Cigarro na gravidez: quais os efeitos e razões para não fumar

Atualizado em março 2020

Fumar durante a gravidez pode pôr em risco a saúde da gestante, mas também pode prejudicar o bebê, por isso, mesmo que seja difícil, deve-se evitar usar o cigarro ou reduzir este hábito, além de evitar espaços em que o fumo do cigarro seja muito intenso.

O fumo do cigarro é constituído por uma mistura complexa de dezenas de químicos, considerados cancerígenos para o ser humano e capazes, no caso da gravidez, de provocar alterações a nível da placenta e da circulação materno-fetal.

Algumas das consequências mais comuns que podem resultar do uso de cigarro durante a gravidez são:

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1. Aborto espontâneo

O risco de ocorrer um aborto em grávidas que fumam, comparativamente àquelas que não usam o cigarro, é maior, principalmente durante os três primeiros meses de gravidez. Saiba quais os sintomas que podem ocorrer durante um aborto espontâneo.

Além disso, o risco de desenvolver uma gravidez ectópica também é superior em mulheres que fumam. Estudos indicam que bastam 1 a 5 cigarros por dia, para o risco ser 60% superior relativamente a mulheres não fumadoras.

2. Defeitos genéticos

A probabilidade do bebê nascer com defeitos genéticos também é maior em mulheres que fumam durante a gravidez do que aquelas que adotam um estilo de vida saudável. Isto acontece porque o fumo de cigarro contém dezenas de substâncias tóxicas cancerígenas e que podem causar defeitos genéticos e malformações no bebê.

3. Nascimento prematuro ou com baixo peso

O uso de cigarro durante a gravidez aumenta a probabilidade do bebê nascer com baixo peso ou prematuro, o que se pode dever à redução da capacidade de vasodilatação da placenta. Veja como cuidar de um bebê prematuro.

4. Morte súbita

O bebê tem maior chance de sofrer uma morte súbita nos primeiros três meses após o nascimento, caso a mãe tenha fumado durante a gravidez.

5. Alergias e infecções respiratórias

O bebê tem maiores probabilidades de desenvolver alergias e infecções respiratórias após o nascimento, caso a mãe tenha fumado durante a gestação.

6. Deslocamento da placenta

O descolamento da placenta e a ruptura precoce da bolsa acontecem com mais frequência em mães que fumam. Isto acontece porque ocorre um efeito vasoconstritor causado pela nicotina nas artérias uterinas e umbilicais que, associado a um aumento da concentração de carboxiemoglobina, leva a hipóxia, originando infarto da placenta. Saiba o que fazer se ocorrer o deslocamento da placenta.

7. Complicações na gravidez

Existe um maior risco da gestante desenvolver complicações na gravidez, como trombose, que é a formação de coágulos no interior das veias ou artérias, que podem se formar também na placenta, podendo provocar aborto ou então se soltar e acumular em outro órgão, como pulmão ou cérebro, por exemplo.

Desta forma, é importante a grávida evitar o uso do cigarro ou evitar frequentar locais com muita fumaça durante a gravidez. Se a mulher é fumante e deseja engravidar, uma boa dica é ir reduzindo o cigarro até deixar de fumar antes de engravidar. Saiba o que fazer para conseguir deixar de fumar.

Fumar durante a amamentação também é desaconselhado, porque além do cigarro reduzir a produção de leite e do bebê ganhar menos peso, as substâncias tóxicas do cigarro passam para o leite materno e o bebê, ao ingeri-las, poderá ter dificuldades de aprendizagem e um maior risco de desenvolver doenças, como pneumonia, bronquite ou alergias, por exemplo.