A paniculite é uma inflamação na camada de gordura localizada logo abaixo da pele, que pode causar sintomas como placas ou caroços vermelhos e doloridos no rosto, pernas, pés ou braços, além de febre e mal-estar.
A paniculite pode surgir devido a infecções, como pneumonia ou tuberculose, ou doenças inflamatórias, como sarcoidose, lúpus, doença de Crohn e colite ulcerativa, por exemplo.
Na presença de sintomas que possam indicar a paniculite, é recomendado procurar um clínico geral, dermatologista ou reumatologista, para que sejam avaliados os sinais e sintomas apresentados e indicado o tratamento adequado.
Sintomas de paniculite
Os principais sintomas da paniculite são:
- Placas ou caroços duros e doloridos no rosto, braços, peito, pernas, barriga ou pés;
- Vermelhidão no local das lesões;
- Febre;
- Cansaço;
- Mal-estar;
- Náusea;
- Dor no abdômen;
- Vômitos;
- Dor nos músculos e articulações;
- Perda de peso.
Os nódulos característicos da paniculite tendem a desaparecer depois de alguns meses ou anos, mas em alguns casos pode retornar. Ao desaparecerem, esses nódulos podem deixar uma marca, mancha ou inchaço permanente na pele.
Tipos de paniculite
Conforme a localização, essa inflamação é classificada em paniculite septal ou lobular.
1. Paniculite septal
Esse tipo de paniculite é uma inflamação que acontece nos tecidos que separam os lóbulos de gordura. Esse tipo de paniculite inclui principalmente a tromboflebite superficial e o eritema nodoso. Além disso, pode-se também observar na esclerodermia, doença de Behçet e vasculite leucocitoclástica, por exemplo.
2. Paniculite lobular
A paniculite lobular acontece nos lóbulos de gordura e inclui eritema nodoso hansênico, vasculite nodular, paniculite pancreática, paniculite lúpica, e paniculite mesentérica, que é um tipo de inflamação no tecido adiposo do mesentério, que é o órgão responsável por manter os intestinos presos na parede do abdômen. Conheça mais sobre o mesentério.
Causas da paniculite
As principais causas da paniculite são:
- Doenças infecciosas, como pneumonia, tuberculose e hepatite viral;
- Doenças inflamatórias, como lúpus, doença de Crohn, diabetes, reumatismo e colite ulcerativa;
- Lesões, como exercícios físicos intensos e injeções na camada de gordura da pele;
- Medicamentos, como antibióticos, iodeto, brometo e grandes doses de corticoides;
- Deficiência de alfa-1-antitripsina, que é uma alteração genética que causa doenças nos pulmões e no fígado.
Além disso, a paniculite também pode surgir devido à exposição a baixas temperaturas, doenças no pâncreas ou alguns tipos de câncer, como leucemia e linfoma.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da paniculite deve ser feito por um clínico geral, dermatologista ou reumatologista, que irá realizar um exame físico para avaliar as características e a localização dos nódulos, bem como os sinais e sintomas apresentados pela pessoa.
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Para confirmar o diagnóstico, o médico também pode solicitar a realização de radiografia de tórax, exame de sangue, para avaliar os níveis de alfa-1-antitripsina, e biópsia da lesão, um exame que analisa a saúde dos tecidos. Entenda como é feita a biópsia.
Como é o tratamento
O tratamento da paniculite deve ser indicado pelo médico e pode incluir:
- Interromper o uso de medicamentos que podem estar causando essa condição;
- Usar remédios anti-inflamatórios, como ibuprofeno, diclofenaco ou aspirina, para combater a inflamação e aliviar a dor;
- Usar corticoides orais ou injetáveis, como prednisona, hidrocortisona e prednisolona;
- Fazer cirurgias, para retirar algumas lesões.
Além disso, o médico também pode recomendar o repouso, a elevação da área afetada e o uso de meias de compressão, já que ajudam a aliviar os sintomas da paniculite.
