para a colocação de prótese no glúteo são realizados cortes na pele e no músculo, e neste caso pode haver a abertura dos pontos, que é uma situação mais comum e que precisa ser tratada com uso de aparelhos próprios da fisioterapia dermato funcional ou reparo da cirurgia. No entanto é comum que o local fique esbranquiçado e com cicatriz. Esta abertura é mais comum quando há formação de líquido.

5. Acúmulo de líquido

Assim como acontece em qualquer cirurgia, também pode haver acúmulo de líquido no glúteo, formando uma região mais alta e cheia de líquido, cientificamente chamada de seroma. O mais comum é que seja apenas líquido, sem pus, o que pode ser facilmente drenado com uma seringa, pelo médico ou enfermeiro. 

Esse líquido é mais facilmente formado quando são realizadas ao mesmo tempo a cirurgia para colocação do silicone e também a lipoaspiração das costas e laterais do corpo, para que o resultado fique mais harmonioso, e por isso não é recomendado realizar a gluteoplastia juntamente com a lipoaspiração.

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6. Assimetria do glúteo

Dependendo de como o silicone é implantado no glúteo, um lado pode ficar diferente do outro, o que pode ser observado com a musculatura relaxada, ou mais frequentemente, com os glúteos contraídos. A diminuição desse risco depende da experiência do cirurgião e para solucionar esse problema pode ser preciso fazer uma correção com outra cirurgia.

7. Fibrose

A fibrose é uma complicação comum após uma cirurgia plástica, que faz com que se formem pequenos 'caroços' por baixo da pele, que podem ser facilmente observadas com a pessoa de pé ou deitada. Para eliminar pode-se recorrer a fisioterapia dermato funcional, que utiliza aparelhos específicos para eliminar estes pontos de fibrose.

8. Contratura da prótese

Especialmente quando o silicone é colocado por baixo da pele e por cima do músculo pode ser que o corpo reaja formando uma cápsula que envolve toda a prótese, o que permite a sua movimentação por qualquer pessoa, podendo inclusive virar a prótese de silicone ou movê-la para os lados ou para baixo. Para diminuir esse risco é mais aconselhado escolher uma outra técnica onde o silicone é colocado por dentro do músculo e conversar sobre isso com o médico.

9. Compressão do nervo ciático

Pro vezes o nervo ciático que vai desde o final da coluna até o calcanhar, pode ser comprimido causando intensa dor nas costas com sensação de ardência ou incapacidade de se movimentar. Nesse caso o médico deve avaliar para verificar como pode descomprimir o nervo mas para melhorar os sintomas pode indicar injeções de cortisona, por exemplo.

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Quando se pode observar os resultados

Os resultados da cirurgia para a colocação da prótese de silicone no glúteo são vistos imediatamente após a cirurgia. Mas como a área poderá estar muito inchada, somente após 15 dias, quando o inchaço diminuir consideravelmente é que a pessoa poderá  observar melhor os resultados definitivos. O resultado final deverá ser visível apenas cerca de 2 meses após a colocação da prótese.

Além das próteses de silicone, existem outras opções cirúrgicas para aumentar o bumbum, como é o caso da lipoenxertia, uma técnica que usa a gordura do próprio corpo para preencher, definir e dar volume aos glúteos.