Isoniazida com Rifampicina: mecanismo de ação e efeitos colaterais

Atualizado em novembro 2018

A isoniazida com rifampicina é um medicamento usado para o tratamento e prevenção da tuberculose, podendo ser associado a outros medicamentos.

Este remédio está disponível nas farmácias mas só pode ser obtido mediante apresentação de prescrição médica e deve ser usado com precaução, devido às contra-indicações e efeitos colaterais que apresenta.

Imagem ilustrativa número 1

Como usar

Em todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar, exceto meningite e pacientes com mais de 20 kg de peso, devem tomar, por dia, as doses representadas na tabela seguinte:

Peso Isoniazida Rifampicina Cápsulas
21 - 35 Kg 200 mg 300 mg 1 cápsula de 200 + 300
36 - 45 Kg 300 mg 450 mg 1 cápsula de 200 + 300 e outra de 100 + 150
Mais de 45 Kg 400 mg 600 mg 2 cápsulas de 200 + 300

A dose deve ser administrada numa toma única, de preferência de manhã em jejum, ou duas horas após a refeição. O tratamento deve ser realizado durante 6 meses, no entanto o médico pode alterar a posologia.

Mecanismo de ação

A isoniazida e rifampicina são substâncias que combatem a bactéria causadora da tuberculose, conhecida por Mycobacterium tuberculosis.

A isoniazida é uma substância que inibe a divisão rápida e leva à morte das micobactérias, causadoras da tuberculose e a rifampicina é um antibiótico que inibe a multiplicação das bactérias sensíveis e embora ela tenha ação contra diversas bactérias, é especialmente utilizada no tratamento da lepra e da tuberculose. 

Quem não deve usar

Este remédio não deve ser usado em pessoas com alergia a qualquer componente presente na fórmula, pessoas com problemas no fígado ou nos rins ou pessoas que estejam a tomar medicamentos que possam induzir alterações no fígado.

Além disso, não se recomenda o seu uso em crianças com menos de 20 Kg de peso corporal, mulheres grávidas ou que estejam amamentando.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer com o uso deste medicamento são perda da sensibilidade das extremidades como pés e mãos e alterações no fígado, especialmente em pessoas com mais de 35 anos. A neuropatia, em geral reversível, é mais comum em pessoas desnutridas, alcoólatras ou pessoas que já possuem problemas no fígado e quando estão expostas a altas doses de isoniazida. 

Além disso, devido à presença de rifampicina, pode também ocorrer perda do apetite, náuseas, vômitos, diarreia e inflamação intestinal.