Hiperemia: o que é, causas e tratamento

Atualizado em outubro 2021

A hiperemia é uma alteração da circulação em que há aumento do fluxo sanguíneo para um órgão ou tecido, o que pode acontecer de forma natural, quando o organismo precisa de maior quantidade de sangue para que funcione corretamente, ou como consequência de doença.

O aumento do fluxo de sangue pode ser percebido por meio de alguns sinais e sintomas como vermelhidão e aumento da temperatura do corpo, no entanto quando se trata de uma hiperemia devido à doença, é possível que surjam sintomas relacionados com a doença de base.

É importante que a causa da hiperemia seja identificada, isso porque quando acontece de forma natural não é necessário tratamento, porém quando está relacionado com alguma doença, é importante seguir o tratamento recomendado pelo médico para que a circulação possa voltar ao normal.

Imagem ilustrativa número 1

Causas de hiperemia

De acordo com a causa, a hiperemia pode ser classificada em ativa ou fisiológica e passiva ou patológica, e em ambas as situações há aumento do diâmetro dos vasos com o objetivo de favorecer o fluxo sanguíneo aumentado.

1. Hiperemia ativa

A hiperemia ativa, também conhecida como hiperemia fisiológica, acontece quando há um aumento do fluxo sanguíneo para determinado órgão devido ao aumento da demanda de oxigênio e nutrientes e, por isso, é considerada como sendo um processo natural do organismo. Algumas das principais causas de hiperemia ativa são:

  • Durante a prática de exercícios;
  • No processo de digestão dos alimentos;
  • Na excitação sexual, no caso dos homens;
  • Na menopausa;
  • Durante o estudo para que maior quantidade de oxigênio chegue ao cérebro e haja favorecimento dos processos nervosos;
  • Durante o processo de lactação, com o objetivo de estimular a glândula mamária;

Assim, nessas situações, é normal que exista o aumento do fluxo de sangue para garantir o bom funcionamento do organismo.

2. Hiperemia passiva

A hiperemia passiva, também conhecida como hiperemia patológica ou congestão, acontece quando o sangue não consegue sair do órgão, ficando acumulando nas artérias, e isso acontece normalmente como consequência de alguma doença que resulta na obstrução da artéria, influenciando no fluxo de sangue. Algumas das principais causas de hiperemia passiva são:

  • Alteração no funcionamento do ventrículo, que é uma estrutura do coração responsável por fazer com que o sangue circule normalmente pelo organismo. Quando há alteração nessa estrutura, o sangue fica acumulado, podendo resultar na congestão de vários órgãos;
  • Trombose venosa profunda, em que a circulação pode ficar comprometida devido à presença de coágulo, sendo mais comum de acontecer nos membros inferiores, que acabam por ficar mais inchados. No entanto, esse coágulo pode também ser deslocado para o pulmão, resultando em congestão nesse órgão;
  • Trombose da veia porta, que é a veia que está presente no fígado e cuja circulação pode ficar comprometida devido à presença de coágulo;
  • Insuficiência cardíaca, isso porque o organismo demanda maior quantidade de oxigênio e, consequentemente, sangue, porém devido à alteração no funcionamento cardíaco, é possível que o sangue não circule corretamente, resultando na hiperemia.

Nesse tipo de hiperemia é comum que surjam sinais e sintomas relacionados com a causa, podendo haver dor no peito, respiração rápida e ofegante, alteração dos batimentos cardíacos e cansaço excessivo, por exemplo. É importante que o cardiologista seja consultado para que possa ser identificada a causa da hiperemia e ser indicado o tratamento mais adequado.

Como é feito o tratamento

No caso em que a hiperemia ocorra por uma situação normal, não é necessário nenhum tipo de tratamento, sendo que pode-se continuar com as atividades físicas normalmente sem que isso represente um risco para a saúde.

No entanto, quando a hiperemia é consequência de doenças, o médico pode indicar tratamento específico para doença de base, que pode envolver o uso de medicamentos que ajudem a tornar o sangue mais fluido e diminuir o risco de formação de coágulos.