Paralisia facial: o que é, sintomas, causas e tratamento

Atualizado em outubro 2023

A paralisia facial é uma alteração neurológica que afeta o funcionamento do nervo facial ou regiões do cérebro responsáveis pelos movimentos da face, causando sintomas como boca torta, dificuldade para fechar um dos olhos e formigamento ou falta de expressão no rosto.

Na maioria das vezes, a paralisia facial é temporária, sendo causada por uma inflamação ao redor do nervo facial devido a um vírus, como herpes simples ou herpes zóster. No entanto, também pode acontecer devido a doenças graves, como AVC, esclerose múltipla e tumores. 

Em caso de suspeita de paralisia facial, é importante consultar um neurologista ou clínico geral para uma avaliação. No entanto, se surgirem outros sintomas como desorientação, fraqueza em outras partes do corpo, febre ou desmaio, é recomendado procurar uma emergência.

Imagem ilustrativa número 1

Principais sintomas

Os sintomas mais frequentes da paralisia facial são:

  • Boca torta, que é mais evidente ao sorrir ou falar;
  • Sensação de boca e/ou olhos secos;
  • Falta de expressão em um dos lados da face;
  • Não conseguir fechar completamente um dos olhos, levantar uma das sobrancelhas ou de franzir a testa;
  • Dor ou formigamento na cabeça ou na mandíbula;
  • Aumento da sensibilidade do som num dos ouvidos.

Dependendo da sua causa, a velocidade com que os sintomas se desenvolvem varia e, algumas vezes, os sintomas podem já estar presentes desde o nascimento. Além disso, nos casos mais graves, a paralisia facial pode ser permanente.

Não ignore os seus sintomas!

Priorize sua saúde. Descubra a causa dos seus sintomas e receba o cuidado que precisa.

Marcar consulta

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da paralisia facial é feito pelo neurologista ou clínico geral baseado nos sintomas presentes e alterações identificadas no exame neurológico, em que o médico normalmente pede para a pessoa fazer diferentes movimentos com o rosto.

Além disso, é comum o médico indicar exames, como ressonância magnética, tomografia computadorizada ou eletroneuromiografia, para identificar a causa da paralisia facial.

Causas de paralisia facial

As principais causas de paralisia facial são:

  • AVC;
  • Complicações de cirurgias na face;
  • Traumatismos no rosto;
  • Infecções devido a herpes simplex, herpes zóster ou Citomegalovírus, por exemplo;
  • Doenças autoimunes, como esclerose múltipla ou síndrome de Guillain-Barré;
  • Tumores na cabeça, pescoço ou cérebro.

A paralisia facial pode ser causada por alterações no funcionamento do nervo facial, que transmite os impulsos nervosos do cérebro até os músculos da face, ou por lesões nas áreas do cérebro responsáveis pelo seu controle.

Especialmente nos casos em que o funcionamento do nervo facial está prejudicado e não foi possível identificar uma causa específica para a paralisia facial, ela é conhecida como paralisia de Bell. 

Como é feito o tratamento

O tratamento da paralisia facial, sempre que possível, deve ser específico para sua causa. Pode envolver o uso de medicamentos como antibióticos, em caso de infecção bacteriana, e anticoagulantes, em alguns casos de AVC, ou a cirurgia para a remoção de tumores, por exemplo.

Especialmente no caso da paralisia facial conhecida como paralisia de Bell, que é quando não se consegue identificar uma causa específica, pode envolver o uso de medicamentos corticoides, como a prednisona, e antivirais, de acordo com a orientação do médico.

Além disso, o médico também pode indicar fazer sessões de fisioterapia e/ou fonoaudiologia para recuperar os movimentos da face e aplicar colírios lubrificantes para prevenir a secura do olho, dependendo da gravidade da paralisia e parte do rosto afetada.

Como é feita a fisioterapia

A fisioterapia utiliza exercícios faciais para fortalecer os músculos e melhorar os movimentos e expressões do rosto. No entanto, é importante que esses exercícios sejam realizados várias vezes ao dia, todos os dias, para potencializar o tratamento.

Por isso, além das sessões com o fisioterapeuta é essencial também fazer os exercícios em casa e, algumas vezes, o acompanhamento com um fonoaudiólogo. Confira alguns exemplos de exercícios que podem ser feitos para a paralisia de Bell.