Perda de olfato: 9 causas (e o que fazer)

Atualizado em setembro 2023

A perda de olfato é um sintoma que pode ser causado por infecções respiratórias, como COVID-19 e gripe, ou surgir devido a problemas que bloqueias as vias aéreas ou afetam o sistema nervoso central, como desvio de septo, tumor ou Alzheimer.

Dependendo da sua causa, a perda de olfato, que é tecnicamente chamada de anosmia, também pode ser acompanhada de sintomas como dor de cabeça, febre, tosse, perda da memória ou até mesmo convulsões. Entenda melhor sobre a anosmia.

É recomendado consultar o otorrinolaringologista ou clínico geral quando a perda de olfato não estiver relacionada com infecções respiratórias ou quando persiste por algumas semanas, mesmo após a recuperação de infecções respiratórias.

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O que pode ser a perda de olfato

As principais causas da perda de olfato são:

1. COVID-19

A COVID-19 é uma infecção que pode causar a perda de olfato, devido a uma reação exagerada do sistema imunológico que diminui o número dos neurônios olfativos, que são as células no nariz responsáveis por identificar os cheiros.

Além disso, a COVID-19 também pode causar tosse seca, febre, dor muscular, dor de cabeça, coriza e garganta inflamada. Conheça mais sobre os sintomas da COVID-19.

O que fazer: o tratamento da COVID-19 leve pode incluir o uso de remédios prescritos pelo médico, como antipiréticos, analgésicos ou anti-inflamatórios. Já a COVID-19 grave deve ser tratada em ambiente hospitalar, com o uso de oxigênio e medicamentos diretamente na veia. Saiba como é o tratamento da COVID-19.

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2. Gripe e resfriado

A gripe e o resfriado são doenças que causam a inflamação da mucosa das vias aéreas, aumentando a produção de muco e causando sintomas como nariz entupido, perda de olfato, tosse, nariz escorrendo e dor de garganta.

O que fazer: o uso de remédios como paracetamol, dipirona ou ibuprofeno, podem ser indicados pelo médico para aliviar os sintomas da gripe. Além disso, beber bastante água, repousar e fazer uma lavagem nasal com soro fisiológico também ajudam na recuperação. Veja outras dicas para melhorar da gripe mais rápido.

3. Sinusite

A sinusite é a inflamação dos seios nasais, que ficam em redor do nariz e dos olhos, provocando sintomas como perda de olfato, dor de cabeça, corrimento nasal e sensação de peso na testa e nas maçãs do rosto. Saiba como identificar os sintomas da sinusite.

O que fazer: o tratamento da sinusite deve ser feito pelo médico, incluindo o uso de sprays nasais, antigripais, corticoides e antibióticos orais. Algumas medidas caseiras, como fazer nebulizações, tomar chás mornos e beber bastante água, são formas naturais que também ajudam a aliviar a sinusite.

4. Pólipo nasal

O pólipo nasal é um crescimento anormal de tecido dentro do nariz, que pode bloquear a chegada de aromas na região olfatória, provocando a perda de olfato, além de outros sintomas como coriza constante, sensação de nariz entupido e dor de cabeça persistente.

O que fazer: o tratamento pode ser feito com o uso de sprays corticoides, como fluticasona ou budesonida, que devem ser indicados pelo otorrinolaringologista. Em alguns casos, o médico também pode recomendar a realização de uma cirurgia para remover os pólipos.

5. Traumatismo craniano

O traumatismo craniano é uma lesão no crânio geralmente provocada por uma pancada forte na cabeça, que pode causar de lesões no nariz ou seios da face, bloqueando a passagem de aroma, ou ainda provocar danos nas regiões olfativas do cérebro, levando à perda de olfato temporária ou permanente.

Além disso, o traumatismo craniano também pode causar perda da consciência e/ou memória, confusão mental ou dor de cabeça intensa, crise convulsiva e sangramentos na cabeça ou rosto.

O que fazer: o tratamento varia conforme a gravidade do trauma, podendo ser recomendado o uso de medicamentos para dor, a realização de sutura e/ou curativos, ou ser indicada a cirurgia para aliviar a pressão na cabeça e controlar sangramentos. Veja como é feito o tratamento do traumatismo craniano.

6. Alzheimer

O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo no qual a pessoa tem dificuldade para se lembrar de informações recentes, desorientação e perda progressiva da capacidade de realizar as tarefas diárias e/ou cuidar de si próprio.

O Alzheimer também pode causar a perda de olfato nos estágios iniciais da doença. Acredita-se que isso aconteça devido a alta concentração de emaranhados de neurofibrilas na região olfatória do cérebro, estruturas formadas por proteínas anormais que se acumulam dentro dos neurônios, causando essa alteração.

O que fazer: o tratamento deve ser feito conforme a orientação do neurologista, que pode indicar o uso de remédios para aliviar os sintomas e atrasar a evolução da doença, como a donepezila, galantamina e rivastigmina. Entenda melhor como é o tratamento do Alzheimer.

7. Desvio de septo

O desvio de septo acontece quando a parede que separa as narinas está alterada, devido a pancadas no nariz ou inflamação no local, causando sintomas como alteração da respiração, perda de olfato, dor de cabeça e cansaço excessivo. Conheça mais sobre o desvio de septo.

O que fazer: o otorrinolaringologista pode prescrever o uso de descongestionantes nasais e medicamentos anti-histamínicos para aliviar os sintomas. Em alguns casos, o médico também pode indicar a realização da septoplastia, uma cirurgia que ajuda a corrigir o desvio de septo.

8. Tumor cerebral

O tumor cerebral acontece com crescimento de células anormais no cérebro ou nas membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, podendo causar perda ou diminuição de olfato, dor de cabeça intensa, visão embaçada, paralisia, falta de equilíbrio e até convulsões.

O que fazer: o tratamento varia de acordo com o tamanho, tipo grau e localização do tumor. Assim, o médico pode recomendar a cirurgia para remoção do tumor ou a realização de radioterapia ou quimioterapia, por exemplo.

9. Deficiência de zinco

A deficiência de zinco pode afetar órgãos como pele, ossos e sistema nervoso, por exemplo, podendo causar a perda do olfato e paladar, diarreia, fotofobia, perda de cabelo e feridas que demoram para cicatrizar.

O que fazer: o tratamento da deficiência de zinco é feito com o uso de suplementos, como zinco quelado, sulfato de zinco, gliconato de zinco ou acetato de zinco. No entanto, o tipo e a quantidade de suplementos variam de acordo com as necessidades nutricionais de cada pessoa e, por isso, devem ser usados somente sob a orientação de um médico ou nutricionista.

Quando ir ao médico

É aconselhado ir ao otorrinolaringologista, ou clínico geral, quando a perda de olfato não está relacionada com infecções respiratórias, como gripe, resfriado, COVID-19 ou sinusite, ou desvio de septo, por exemplo.

Além disso, também é recomendado consultar um médico quando a perda de olfato permanece mesmo após a recuperação de infecções respiratórias.

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