Tenossinovite de Quervain: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em março 2023

A tenossinovite de Quervain é a inflamação dos tendões que estão localizados na base do dedo polegar, que provoca dor e inchaço da região, que pode piorar ao realizar movimentos com o dedo.

A causa dessa inflamação ainda não é muito bem esclarecida, no entanto os sintomas costumam piorar quando há a realização de movimentos repetitivos como digitar, por exemplo.

O tratamento deve ser indicado por um ortopedista de acordo com os sintomas apresentados, sendo indicada a imobilização do polegar e o uso de anti-inflamatórios para aliviar os sintomas. Nos casos em que os sintomas não passam mesmo com a realização do tratamento ou quando os sintomas são tão intensos que interferem na realização das atividades do dia a dia, pode ser indicada a realização de cirurgia.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os principais sintomas da tenossinovite de Quervain são:

  • Dor no polegar, que melhora com o repouso;
  • Vermelhidão do local;
  • Inchaço da região, principalmente durante a manhã;
  • Dificuldade para segurar um objeto;
  • Dor e desconforto para realizar movimentos comuns, como abrir uma lata e abotoar a camisa;
  • Dificuldade para mexer o punho.

Os sintomas podem piorar ao longo do tempo caso não seja feito o tratamento adequado, podendo também afetar o antebraço. Por isso, é importante que o ortopedista ou clínico geral seja consultado para que seja feita uma avaliação.

Causas da tenossinovite de Quervain

As causas da tenossinovite de Quervain ainda não são totalmente claras, no entanto acredita-se que a realização de movimentos repetitivos pode favorecer a inflamação, como é o caso de digitar, jogar tênis, pintar ou escrever, por exemplo. Além disso, a tenossinovite de Quervain também poder estar associada a doenças crônicas e sistêmicas como diabetes, gota e artrite reumatoide, por exemplo.

Além disso, algumas pessoas têm maior probabilidade de desenvolver a tenossinovite de Quervain como é o caso de mulheres no período pré-menopausa, gestantes ou pessoas que tenham tido uma fratura no punho em algum momento da vida.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da tendinite da Quervain deve ser realizado pelo ortopedista e clínico geral através de uma avaliação física do punho e base do polegar, além da avaliação dos sinais e sintomas apresentados.

Durante a avaliação física, o médico pode realizar a manobra de Finkelstein, em que é solicitado que a pessoa feche as mãos e coloque o polegar para dentro e faça o movimento como se estivesse colocando água em um copo, por exemplo. Se houver dor para realizar esse momento, o médico pode confirmar o diagnóstico.

No entanto, em caso de dúvida, o médico pode indicar a realização de um ultrassom da articulação em que pode ser observada a presença de líquido na região e inflamação dos tendões.

Como é feito o tratamento

O tratamento da tenossinovite de Quervain deve ser feito de acordo com a orientação do ortopedista, sendo na maioria dos casos indicada a imobilização do dedo polegar e do punho para evitar a movimentação e o agravamento da inflamação.

Além disso, nesses casos pode também ser indicado o uso de remédios analgésicos ou anti-inflamatórios para ajudar a aliviar os sintomas. Em alguns casos pode ser também indicada a realização de infiltrado de corticoides para acelerar a recuperação.

Quando o tratamento com remédios não é suficiente ou quando os sintomas limitam as atividades do dia a dia, o médico pode indicar a realização de cirurgia para tratar a inflamação e promover melhora e alívios dos sintomas. É comum também que, após a cirurgia, seja indicada a realização de sessões de fisioterapia para acelerar o processo de recuperação.

Exercícios para a tenossinovite de Quervain

Os exercícios para a tenossinovite de Quervain são indicados para a pessoa recuperar a mobilidade da região e evitar uma nova inflamação. Assim, alguns exercícios pode ser indicado são:

  • Extensão de dedos: abrir as palmas das mãos, com os dedos esticados, por 5 a 10 segundos, e depois fechar as mãos, evitando colocar o polegar para dentro, e manter por mais 5 a 10 seguidos, repetindo o exercício por pelo menos 10 vezes;
  • Extensão e flexão de punho: apoiar o antebraço em uma superfície plana, como uma mesa, e deixar a mão sobre a borda. Em seguida, sem tirar o antebraço da mesa, levantar a mão, manter na posição por 5 a 10 segundos e relaxar. Depois, fazer o movimento contrário, abaixando a mão, sem tirar o antebraço da mesa;
  • Tocar a ponta dos dedos: tentar tocar a ponta de cada dedo da mão afetada com o polegar da mesma mão, fazendo esse movimento por cerca de 10 segundos.

É recomendado realizar esses exercícios todos os dias, 2 vezes por dia, de forma que se torne um hábito e, assim, seja possível prevenir complicações e nova inflamação.