6 situações em que não deve vacinar seu filho

Atualizado em novembro 2020

Algumas situações podem ser consideradas contraindicações para a administração de vacinas, já que podem aumentar muito o risco de surgimento de efeitos colaterais, assim como causar complicações mais graves que a própria doença, contra a qual se está querendo vacinar.

Os principais casos em que a vacinação é contraindicada em crianças pelo Ministério da Saúde incluem:

  1. Ter tido reação alérgica grave a uma dose anterior da mesma vacina;
  2. Apresentar alergia comprovada a algum dos componentes da fórmula da vacina, como a proteína do ovo;
  3. Apresentar febre acima de 38,5ºC;
  4. Estar fazendo algum tratamento que afete o sistema imune, como quimioterapia ou radioterapia;
  5. Estar fazendo tratamento com doses elevadas de corticoides para imunossupressão;
  6. Ter algum tipo de câncer.

É importante lembrar que a não-vacinação é uma decisão extremamente importante e que apenas deve ser considerada quando existe risco sério para a criança. Por esse motivo, situações temporárias, como o tratamento com corticoides, terapias que afetam o sistema imune ou febre acima de 38,5ºC, por exemplo, são contraindicações que apenas adiam o momento da vacinação, devendo-se vacinar assim que existir recomendação do pediatra.

Confira 6 boas razões para fazer a vacinação e manter a caderneta atualizada.

Imagem ilustrativa número 1

Situações especiais que devem ser avaliadas pelo médico

As principais situações especiais que devem ser avaliadas pelo pediatra, de forma a autorizar a vacinação são:

  • Crianças com HIV: a vacinação pode ser feita de acordo com o estado de infecção pelo HIV, sendo que crianças com menos de 18 meses de idade, que não apresentam alterações do sistema imune e que não têm sintomas indicativos de enfraquecimento do sistema imune podem seguir o calendário de vacinação;
  • Crianças com imunodeficiência grave: cada caso deve ser bem avaliado pelo médico, mas, normalmente, podem ser administradas vacinas que não contenham agentes vivos atenuados.

Além disso, caso a criança tenha recebido algum transplante de medula óssea é muito importante que seja encaminhada para o CRIE, ou Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, entre 6 a 12 meses após o transplante, para fazer a revacinação conforme indicação.

Casos que não impedem a vacinação

Embora possam parecer contraindicações para a vacinação, os seguintes casos não devem impedir a administração de vacinas:

  • Doença aguda sem febre, desde que não exista histórico de doença grave ou infecção das vias respiratórias;
  • Alergias, gripes ou resfriados leves, com tosse e secreção nasal;
  • Uso de antibiótico ou antiviral;
  • Tratamento com corticoides em doses baixas não-imunossupressoras;
  • Diarreia leve ou moderada;
  • Doenças de pele, como impetigo ou escabiose;
  • Prematuridade ou baixo peso ao nascer;
  • Histórico de reação adversa simples após dose anterior da vacina, como febre, inchaço do local da picada ou dor;
  • Diagnóstico anterior de doenças contra as quais existe vacina, como tuberculose, coqueluche, tétano ou difteria;
  • Doença neurológica;
  • Histórico familiar de convulsão ou morte súbita;
  • Internação hospitalar.

Assim, mesmo na presença destas situações, a criança deve ser vacinada, sendo apenas importante avisar ao médico ou enfermeiro do posto de vacinação sobre doenças ou sintomas que a criança possa estar sentindo.

O que fazer se perder a caderneta de vacinação

Caso a caderneta de vacinação da criança seja perdida, deve-se ir ao posto de saúde onde foram feitas as vacinações e pedir a “caderneta espelho”, que é o documento onde fica registrado todo o histórico da criança.

No entanto, quando não é possível ter a caderneta espelho, deve-se procurar o médico para explicar a situação, pois ele irá indicar quais vacinas serão necessárias tomar novamente ou se será preciso recomeçar todo o ciclo de vacinação novamente.

Veja o calendário completo de vacinação do bebê e mantenha seu filho protegido.

É seguro vacinar durante a COVID-19?

A vacinação é importante em todos os momentos da vida e, por isso, também não deve ser interrompida durante momentos de crise como a pandemia de COVID-19. Os serviços de saúde estão preparados para proceder a vacinação com segurança, tanto para a pessoa que irá receber a vacinação, quanto para o profissional. A não vacinação pode levar a novas epidemias de doenças imunopreveníveis.