Leucócitos altos na urina: o que pode ser (e o que fazer)

Atualizado em outubro 2023

A presença de leucócitos altos na urina normalmente é indicativo de infecção urinária ou genital, mas também pode ser um sinal de lúpus, problemas renais ou tumores, por exemplo.

A quantidade de leucócitos na urina é considerada normal quando existem menos de 5 leucócitos por campo analisado ou 10000 leucócitos por mL de urina.

O exame de urina tipo 1, também chamado de EAS, é um dos exame que mede a quantidade de leucócitos na urina. Esse exame permite avaliar o estado geral de saúde da pessoa, analisando também a quantidade de hemácias, células epiteliais, presença de microrganismos e proteínas, por exemplo. Entenda melhor como é feito o exame de urina.

Imagem ilustrativa número 1

Principais causas

Os leucócitos na urina normalmente aparecem como consequência de algumas situações, sendo as principais causas:

1. Infecção urinária

As infecções do sistema urinário são as principais causas do aumento de leucócitos na urina, o que indica que o sistema imune está tentando combater uma infecção por fungo, bactéria ou parasitas. Além da presença de grandes quantidades de leucócitos, é possível identificar no exame de urina células epiteliais e o microrganismo responsável pela infecção.

É possível suspeitar de infecção urinária quando a pessoa também apresenta alguns sinais e sintomas, como dor e ardor ao urinar e presença de corrimento, por exemplo. Conheça outros sintomas de infecção urinária.

O que fazer: É importante consultar o urologista ou ginecologista para que sejam feitos exames que ajudem a identificar o microrganismo responsável pela infecção e, assim, ser possível iniciar o tratamento mais adequado. No caso da infecção ser devido à presença de fungos, pode ser indicado o uso de Fluconazol ou Miconazol, enquanto que quando a infecção é causada pelo parasita Trichomonas sp., pode ser indicado o uso de Metronidazol usado de acordo com orientação do médico.

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2. Problema nos rins

Problemas nos rins como nefrite ou pedra nos rins também podem levar ao aparecimento de leucócitos na urina, podendo ser também percebido nesses casos a presença de cristais na urina e, algumas vezes, hemácias.

Além disso, tanto a nefrite quanto a presença de pedra nos rins podem ter sintomas característicos, como dor no fundo das costas, dificuldade para fazer xixi e diminuição da quantidade de urina, por exemplo.

O que fazer: Na suspeita de cálculo renal ou nefrite, é importante ir ao clínico geral ou urologista para que seja indicada a realização de exames de imagem, como ultrassonografia, e exame de urina e, assim, ser possível iniciar o tratamento mais adequado, que pode ser feito com anti-inflamatórios, antibióticos ou medicamento que promovam a liberação do cálculo, no caso de pedra nos rins.

3. Lúpus eritematoso

O lúpus eritematoso é uma doença autoimune, ou seja, uma doença em que as células do sistema imunológico atuem contra o próprio organismo, provocando inflamações nas articulações, pele, olhos e rins. Em relação aos exames laboratoriais, é possível notar alterações no hemograma e no exame de urina, em que pode ser observada grande quantidade de leucócitos na urina. Saiba como reconhecer o lúpus.

O que fazer: Para diminuir a quantidade de leucócitos na urina é necessário que o tratamento para o lúpus seja feito de acordo com a recomendação do médico, sendo normalmente recomendado o uso de alguns medicamentos de acordo com os sintomas apresentados pela pessoa, como anti-inflamatórios, corticoides ou imunossupressores. Assim, além de diminuir a quantidade de leucócitos na urina, é possível controlar os sintomas da doença.

4. Uso de medicamentos

Alguns medicamentos, como antibióticos, aspirina, corticoides e diuréticos, por exemplo, também podem levar ao aparecimento de leucócitos na urina, quando usados de forma frequente.

O que fazer: A presença de leucócitos na urina normalmente não é grave, por isso caso a pessoa esteja fazendo uso de algum medicamento e o exame indique a presença de quantidades significativas de leucócitos, pode ser apenas efeito do remédio. É importante que essa alteração seja comunicada ao médico, bem como o resultado dos outros aspectos presentes no exame de urina, pois assim o médico poderá analisar melhor a situação.

5. Segurar o xixi

Segurar o xixi por muito tempo pode favorecer o crescimentos de microrganismos naturalmente presentes no sistema urinário, resultando no aparecimento de sintomas de infecção e levando ao aparecimento de leucócitos na urina.

Além disso, quando se segura o xixi por muito tempo, a bexiga começa a perder força e não consegue ser esvaziada totalmente, fazendo com que permaneça alguma quantidade de urina dentro da bexiga e haja maior facilidade de proliferação dos microrganismos do trato geniturinário.

O que fazer: Nesse caso, é importante que assim que a pessoa sinta vontade de fazer xixi, faça, pois assim é possível evitar que aconteça o acúmulo de urina na bexiga e, consequentemente, de microrganismos. Além disso, para prevenir que aconteçam infecções, é recomendado que se beba diariamente pelo menos 2 litros de água por dia.

No entanto, caso a pessoa sinta vontade de fazer xixi mas não consegue, é recomendado que vá ao clínico geral ou urologista para que sejam realizados exames para identificar a causa do problema e seja iniciado o tratamento.

6. Câncer

A presença de tumores na bexiga, próstata e rins, por exemplo, podem também levar ao aparecimento de leucócitos na urina, já que nessas situações o sistema imune é sensibilizado. Além disso, a presença de leucócitos pode surgir como consequência do tratamento realizado contra os tumores.

O que fazer: Nesse caso, para confirmar que a presença de leucócitos na urina é devido ao câncer, é importante que o médico seja consultado e possam ser feitos exames que ajudem a confirmar o diagnóstico e, assim, ser iniciado o tratamento mais adequado caso haja necessidade.

Porém, quando já há confirmação de câncer relacionado com o sistema urinário e/ou genital, é importante que o médico faça um monitoramento regular da quantidade de leucócitos na urina com o objetivo de verificar a progressão da doença e resposta ao tratamento.

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