Circuncisão: o que é, como é feita, recuperação e riscos

A circuncisão é uma cirurgia para retirar prepúcio nos homens, que é a pele que recobre a cabeça do pênis, e normalmente é indicada para corrigir a fimose, diminuir o risco de infecções urinárias ou no pênis e, em alguns casos, tratar a parafimose.

Especialmente nos casos de fimose, a circuncisão normalmente é feita após os 3 anos de idade, quando não há possibilidade de expor a glande, mesmo após o tratamento com pomadas, mas também pode ser feita mais tarde, na idade adulta, em alguns casos. 

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Para saber se a circuncisão é indicada, é recomendado consultar um urologista ou, em caso de crianças, um cirurgião ou urologista pediátrico. Estes médicos são mais indicados para esclarecer sobre os riscos e possíveis benefícios da circuncisão.

Antes e depois da circuncisão

Para que serve

A circuncisão normalmente é indicada para:

  • Corrigir a fimose, especialmente quando persiste após os 3 anos de idade;
  • Diminuir o risco de infecções no pênis, em caso de balanopostite recorrente, por exemplo;
  • Tratamento da parafimose, geralmente nos casos mais graves;
  • Evitar novas infecções urinárias, quando recorrentes.

Normalmente, a circuncisão é feita na infância e, algumas vezes, ainda nas primeiras semanas de vida, especialmente devido a motivos religiosos, como acontece na população judaica. No entanto, pode ser feita a qualquer idade, desde que exista indicação médica.

Especialmente em adultos, é comum a circuncisão ser feita devido à fimose, que pode causar dificuldades urinárias ou nas relações íntimas, por exemplo. Além disso, em alguns países também pode ser indicada para reduzir o risco de transmitir ou adquirir infecções sexualmente transmissíveis. 

Como deve ser feito o preparo

Antes da circuncisão, é importante informar ao médico caso exista algum problema de saúde ou alergias, além dos medicamentos que se esteja utilizando, especialmente caso afetem a coagulação do sangue. O médico pode orientar a sua interrupção temporária em alguns casos.

É comum o médico indicar exames como o hemograma e a dosagem de plaquetas, ureia ou creatina para verificar a condição de saúde da pessoa antes da circuncisão. Além disso, no dia da cirurgia deve-se seguir corretamente as suas orientações quanto à higiene do local e necessidade de jejum. 

Como é feita a cirurgia

A circuncisão geralmente é feita no hospital por um cirurgião pediátrico, em caso de crianças, ou urologista sob anestesia local associada à sedação. No entanto, em alguns casos, o médico também pode indicar a anestesia geral antes de iniciar o procedimento.

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Durante a circuncisão, o médico utiliza um bisturi para remover do prepúcio. Esta etapa é relativamente rápida, especialmente em crianças, demorando entre 15 a 30 minutos, dependendo das características do pênis e da experiência do médico.

Embora em crianças mais velhas e adultos normalmente seja necessário dar alguns pontos no local da remoção do prepúcio, em recém-nascidos isso geralmente não é preciso. 

Como é a recuperação

Embora a cirurgia normalmente seja rápida, a recuperação pode demorar até 10 dias. Nesse período, é comum que surja algum desconforto na região do pênis, e por isso, nas crianças, é possível notar um aumento da irritabilidade.

Nos primeiros dias é normal que o pênis esteja ligeiramente inchado e com manchas roxas, mas o aspecto melhora ao longo do tempo.

Para evitar complicações, especialmente infecções, deve-se manter uma higiene regular do pênis lavando pelo menos 1 vez por dia o local com água morna e sabão. Pode-se cobrir com um curativo limpo, especialmente no caso de bebês que ainda utilizam fralda, para proteger das fezes.

Nos adultos, além da limpeza do pênis os principais cuidados incluem evitar atividades físicas intensas nas primeiras 2 a 4 semanas e evitar o contato sexual por, pelo menos, 6 semanas.

O que é a circuncisão feminina

A circuncisão feminina, também conhecida como mutilação genital feminina, é uma prática realizada em algumas culturas que envolve a remoção parcial ou total, ou qualquer lesão, da genitália externa normal da mulher sem que exista indicação relacionada à saúde.   

A circuncisão feminina não traz qualquer benefício para a saúde e que pode, inclusive, causar complicações graves, como:

  • Hemorragia grave;
  • Dor intensa;
  • Problemas urinários;
  • Aumento das chances de infecções vaginais;
  • Dor durante a relação sexual.

Por estes motivos, este procedimento não deve ser realizado e está presente somente em algumas tribos e populações indígenas de países da África e Ásia.

Segundo a OMS, a mutilação feminina deve ser abolida por não trazer reais benefícios para a saúde da mulher e poder causar danos na saúde física e psicológica.

Possíveis riscos da circuncisão

Assim como qualquer outra cirurgia, a circuncisão também apresenta alguns riscos, como:

  • Hemorragia;
  • Infecção do local do corte;
  • Dor e desconforto;
  • Atraso na cicatrização.

Além disso, alguns homens podem sentir uma alteração na sensibilidade do pênis, que é recuperada após algumas semanas de pós operatório.

Para evitar complicações graves, é aconselhado ir ao médico se, após a cirurgia, surgirem sintomas como dor muito forte, sangramento do local da cirurgia, dificuldade para urinar, febre ou inchaço exagerado do pênis.

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