Os sinais e sintomas do aborto espontâneo podem surgir em qualquer grávida até às 20 semanas de gestação.
Os principais sintomas de um aborto espontâneo são:
- Febre e calafrios;
- Corrimento vaginal com mau cheiro;
- Perda de sangue pela vagina, que pode começar com uma cor amarronzada;
- Dor abdominal forte, tipo uma intensa cólica menstrual;
- Perda de líquidos pela vagina, com ou sem dor;
- Perda de coágulos de sangue pela vagina;
- Dor de cabeça intensa ou constante;
- Ausência de movimentos fetais por mais de 5 horas.
Algumas situações que podem levar ao aborto espontâneo, isto é, que pode começar de uma hora para outra, sem causa aparente, incluem a má formação fetal, consumo exagerado de bebidas alcoólicas ou drogas, traumatismo na região abdominal, infecções e doenças como diabetes e hipertensão, quando estas não são devidamente controladas durante a gestação. Veja 10 Causas do Aborto Espontâneo.

O que fazer em caso de suspeita
Em caso de suspeita de aborto, o que se deve fazer é ir ao hospital o mais rápido possível e explicar ao médico os sintomas que apresenta. O médico deve pedir alguns exames para verificar se o bebê está bem e, se necessário, indicar o tratamento adequado que pode incluir o uso de medicamentos e o repouso absoluto.
Como evitar um aborto
A prevenção do aborto pode ser feita através de algumas medidas, como, por exemplo não ingerir bebidas alcoólicas e evitar tomar qualquer tipo de medicamento sem o conhecimento do médico. Saiba os remédios que podem causar o aborto;
Além disso, a grávida só deve praticar exercícios físicos leves ou moderados ou especialmente indicados para gestantes e realizar o acompanhamento pré-natal, comparecendo a todas as consultas e realizando todos os exames solicitados.
Algumas mulheres possuem uma maior dificuldade em levar a gravidez até ao fim e tem maiores riscos de sofrer um aborto e, por isso, devem ser acompanhadas semanalmente pelo médico.
Tipos de aborto
O aborto espontâneo pode ser classificado como sendo precoce, quando a perda do feto acontece antes da 12ª semana de gestação ou tardio, quando a perda do feto se dá entre a 12ª e a 20ª semana de gestação. Em alguns casos, ele pode ser induzido por um médico devido, geralmente, a motivos terapêuticos.
Quando ocorre um aborto, a expulsão do conteúdo uterino pode ocorrer na totalidade, não ocorrer ou pode não se dar por completo, podendo ser classificado da seguinte forma:
- Incompleto - quando ocorre a expulsão de apenas parte do conteúdo uterino ou há uma ruptura das membranas,
- Completo - quando ocorre a expulsão de todo o conteúdo uterino;
- Retido - quando o feto está retido morto no útero por 4 semanas ou mais.
O aborto é proibido no Brasil e somente as mulheres que conseguem provar na justiça que possuem um feto que não será capaz de sobreviver fora do útero, como pode acontecer em caso de anencefalia - uma alteração genética onde o feto não possui cérebro - poderão recorrer ao aborto legalmente.
Outras situações que podem ser avaliadas pelo juiz são quando a gravidez é resultado de abuso sexual ou quando coloca em risco a vida da mulher. Nestes casos a decisão pode ser acordada com o Supremo Tribunal Federal Brasileiro pela ADPF 54, votada em 2012, que neste caso descreve a prática do aborto como sendo um "parto antecipado para fim terapêutico". À exceção destas situações, o aborto no Brasil é crime e é punido por lei.
O que acontece após o aborto
Após o aborto, a mulher deve ser analisada pelo médico, que verifica se ainda há vestígios do embrião dentro do útero e, caso isto aconteça, uma curetagem deverá ser realizada.
Em alguns casos, o médico pode indicar medicamentos que provocam a expulsão dos restos embrionais ou poderá realizar uma cirurgia para retirada do feto imediatamente. Veja também o que pode acontecer após um aborto provocado.