O transtorno do estresse pós traumático é uma síndrome psicológica e que a pessoa refere "reviver" algum acontecimento do passado, como ter participado de uma guerra ou assalto ou ter sofrido um abuso sexual, por exemplo.
Apesar de que o medo é uma reação normal do organismo, durante e após essas situações, o estresse pós-traumático pode causar um medo excessivo e constante para realizar as atividades do dia a dia, como ir ao supermercado ou ficas sozinho em casa vendo televisão, mesmo quando não existe perigo aparente.
Este transtorno pode trazer consequências para a vida da pessoa, incluindo problemas com a família, amigos e no trabalho ou na escola, além de haver uma maior possibilidade de abuso de substâncias. Por isso, é importante que o psicólogo seja consultado quando os sintomas de estresse pós-traumático forem notados.

Principais sintomas
Alguns sintomas que podem ajudar a identificar se alguém está com estresse pós traumático são:
- Recordações intensas, o que pode aumentar a frequência cardíaca e haver transpiração excessiva;
- Ter pensamentos assustadores ou pesadelos constantes;
- Ansiedade frequente;
- Dificuldade para dormir;
- Ter ataques de raiva;
- Evitar ir a lugares que recordem a situação traumática;
- Evitar pensar em falar sobre o ocorrido;
- Sentir menor interesse por atividades agradáveis e que causam prazer;
- Sentir culpa;
- Pensamentos negativos sobre si mesmo.
Estes sintomas devem estar presentes por pelo menos 1 mês e não serem causados por outra possível doença orgânica para que possa ser considerado o diagnóstico do estresse pós-traumático.
Causas do estresse pós traumático
O transtorno do estresse pós traumático pode surgir desde os 6 anos de idade até a vida adulta, sendo os principais fatores relacionados com o seu desenvolvimento:
- Ter vivido um evento traumático;
- Exposição repetida a detalhes de um evento traumático, como viver junto de um hospital e ver as ambulâncias com pessoas feridas, por exemplo;
- Presenciar um evento traumático que aconteceu a outra pessoa (sequestro ou agressão, por exemplo);
- Saber sobre um evento traumático que aconteceu com alguém próximo.
Estes transtornos são mais frequentes em mulheres e quando o evento traumático está relacionado com lesões físicas como espancamentos, queimaduras e violência sexual, por exemplo.
Como confirmar o diagnóstico
O principal fator para diagnosticas o transtorno de estresse pós-traumático é o antecedente de um evento traumático que tenha posto a vida em risco, o que deve ser avaliado por um psicólogo ou psiquiatra.
Além disso, o psiquiatra pode solicitar outras avaliações para descartar doenças orgânicas como o abuso de álcool e de substâncias e outros transtornos psicológicos, como depressão ou síndrome do pânico, os quais podem ter sintomas similares ao do estresse pós-traumático.
Como é feito o tratamento
O tratamento do estresse pós-traumático sempre deve ser orientado e avaliado por um psicólogo ou psiquiatra, pois precisa ser adaptado a cada pessoa. Na maior parte dos casos, o tratamento é iniciado com sessões de psicoterapia, através do método de terapia cognitivo-comportamental, de exposição e de dessensibilização, que deve começar o mais rápido possível e ser curta, durando em média 12 sessões.
O psiquiatra também pode recomendar o uso de medicamentos como os inibidores seletivos da recaptura de serotonina, como a sertralina e a paroxetina, os quais ajudam a aliviar os sintomas do transtorno do sono e ataques de pânico, além de betabloqueadores, como o propranolol para aliviar os sintomas de ansiedade.