Síndrome do choque tóxico: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em novembro 2023

A síndrome do choque tóxico é um conjunto de sintomas graves, como febre alta repentina, pressão baixa, bolhas na pele semelhantes à queimadura solar ou dificuldade respiratória, causados por toxinas produzidas por bactérias, que provocam a liberação de citocinas e células inflamatórias no corpo.

A síndrome do choque tóxico, também conhecida como SCT, é rara, mas na maioria das vezes causada pela bactéria Staphylococcus aureus e acontece com maior facilidade em mulheres que usam absorvente interno por muito tempo.

O tratamento da síndrome do choque tóxico deve ser feito o mais rápido possível assim que surgem os sintomas, com internamento hospitalar e uso de antibióticos, pois é uma emergência médica, que se não for tratada pode causar falência de múltiplos órgãos e colocar a vida em risco.

Imagem ilustrativa número 1

Sintomas da síndrome do choque tóxico

Os principais sintomas da síndrome do choque tóxico são:

  • Febre alta repentina e calafrios;
  • Vermelhidão em muscosas, como olhos, boca, garganta e vagina;
  • Bolhas na pele, semelhantes à queimadura solar, especialmente na palma das mãos e planta dos pés;
  • Descamação dos pés e das mãos;
  • Pressão baixa;
  • Náuseas, vômitos ou diarreia;
  • Dificuldade respiratória;
  • Dor de cabeça ou muscular;
  • Confusão mental.

Em casos mais graves, pode ocorrer comprometimento muscular, injúria renal aguda e insuficiência hepática aguda de rápida progressão, insuficiência cardíaca ou respiratória e convulsões.

Por isso, assim que surgirem os sintomas da síndrome do choque tóxico, deve-se ir imediatamente ao hospital, para iniciar o tratamento o mais rápido possível, de forma a evitar complicações da doença.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da síndrome do choque tóxico é feito pelo clínico geral, no hospital, através da avaliação dos sintomas, histórico de saúde e exame físico.

Não existe nenhum exame de laboratório específico para a síndrome, no entanto, o médico deve solicitar exames urina e/ou de sangue, como hemograma completo, pois permitem avaliar a presença de infecção.

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Além disso, o médico deve solicitar exames de cultura com amostras do sangue, urina, tecido vaginal ou de feridas da pele, para verificar a presença de bactérias que causam a síndrome. Em pessoas com alteração do estado mental e febre, o médico também pode pedir uma punção lombar, para avaliar se há meningite.

Outros exames que o médico pode solicitar para avaliar o comprometimento dos órgãos internos são a tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Possíveis causas

A síndrome do choque tóxico pode ser provocada por uma toxina liberada pelas bactérias Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes.

As mulheres que usam absorventes internos vaginais têm um risco aumentado de sofrer desta síndrome, principalmente se o absorvente permanecer muito tempo na vagina ou se tiver um elevado poder de absorção, o que se pode dever à atração de bactérias pelo absorvente interno ou à ocorrência de pequenos cortes na vagina, quando é colocado. Saiba como usar corretamente o absorvente interno para evitar uma infecção.

Além disso, esta síndrome pode também resultar do uso do diafragma, coletor menstrual ou disco menstrual, ou de complicações em caso de mastite, sinusite, celulite infecciosa, infecção na garganta, osteomielite, artrite, queimaduras, lesões na pele, infecções respiratórias, pós-parto ou após procedimentos cirúrgicos, por exemplo.

Como é feito o tratamento

O tratamento deve ser realizado pelo clínico geral o mais brevemente possível, no hospital, de forma a evitar complicações, como falência do figado e do rim, falência cardíaca ou choque, que podem levar à morte.

O tratamento consiste na administração de antibióticos por via intravenosa, remédios para estabilizar a pressão arterial, fluidos para prevenir a desidratação e injeções de imunoglobulina, para suprimir a inflamação e reforçar o sistema imunológico.

Além disso, caso seja necessário, o médico pode proceder à administração de oxigênio para auxiliar a função respiratória e, caso seja necessário, proceder à drenagem e remoção de regiões infectadas.

Como prevenir

Para prevenir a síndrome do choque tóxico, a mulher deve trocar o absorvente interno a cada 4 a 8 horas, dependendo do fluxo menstrual, usar absorvente interno de pouca absorção ou copo menstrual e, sempre que trocar, lavar bem as mãos. Em caso de alguma lesão na pele, deve manter o corte, ferida ou queimadura bem desinfetados.