Lepra é uma infecção causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que leva ao surgimento de sintomas como manchas esbranquiçadas na pele e alteração dos nervos periféricos, o que diminui a sensibilidade à dor, toque e calor.
As partes do corpo mais afetadas são os olhos, as mãos e os pés, mas as feridas também podem aparecer no rosto, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas e a transmissão acontece por meio do contato com as secreções da pessoa contaminada.
Leia também: Hanseníase: o que é, sintomas, transmissão e tratamento tuasaude.com/hanseniaseA lepra tem cura quando o tratamento é seguido de acordo com a orientação do médico, respeitando a dosagem e o tempo de tratamento, sendo normalmente indicado o uso de antibióticos.
Sintomas de lepra
Os principais sintomas de lepra são;
- Manchas brancas, acastanhadas ou avermelhadas na pele;
- Perda ou diminuição da sensibilidade no local das manchas;
- Dormência, formigamento ou paralisia dos braços e pernas;
- Caroços ou inchaço nos lóbulos das orelhas;
- Incapacidade total ou parcial de fechar as pálpebra dos olhos;
- Deformidades no nariz ou cavidade nasal.
Além disso, a lepra pode causar perda da capacidade de suar, pele ressecada, lesões ou feridas na sola dos pés, fraqueza muscular, impotência ou esterilidade.
Devido à perda de sensibilidade, existe um risco aumentado de acidentes, como queimaduras na pele.
Os sintomas da lepra podem demorar anos para a aparecer dependendo da resposta imune da pessoa, e o período de incubação da bactéria, ou seja, o tempo que o agente infeccioso leva para provocar os sintomas, varia de 6 meses à 5 anos.
Como confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da lepra é feito pelo infectologista, dermatologista ou clínico geral através da observação das manchas na pele e avaliação dos sintomas.
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Além disso, o médico deve realizar testes de sensibilidade no local e realizar uma biópsia de pele. Saiba como é feita a biópsia de pele.
Tipos de lepra
Os principais tipos de lepra são:
É importante que o tipo de hanseníase seja identificado, pois assim o médico consegue avaliar a gravidade da doença e indicar o tratamento mais adequado.
Como acontece a transmissão
A lepra é transmitida de pessoa para pessoa através do contato com gotículas respiratórias de uma pessoa infectada ao tossir ou espirrar.
Assim, é recomendado que a pessoa com lepra evite falar, beijar, tossir ou espirrar muito perto de outras pessoas, enquanto não iniciar tratamento.
O contato através do toque da pessoa com lepra não representa um alto risco de transmissão e cerca de 90% da população tem defesa natural contra essa doença.
Por isso a forma como a doença se manifesta também depende da genética de cada pessoa.
Lepra é contagiosa?
A lepra é uma doença altamente contagiosa, sendo transmitida de pessoa para pessoa através de secreções respiratórias.
Como é feito o tratamento
O tratamento da lepra deve ser feito com orientação do dermatologista, infectologista ou clínico geral e envolve o uso de antibióticos.
Assim, podem ser recomendados antibióticos como:
- Dapsona + rifampicina;
- Dapsona + rifampicina + clofazimina;
- Rifampicina + minociclina + ofloxacina
O tratamento com antibióticos é feito a longo prazo, por 6 meses a 2 anos, conforme orientação médica.
Os antibióticos podem interromper a evolução da hanseníase e eliminar completamente a bactéria.
Leia também: Como é feito o tratamento para hanseníase (lepra) tuasaude.com/tratamento-para-lepraComo tratar a hanseníase na gravidez
Como a gestação diminui a imunidade das mulheres, por vezes, é durante a gravidez que aparecem os primeiros sintomas de hanseníase.
O tratamento da lepra na gravidez pode ser feito com os mesmos antibióticos, porque não prejudicam o bebê, podendo também ser usados durante a amamentação.
O recém-nascido pode apresentar a pele um pouco mais escura nos primeiros dias de vida, mas o tom de pele tende a clarear naturalmente.
Lepra tem cura?
A lepra tem cura quando o tratamento com antibiótico é realizado conforme a orientação do médico, pois assim é possível garantir a eliminação da bactéria, prevenindo o aparecimento de novos sintomas e a transmissão da doença.