Transtorno de estresse pós-traumático: o que é, sintomas e tratamento

Atualizado em janeiro 2023

O transtorno do estresse pós traumático é uma síndrome psicológica em que a pessoa fica "revivendo" algum acontecimento traumático do passado, como ter participado de uma guerra, um assalto ou ter sofrido abuso sexual, por exemplo.

Apesar de o medo ser uma reação normal do organismo durante e após situações de trauma, o estresse pós-traumático causa um medo excessivo e constante, que impede a pessoa de realizar as atividades do dia a dia, mesmo depois de vários meses ou anos.

O estresse pós traumático pode trazer consequências para a vida da pessoa, incluindo problemas com a família, amigos ou no trabalho, além de haver uma maior possibilidade para o abuso de substâncias. Por isso, é importante que o psicólogo seja consultado quando os sintomas de estresse pós-traumático forem notados.

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Principais sintomas

Alguns sintomas que podem indicar estresse pós traumático são:

  • Recordações intensas;
  • Aumento da frequência cardíaca e transpiração excessiva;
  • Pensamentos assustadores e/ou pesadelos constantes;
  • Ansiedade frequente;
  • Dificuldade para dormir;
  • Ataques de raiva;
  • Evitar ir a lugares que recordem a situação traumática;
  • Evitar pensar ou falar sobre o ocorrido;
  • Sentir menor interesse por atividades agradáveis e que causam prazer;
  • Sentir culpa;
  • Pensamentos negativos sobre si mesmo.

Estes sintomas devem estar presentes por pelo menos 1 mês e não serem causados por outra possível doença orgânica para que possa ser considerado o diagnóstico do estresse pós-traumático.

Causas do estresse pós traumático

O transtorno do estresse pós traumático pode surgir desde os 6 anos de idade até a vida adulta, sendo normalmente associado a situações como:

  • Ter vivido um evento traumático;
  • Ser exposto repetidamente a detalhes de um evento traumático, como viver junto de um hospital e ver as ambulâncias com pessoas feridas, por exemplo;
  • Presenciar um evento traumático que aconteceu com outra pessoa (sequestro ou agressão, por exemplo);
  • Saber sobre um evento traumático que aconteceu com alguém próximo.

Estes transtornos são mais frequentes em mulheres e quando o evento traumático está relacionado com lesões físicas como espancamentos, queimaduras e violência sexual, por exemplo.

Como confirmar o diagnóstico

O principal fator para diagnosticas o transtorno de estresse pós-traumático é o antecedente de um evento traumático que tenha posto a vida em risco, o que deve ser avaliado por um psicólogo ou psiquiatra.

Além disso, o psiquiatra pode solicitar outras avaliações para descartar doenças orgânicas como o abuso de álcool e de substâncias e outros transtornos psicológicos, como depressão ou síndrome do pânico, os quais podem ter sintomas similares ao do estresse pós-traumático.

Como é feito o tratamento

O tratamento do estresse pós-traumático deve ser sempre orientado e avaliado por um psicólogo ou psiquiatra, pois precisa ser adaptado a cada pessoa. Na maior parte dos casos, o tratamento é iniciado com sessões de psicoterapia, através do método de terapia cognitivo-comportamental, de exposição e de dessensibilização, que deve começar o mais rápido possível e ser curta, durando em média 12 sessões.

O psiquiatra também pode recomendar o uso de medicamentos como os inibidores seletivos da recaptura de serotonina, como a sertralina e a paroxetina, os quais ajudam a aliviar os sintomas do transtorno do sono e ataques de pânico, além de betabloqueadores, como o propranolol para aliviar os sintomas de ansiedade.