Intolerância à lactose: o que é, sintomas, tipos e tratamento

Atualizado em abril 2024

A intolerância à lactose é uma síndrome causada pela diminuição ou falta de lactase no organismo, que é a enzima responsável pela digestão e absorção da lactose, um açúcar presente no leite e derivados, como iogurte, manteiga, sorvete e queijos.

Essa dificuldade em digerir e absorver a lactose pode causar alguns sinais e sintomas, como inchaço abdominal, excesso de gases, diarreia, dor na barriga e dor de cabeça. Conheça outros sinais e sintomas da intolerância à lactose.

A intolerância à lactose pode surgir nos primeiros dias de vida, na idade adulta, ou ainda pode acontecer devido à presença de situações, como tratamento de quimioterapia, doença de Crohn ou gastroenterite, por exemplo. O diagnóstico de intolerância à lactose é feito por um médico, através da avaliação de sinais e sintomas, e de testes e exames, como o teste respiratório e oral, e exame de sangue e de fezes.

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Principais sintomas

Os principais sinais e sintomas da intolerância à lactose são:

  • Excesso de gases;
  • Dor na barriga;
  • Diarreia;
  • Náuseas;
  • Dor de cabeça;
  • Barriga inchada;
  • Cansaço;
  • Diminuição da concentração e memória.

Além disso, em casos mais graves, a intolerância à lactose também pode causar dor muscular ou nas articulações, perda de peso, desidratação, atraso no crescimento infantil e óbito.

Teste de sintomas

Para saber o risco de intolerância à lactose, assinale, no teste a seguir, os sintomas que apresenta:

  1. 1. Barriga inchada, dor abdominal ou excesso de gases após consumir leite, iogurte ou queijo
  2. 2. Alternância de períodos de diarreia ou prisão de ventre
  3. 3. Falta de energia e cansaço excessivo
  4. 4. Irritabilidade fácil
  5. 5. Dor de cabeça frequente que surge principalmente após as refeições
  6. 6. Manchas vermelhas na pele que podem coçar
  7. 7. Dor constante nos músculos ou articulações

O teste de sintomas é apenas uma ferramenta de orientação, não servindo como diagnóstico e nem substitui a consulta com o gastroenterologista.

Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico da intolerância à lactose deve ser feito pelo gastroenterologista, ou clínico geral, que vai avaliar os sinais e sintomas apresentados e o histórico de saúde da pessoa, podendo também recomendar a retirada dos alimentos com lactose, como leite, iogurte e queijos, da dieta, por 2 semanas para verificar se existe melhora dos sintomas.

Se deseja verificar o risco de intolerância à lactose, marque uma consulta com o gastroenterologista mais perto de você:

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Além disso, o médico também pode pedir alguns exames para confirmar o diagnóstico, verificar as possíveis causas e a quantidade de lactase que o organismo ainda produz, como teste respiratório, teste oral de tolerância à lactose, exame de fezes e de sangue. Veja todos os exames e testes para diagnosticar a intolerância à lactose.

Tipos de intolerância à lactose

De acordo com a idade e com a presença de algumas situações de saúde, a intolerância à lactose pode ser classificada em primária, secundária ou congênita:

1. Intolerância à lactose congênita

Esse tipo de intolerância é muito raro e surge nos primeiros dias de vida após a ingestão da lactose, através do leite materno ou da ingestão de outros tipos de leite, causando diarreia intensa, vômitos, desidratação, dificuldades para ganhar peso e a presença de muco nas fezes do bebê. Conheça outras causas do muco na fezes do bebê.

A intolerância à lactose genética acontece quando o organismo do bebê não consegue produzir a enzima lactase por uma alteração genética, sendo uma situação grave e que, quando não identificada precocemente, pode levar a óbito.

2. Intolerância à lactose primária

Esse tipo de intolerância à lactose é o mais comum e acontece devido à uma diminuição ou falta da enzima lactase no intestino, causada por um processo natural do organismo com o passar dos anos.

No entanto, em alguns adultos podem ocorrer mudanças genéticas que mantêm a produção normal da lactase, permitindo a digestão da lactose e impedindo o surgimento da intolerância.

3. Intolerância à lactose secundária

A intolerância à lactose secundária é uma condição que pode ser temporária e é causada por danos nas células do intestino responsáveis pela produção da enzima lactase, como no caso de rotavírus, gastroenterite, medicamentos (antibióticos e quimioterapia), radioterapia, diarreia crônica, doença celíaca, infecções intestinais bacterianas.

Possíveis causas

A intolerância à lactose pode ser causada por uma alteração genética que impede a produção da enzima lactase ou pode ser causada pela diminuição natural na produção da enzima lactase com o avançar da idade.

Além disso, algumas situações que causam danos à células do intestino, como tratamentos com quimioterapia ou radioterapia, o uso de antibióticos orais, diarreia crônica, doença de Crohn, infecções bacterianas, virais e por protozoários, como giárdia e ameba, também podem causar a intolerância à lactose.

Diferença entre APLV e intolerância à lactose

A alergia à proteína do leite de vaca, ou APLV, é uma reação do sistema imunológico à uma ou mais proteínas presentes no leite de vaca, como caseína, lactoglobulina, lactoalbumina, soroalbumina e imunoglobulinas.

A APLV acontece quando se ingere ou tem contato da pele com os produtos, como leite de vaca e seus derivados, como sorvete, queijo, manteiga e bolos, causando o surgimento de sinais e sintomas, como urticária, vômitos, diarreia e atraso no crescimento infantil. Conheça outros sintomas da APLV.

Já a intolerância à lactose é uma dificuldade que o organismo tem para digerir e absorver a lactose, devido à diminuição ou ausência da enzima lactase no intestino, causando principalmente sintomas, como excesso de gases, dor abdominal e diarreia.

Como é feito o tratamento

O tratamento da intolerância à lactose deve ser feito sob o acompanhamento de um médico e um nutricionista, onde é recomendado diminuir ou excluir o consumo do leite e seus derivados, como manteiga, iogurte, queijo e sorvete. Confira outros alimentos que devem ser evitados na intolerância à lactose.

Na intolerância primária, a recomendação é diminuir o consumo de lactose, mantendo o máximo de 15 g de lactose por dia, o que equivale a 300 ml de leite ou 300 g de iogurte, por exemplo, que devem ser divididos em 2 refeições ou mais ao longo do dia. No entanto, a redução dos leites e derivados da dieta pode não diminuir os sinais e sintomas da intolerância em algumas pessoas, sendo indicado tomar a enzima lactase junto com as refeições que contêm lactose.

Já nos casos de intolerância secundária, pode ser aconselhado excluir totalmente o leite e seus derivados da alimentação por 1 mês ou mais, até a recuperação do intestino. No entanto, essa exclusão deve ser sempre orientada e acompanhada por um médico, ou nutricionista, para evitar a deficiência de nutrientes importantes, como cálcio, vitamina D, vitamina A e fósforo.

Veja no vídeo a seguir outras dicas de dieta para a intolerância à lactose:

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